segunda-feira, 15 de abril de 2024

A bola

A bola rola
Pra cima e pra baixo.
É chutada,
É socada,
Espalmada
Pra diacho.

A bola que faz o ponto.
E que da a alegria.
Mas o quanto ela apanha.
Ninguém reconhecia.

A bola tem várias formas.
Algumas bem diferentes.
Ela nos deixa infelizes.
E muitas vezes doentes.

A bola não tem pudor.
Nem consideração.
Te leva do céu ao inferno.
Corre no frio e no verão. 

A bola não recebe o valor.
Nem um reconhecimento.
Do que é feito com Amor.
E tratada com Lamento.

A bola pode estar cheia.
Porém as vezes está vazia.
Não sabe onde permeia.
Calada se silencia. 

A bola é só um objeto.
Que indica uma emoção.
Pode rebaixar as pessoas.
Pode ferir o coração. 

Vou dormir com a bola.
Pra resignificar a ausência.
Ganhar paciência. 
Na insistência.
Na presença.
Pra carência. 

sexta-feira, 12 de abril de 2024

dois dedos

Dois dedos
E um pensamento
Lamento
Todo tempo perdido.
Ou ter sumido
Ou ser um tormento. 
Pros meus amigos 
Que eu pouco tenho.
Escrevo e não consigo...
Me livrar de meus lamentos.
Aí se não fosse um corretivo 
Pra tantos errros. 
Perdi, não sou leigo.
Nesse momento.
O whisky que escrevo.
O ar que eu leio.
Ja nem faz mais tempo.
O fim que queremos.
Assim morreremos.
Com um breve momento.
Lento.
Lento.
Lendo.
Bebo.

in and out

Quando um entra o outro sai...
Seja o ar e o peito comprimido...
Ou a verdade de quem me trai.
Não importa pra onde estou indo.
Uma hora a máscara cai.
Seja o plano de fratricidio.
Ou a saia que se esvai.
Não me chame de vendido.
Se és tu que me distrai.
Sou um bêbado vencido. 
Escrito em eie aí (AI).
Não me tome por perdido.
Se dos dedos me esvai.
A música que me toca.
É o som que me distrai.
Pare de ser vendida.
Se mostre abissais.
Não feche todas as portas.
Pro remédio que me traz.
Beber é a saída.
Pra desilusão que contrai...
Ou que contrai!

nao sei bem o que me falta

Escrevo mais.
Quando triste escrevo mais.
Contente escrevo melhor.
Com uma felicidade extrema,
Não escrevo!
Não dá tempo.
Quero aproveitar a felicidade.
Enquanto dá tristeza quero fugir.
Ponderei ser depressão. 
Não é não...
Tambem nao sao as mudanças. 
A mulher, os pais, os filhos
Um pouco do emprego.
Cada um tem um toque.
Um gostinho de seu tempero.
Mas o principal está em mim.
Em achar um objetivo grande.
Algo que movimente.
Que me exercite.
Em que eu pense.
Que não saia da minha mente.
Uma coisa diversa,
Conexa
Que faça sentido pra razão, 
Para a alma e pro coração.
Aquilo que excita..
Ensina.
Desenvolva.
Algo que eu possa voar.
E ainda nessa idade.
Ter pílulas de felicidade.
E que não cause dor.
Mas amplie meu Amor!

quinta-feira, 11 de abril de 2024

Uma pausa pra respirar...

Vamos fugir?
Daqui?
De lá?
De tudo?
De todos?

Vamos fugir!
E sumir.
Evadir.
Se esconder. 
Subverter 
Submergir!

Vamos...

terça-feira, 9 de abril de 2024

Ahhh felicidade

A felicidade é uma noite gostosa, 
onde não é frio nem quente,
do lado de quem gosta da gente,
despreocupada, 
de cabeça erguida 
olhando pra frente.

