sexta-feira, 2 de março de 2012

Começo ou ré-começo

No primeiro dia do ano,
Meu coração bate dentro do peito.
Será mais um, que me darei o cano?
É, pelo visto, não tem jeito.

Sei porque isso tenho feito,
Só não sei, até onde ou quando?
Mas se Amor ainda escorre em meu leito.
Continuarei com todas conversando.

Ser apenas um galanteador.
Garantir a dor do dia seguinte.
Insistir nesse grande papel de ator.
Fingir tudo bem, como na novela das vinte!

Quero meu copo de aguardente.
Cheio e que me arda a alma.
Que me deixe tonto e dormente.
E que eu receba o que der de calma.

Pois dentro de mim, sou mar revolto.
E esse monstro que me toma.
Me deixa muito mais solto.
A um passo do estado de coma.

Fico tarado, pilhado, excitado...
Pareço um velho babão senil.
Com o coração bem acelerado.
Com corpo, cabeça e penso a mil.