Mostrando postagens com marcador Luto. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Luto. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 5 de abril de 2021

desencantos

De todas as casas do mundo passei da sua.
De tantos corpos no mundo errei o teu.
Vivendo entre meses e anos em uma loucura.
Divido o tempo em segundos e que não são meus.
E olhando do alto do morro, 
O fundo do poço é um breu.
O cheiro do medo atiça esse monstro.
No escuro olho o espelho e sou eu.
Duas vezes por dia.
Até acerta um relógio quebrado.
E fico mais uma noite fria.
Sem ter você ao meu lado.
São vidas que acabam vazias
Suspiros que faltam o ar expirado.
A tosse, o cansaço e a demora.
O sono que some, evapora virado.
Se ainda tivesse saída.
Se for só ficar isolada.
Se fosse aplicar a vacina.
Se eu soubesse a entrada.
Tapar o sol com a peneira.
Secar gelo em barricada.
Vender nó pra benzedeira.
Rezar e pagar pra beata.
A máscara da costureira.
O bolo na cozinha improvisada.
A água que escorre na torneira.
Fazendo uma arte abstrata.
O corre da entrega ligeira.
A compra de vento em lata.
Consulta on-line doutora faceira.
O curso que vende bravata.

Viver é uma eterna besteira.
E Amor já não rima com nada...



quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A sombra, a sobra e a soma










Essa sombra nada mais é,
de um corpo cansado e de pé.
O refelexo torto e imperfeito.
de um homem sozinho e desfeito,
pelo capricho de uma mulher.
Desleixo,
despeito.

A sobra que vejo então
é o que restou de um coração,
que despedaçou no ardil,
de uma relação má e vil,
de alguém que ao Amor disse não.
Não sentiu,
nem viu.

A soma desses sentimentos
e tudo que vinha acontecendo
é a razão pra sofrer mais agora.
Pois o luto que finda essa hora
nos faz reviver os lamentos,
E a demora,
de ir embora.


Daniel Bronzeri Barbosa (17/02/2011)