Ela é muito prazerosa.
É um planejamento diferente.
É cantar a vida, lembrar dos ausentes.
dançar pra lua,
correr na rua,
nua
docemente.

Ter descansado, marcar presença.
Rir se engraçado e ouvir com complacência.
Dar o seu melhor.
Brincar e pintar com cor.
Distribuir,
Graça e Amor!

Mais uma definição impositivo!

Amar é estar.
Amar é permanecer.
Amar é ficar.
E também é ser.

Amar é transitivo direto.
Amar é meio.
Amar é fim.
E precisa ser completo.

Amar é dividir.
Amar é somar.
Amar é diminuir.
E muito multiplicar.

Amar é matemática.
Amar é história.
Amar é arte errática.
Pra quem nao tem memoria.

Amar é físico.
Amar é física.
Amar é químico.
Pra quem tem química.

Amar é união.
Amar pode ser solitário.
Amar nao é ilusão.
De quem espera o horário.

Amar é preciso.
Amar é incerto.
Amar eu preciso.
Nem sempre eu desperto.

Amar é escolha.
Amar é sorte.
Amar é honra.
E pode ser sua morte.

Amar é respeito.
Amar é trindade.
Amar é direito.
E sinceridade..

Amar é cultivo.
Amar é cuidado.
Amar é alívio.
Pra quem está visado.

Amar é saudade.
Amar é incerteza.
Amar é vontade.
É da natureza.

Amar é viver.
Amar é diverso.
Amar é crescer.
Pra todo o universo.

Amar é querer.
Amar é estar bem.
Amar e sofrer.
Um pouco tambem!

Me desfaço de mim

Quando começa o fim.
Termina a paciência.
Você não está mais por mim.
Eu não queimo a resistência. 

O legal está por vir.
Subjulgando a existência.
Do que criei por ti.
E pela nossa vivência.

Me perco num vasto clarão.
Corroendo em dissabor.
Vivendo de sim outro não.
Completando com minha dor.
Só nos resta a desilusão.
Do que um dia foi Amor!

domingo, 7 de abril de 2024

Banho e Cama

Me dispo tranquilo.
Pra banhar a pele.
Pulo como esquilo.
Na banheira inerte.

O quente que me toca.
Não molha o pensamento.
Me vê como uma força. 
Controlo o meu tormento. 

De tudo que me cora.
Me torno carmesim.
A alma não demora.
A pairar sobre mim.

E na tranquilidade.
Sem luz e sem um barulho.
Só penso insanidades.
Que não me dão orgulho.

Se hoje nessa idade.
Um banho me anima.
E o cheiro da vaidade.
Me deixa mais pra cima.

Me importa a saúde.
Também como me sinto.
Se peco na virtude.
Omito, mas não minto.

Levanto, saio e seco.
O corpo é diferente.
Eu peço e logo pego.
Pro espelho olho em frente.

Já não me reconheço.
Nem só o sono eu perco.
Se volto pro começo. 
Não paro, mas eu tento.

E logo vou pra cama.
Do meu lado fritando 
Não sei se ainda me Ama.
Mas continuo Amando.

você por você

As vezes fazemos combinados, atualizamos as regras do jogo pra determinar novos objetivos e geralmente estamos com alguém. Porém, as vezes, mudam a regra sem conversar, sem interagir, aceleram as mudanças e vira um cada um por si e muitas vezes um todos contra todos.

Você percebe que suas opções foram pautadas por anos de condução, alienação,  manipulação... Mas a leniência é sua, a permissão foi sua. A regra encima da regra, não falada e não escrita foi feita e não será discutida. 

E agora o que você faz? Isolado, distante, sem as portas que você tinha, sem as bolas, os dados, com os recursos escassos sem conseguir dirigir um objetivo.

Você por você!

Vale a pena? Ou é hora de desistir?

Dúvida! Não ter onde ir nem...

...desencanta!

Chega, Xinga, Despreza...

