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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

E.F.E.I.T.O. - Elevadores - Khomun

Quando os egípicios tiveram a gande idéia de fazer pirâmides quem fazia o trabalho braçal eram os escravos, julgados como seres menores e não evoluídos. Eles eram "torturados"  e colocados para carregar toneladas e toneladas de pedra, monte acima para satisfazer os feitores da época. Artistas, apareciam só na hora exata de esculpir as caras de esfinges, definir os traços dos monumentos ou calcular os ângulos e retas perfeitas das pirâmides.

Mas nem todos ignoravam os escravos. O desconhecido Rei Khomun era diferente, quando ele assumiu, as custas de uma forte doença que infectou todos seus irmãos e seu pai Rei Ramsés algum número. Khomun era assim comum, uma pessoa que andava pelos vilarejos sem ser percebido, sem seguranças ou qualquer proteção. Homem de papo fácil, olhar penetrante e sorriso largo, Khomun sempre bebia sua cerveja e conversava com a população local, sempre ouvia as mazelas do povo sofrido.

E a principal reclamação notada pelo então Principe Khomun era de que as pedras eram pesadas, cortantes, difíceis de carregar. Isso o incomodava demais, pois o bem de um reino, o bem de uma nação era a convivência harmoniosa, onde todos fossem tratados como iguais, onde todos tivessem os mesmos direitos e os mesmos deveres, seus amigos diziam que aquilo, os ideais Khomunistas eram utópicos mas ele sempre os defendia.

Numa noite regada a cerveja, dançarinas e humus, Khomun teve uma GRANDE IDÉIA. Porque não fazer um mecanismo que auxilie as pessoas em sua vida diária, que auxiliem no que é mais complicado para esses trabalhadores esforçados, que transporte toda essa dor que eles sentem do chão ao cume dos monumentos. Porque não fazer esse Eleva a Dor. E começou a esboçar então, o primeiro Elevador visto pelos homens, o Elevador de Khomun.

Seu reinado durou pouco, pois a aristocracia egípicia não gostava das idéias unificadoras, de socializar o poder e distribuir a renda dividindo o trabalho igualitariamente, uniformizando as oportunidades. E sumiram com ele loguinho, o que fez com que seu nome fosse excluído dos livros de história, assim como sua própria história e existência.

Esse moço um injustiçado pela história, que adorava Ré o Deus Sol (hummm sei sei, pra mim esse Deus Sol, Ré, se vestia de Lua no carnaval), foi um grande cara desconhecido.


Trecho tirado do Livro: Grandes Caras Desconhecidos...
Mais um fascículo da coleção: Histórias pra Boi Dormir
Da Editora: Lunática
Autor: Danibron Barbosa
ISBN: Ainda não disponível