segunda-feira, 12 de julho de 2010

E.F.E.I.T.O. - Garoto de Programa

(Nossa vida em linguagem de programação)

Comecemos
Assim, nós lerdos entendemos.
Declaramos todas as variáveis.
Termos iguais por vezes infindáveis.

Efetuamos a primeira impressão na tela.
Pois como poderíamos traduzir o sentimento sem ela.
Guardar o pensamento
Se não têm memória pode ser lento.
Mas usamos a variável acima proferida.
Para nos ajudar nas pesquisas e contas seguidas.

Vêm o primeiro Se, e depois vem o então.
Mais abaixo saberemos o que virá no senão.
Caso eu escolha isso, caso eu escolha aquilo.
São simples opções que devemos fazer tranqüilo.

Tudo se faria com uma variável booleana.
Como quando decidimos se vamos ou não pra cama.
Mas ficamos perplexos com essa complexa precisão.
Tudo não passa de um simples sim ou não.

- E o talvez? E o quem sabe? Me pergunta um estranho!
É um simples conjunto de sim e não, soldado a estanho.
Sempre teremos duas rotas a tomar.
Mesmo a pergunta não sendo singular.

Não passa nada de um caso.
Onde unimos perguntas ao acaso.
Quando se quer saber quanto é? Comparamos.
Mas no fundo apenas otimizamos.

A pergunta é porque não contamos um-a-um.
Pois isso não é ser inteligente, isso seria comum.
Então inventamos um novo jeito de fazer o mesmo.
De cobrarmos novamente e ter mais uma vez o peso.

Peso do ouro, suado e conquistado.
Peso da vitória do objetivo alcançado.
Merecimento de descanso  de um trabalho feito.
Já não me preocupo, vou para meu canto e lá me deito.

Pausa momentânea pra melhorar o processamento.
Pois não podemos abusar o hardware não pode dar defeito.
Nosso corpo assim precisa de um contentamento.
A memória está cheia precisa que alguém de um jeito.

Limpamos a bagunça, zeramos os contadores.
Torcemos para que agora não tenhamos mais dores.
Que funcione de primeira pois não queremos sair.
Com a bunda na cadeira sem ter pra onde ir.

Ficamos esperando a resposta aflitiva.
Seria bem melhor ter ido em comitiva.
Dizer que estamos atentos aos problemas do cliente.
Se mostrar animado, inteligente e competente.

Não precisamos de horas a fio.
Basta pensarmos como seu fossemos o usuário.
Se esperássemos naquela sala vazia e com frio.
O trabalho depois do horário.

Não podemos esquecer das entradas e saídas que isso dará.
Nem dos efeitos negativos que nos proporcionará.
Queremos o melhor para viver do bem comum.
Sei o que deve ser feito, devo abrir meu peito, ir lá e Bum.

Matar os problemas como quem pisa na barata.
E guardar os restos, os erros, pra mostrar sua pata.
Explicar o que houve ser claro, mas sutil.
Antes que o cara nos mande para a rima...

Não usamos mais "ir para", preferimos objeto.
Criamos atalhos e métodos, mas não deixamos nada aberto.
Programa aberto e sem proteção é um perigo.
Agora pode ser bom, mas pode se tornar inimigo.

Roubando-lhe horas de trabalho a fio.
Podemos acender nosso próprio pavio.
Mas pra que ter janelas e portões a te prender.
Se queremos ficar sem muros e paredes a nos deter.

O Software Livre é a Anarquia do Virtual.
Num mundo de descobertas a todo instante, o Mundo Digital.
Nele as regras são ditadas, por quem sabe mais.
Mas pode ser compartilhada ou não somos todos iguais?

Não sei se coloco um segredo alguma criptografia.
Pode ser que escolho um aberto e aberto pode ser fria.
Preciso chegar terminar e declará-lo final.
Preciso sair fechar as heranças e chegar no principal.

Na alma desse programa, no porque de ele existir.
Não pode ser um drama, não vão me coagir.
Preciso do prazo e é curto, não me tire atenção.
Senão estoura essa bomba, que está na minha mão.

Pra ser direto e claro é preciso ser binário e real.
Paremos de ser inocentes ou crianças na hora do ciao.
A vida pode ser escrita em linguagem de programação.
Pois ela é um eterno conjunto de sim, com outro tanto de não.