Filho da puta
Desisto de você 
Não quero mais desculpa
Vai se fuder

Chega de agruras
De tanto se perder
Longe da minha altura
Desista de vencer

Fala mais que atua
Me cansa seu parecer
Chega de agruras
De me entorpecer

Não quero a presença sua
Nem mesmo te ver
O desprezo é tua armadura
Seu existência me faz sofrer

E assim no meio da rua
Quero fugir, vou correr
Acabo tomando uma dura
E vou dormir ou morrer

quinta-feira, 4 de abril de 2024

Pula pro fim

Pode ir
É tudo seu
Não me faz rir
Adormeceu
Vem aqui
Pega no breu
Está por vir
Apareceu
Padece sim
De um sonho meu
Vendeu um rim
Comprometeu
Não faz assim
Me traz o céu
E diz pra mim
Quem prometeu
Agora é fim
O não venceu
O curumim
Que se perdeu

terça-feira, 2 de abril de 2024

Xupim

Mas fácil falar
 uma porção de asneira,
 do que viver ouvindo você,
 uma tarde inteira. 

Tão improdutivo
 quanto um apêndice.
Vivendo de domingo,
 como careca com pente.

Ficando mais esquisito
 e super dependente.
 tentando morder o umbigo,
 como um banguela sem dente.

Exagerando na pantomima,
 pagando mico pra gente.
Passa papel de mentira,
 pro mundo finge que sente.

Não liga pro resultado,
 se não o favorecer.
Diz que é seu grande trabalho,
 regar pra florescer.

Não passa de um espantalho.
 mal feito na plantação.
Suja a imagem do grupo. 
 pra limpar não faz questão.

Já deu sua hora, seu merda.
Largue o osso, sai do lugar.
Deixe-nos ver sua queda.
Do cangote a cavalgar.

Você não passa de um xupim,
 vivendo do suor alheio.
Sai logo de perto de mim.
Você já perdeu o freio.

A ti só resta o fim.
A nós voltar pro meio!

Meu pinto sumiu...

Durante muito tempo.
Uns bons vinte anos.
Eu me achava exemplo.
Realizados de planos.

Mas me descobri falho.
Mais um con instinto animal
Um meia foda do caralho.
Inclusive no sentido literal.

Me achava "o pica doce".
O pai, o amante, o tal!
Não passo de um transeunte.
Mais um a carregar um pau.

Pequeno, fino e delicado.
Diferente do discurso da meretriz.
Que sussurrava pra me deixar excitado.
Que era o melhor do país. 

Nem médio, nem brincalhão. 
Tão pouco rijo ou saudável.
Era mais um na multidão. 
Um simples viável.

Não preenchia uma boca.
Não cabia em um punhado.
Só fazia rir, sem roupa.
Valia menos que um tostão furado.

Essa é a realidade.
E nem triste posso dizer.
Porque teve sua validade.
Pra sentirem pena de você.

Piorou com a idade.
Ficou mais morto ainda.
Se esconde na vaidade.
Se faz de operário grevista. 

E anda assim amoado.
Parado que nem reservista.
De lado o contrariado.
Nem com o azul da na vista.

Foge de cu e buceta.
Se encolhe, se esconde no saco.
Se faz de tonto a punheta.
Só cria emoção com seu asco.

Não mira no vaso ou poste.
Nem fica feliz com uma bunda.
Não marca a calça ou o corte.
No máximo o bolso que afunda.

Nem um pouco do antigo homem.
Parece um velho caduco.
Que ja nao mais passa fome.
Hoje é um idoso eunuco!


Vergonhosa punheta

Senti vergonha!
De me masturbei ao seu lado.
Algo que me assombra.
Pois me sinto julgado. 

Sua pele descoberta, nua.
Da bunda a nuca.
O toque, o cheiro, o abuso. 
Me senti confuso. 

Tinha seu consentimento,
mas foi bem diferente.
Perdi o controle ou o jeito.
Será que sou eu ou a gente?

Não sei meu caminho.
Se para ou sigo adiante.
Aquilo mexeu comigo.
De um jeito frustrante. 

Parece uma necessidade.
Punheta nessa idade?
Só pelo esporro, para extravasar. 
Que porra é essa, de ejacular?

E no fim fico ali prostado.
Ao seu lado, melado...
Com vontade de me esconder.
O que eu fui fazer???

Sozinho não mais consigo.
Não tenho estímulo suficiente.
Preciso estar contigo.
Pelo menos no mesmo ambiente.

Qual será o meu defeito?
Perdi o caminho pro meu alívio.
Cheio de meus preconceitos.
Mais um ridículo ativo.

Preciso de uma parada.
De uma bússola moral.
Que faça da presença ousada.
A distância do meu pau.

Não quero mais madrugada.
Isso não está natural.
Quero namoro na murada. 
Sem a urgência do final!

Quando isso é aquilo.

Quando você está com dor.
Seu peito aperta,
sua testa franse,
seu dedo entorta.

Quando sua barba cresce.
A garganta arranha,
sua língua queima
e a unha corta.

Quando não se importa.
A distância estranha,
a bagunça esconde,
já não sei por onde.

Quando o humor acaba.
Amizade estraga,
uma voz que brada
e assim se despede.

Quando um grito ecoa.
A partida é boa,
pois ficar destoa,
tudo não diz nada!

E assim, num parto.
Um nasce
outro vai.
De noite o dia cai!

E já é o fim.
Pra mim!
Por mim!
Assim!

segunda-feira, 1 de abril de 2024

Viver é Amar o necessária para ser Amado!

Quem
quer
faz.
Arrisca
prática
e vai!
Não tenta,
enfrenta,
inventa,
levanta
se cai!
Ativa,
incentiva,
atua
não sai.
Persiste
existe,
insiste
mais.
E voa,
soa,
doa
anda,
sobe
e corre.
Dá, 
chega,
completa,
espeta
e desperta.
E vive,
supera,
promove,
envolve,
usa
e absorve.
Ama!
Ama!
Ame!
Sim,
me Ama!
Pois eu te Amarei de volta!

O lado fácil de contar historias!

Um fato inventar.
Criar sua memória e acreditar.
Contar a história e convencer.
Fazer parte, mentir é perder.

Dar um valor errado.
Escutar só um lado.
Ignorar a troca de experiência. 
Viver uma outra existência.

Subtrair da arte, dizer que é real.
Passar por eterno e ser mortal.
Enganar quem mais confia.
Repetir e pedir primazia.

Em resumo reunir.
Falsas informações, mentir!
Vender o erro como bom.
Fazer do engodo seu dom.

Cortar as flores,
Juntar as cores,
Esconder as dores,
Perder seus Amores!

Mentir é se perder
Se prender em outra realidade.
Criar multiversos e se dedicar.
Morrer na praia, não nadar!

domingo, 31 de março de 2024

Depreciando-me

Corto a rosa e cheiro o espinho.
Me machuco com seu tipo.
Faz de conta que se importa.
Na minha cara, fecha a porta!
Sou ácido, sou flácido,  inconstante 
Mais um livro, esquecido, na estante.
Independente de estar arrumado.
Fui a pessoa no espelho ao lado.
Dou a face e fácil faço. 
Me entrego sujo em lindo laço. 
Depreciando a minha saúde.
Te vejo ao longe na altitude.
Sem atitude, sem boa vontade.
Não engano o tempo e perco idade.
Se envelheço te dou meu pior.
Maldito ego que sei de cor.
Transformo amor em descuido.
Cultivo o ódio em arte studio.
E tudo indica um triste sim.
Com um sorriso aceito o fim

sábado, 30 de março de 2024

Engraçadelho

Não ache que uma muda de roupa, 
possa virar uma pelada que não fala.
É preciso consentir, para se despedir. 
Tem que permitir,  se envolver e aderir.