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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Toda história um dia chega ao fim...

...para começarmos outra!



Faz um tempo escrevi o texto no blog da Voice que replico abaixo e logo depois farei uma conclusão.

"Hoje escrevo uma percepção particular sobre o Voice Way e sua constante mudança.

Quando entrei na Voice a empresa ainda era pequena, poucas pessoas em uma casa rosa no bairro da Vila Mariana (tem gente que entrou em um conjuntinho bem antes que eu e os pioneiros em uma sala comercial mas isso deixarei para eles contarem).

Todos se ajudavam, o cargo mais alto era Consultor Técnico Comercial, e o mais baixo também, mesas eram disputadas, cadeiras idem, tínhamos uma sala de treinamento que também era refeitório, horas sala de reunião, horas bancada de teste quando não um estoque. Ou seja todos faziam de tudo e éramos felizes assim (e olha que nem peguei a época da máquina de Pepsi).

A evolução é seguida de organização e o crescimento gera dor, mas sem ela não tem graça. A burocracia cresce e isso não é tão ruim quanto pensam os anarquistas de plantão. Passamos a um prédio, viramos alvo de assalto, estrutura, cargos, mesas individuais e cada um com seu micro (um luxo que hoje em dia não se entende como dividíamos os poucos notebooks e os micros bons) e por fim viemos parar em grandes conjuntos comerciais no Centro de São Paulo, suas baias e áreas definidas.

Como disse tudo faz parte da evolução, mas o mais interessante é que tentamos manter o “espírito voice” de ajudar uns aos outros, de se intrometer em assuntos na cozinha, seja uma proposta comercial ou um suporte técnico, de discutir o futebol, o show, o CQC, o BBB, o CFC ou o 3G (para mim 3G é Gigante, Gordo e Grande, para outros é Gaidas um Gay Genérico).

Acontece que em um determinado momento a cultura muda, pois as pessoas mudam, entram novas pessoas com novas culturas, e eis que me vi, dia desses, acompanhando uma discussão. Digamos que Old School x New Generation, para os mais novos, um erro é um BUG e tem que ser corrigido e ponto. Para os mais antigos um erro é um erro, que pode ser considerado um Bug, que pode ser corrigido com a velha SPD (Solução Paliativa Definitiva) que hora mais, hora menos será corrigida em definitivo. Acredite tudo é corrigido mais hora menos hora.

Reparei que o pessoa da Old School pensa em arrumar a vida do cliente, AGORA, JÁ, NESSE MOMENTO. Não deixá-lo sofrendo ou esperando muito tempo. O que em muito é válido e ajudou a chegarmos onde estamos. O pessoal da Nova Geração também quer arrumar a vida do cliente, mas PARA SEMPRE, por TODA A ETERNIDADE, sem dores futuras, sem incorrer no erro mais uma vez, pode ser que sofra mais no AGORA, mas no futuro não teremos essa reclamação. Seria mais ou menos como um médico prescrever um antibiótico ou sugerir um banho gelado para a criança com febre, depois um chá, depois um tylenolzinho. Outra analogia inversa é o atual time do santos, impulsivo, intempestivo, brincalhão e pretensiosos e os times “mais velhos”, pragmáticos, formais, sérios e cautelosos. Ou seja, os médicos querem curar a criança, os esportistas jogar futebol, mas cada um pensa de um jeito diferente.

E com isso as pessoas ficam bravas umas com as outras, de pé atrás e Putas da Vida. O que não adianta. NENHUM DOS DOIS ESTÃO FAZENDO POR MAL. Não é para ferrar contigo, te dar mais trabalho agora, para se livrar de algo ou para fazer pose de bonzinho no cliente. Simplesmente são pensamentos diferentes e corretos dentro de cada ponto de vista.

Por isso senhores da Old School paciência e cautela. Meninos da New Generation paciência e audácia. 

A cultura está em constante adaptação assim como nossa empresa."

Pois é... e como tudo está sempre em constante evolução e movimento, hoje se inicia uma longa semana de conversas e despedidas para mim.

Posso dizer acima de tudo que AMO essa empresa e as muitas pessoas que trabalham nela. Que cresci e devo muito do que aprendi a ela. Que tem suas coisas erradas, em maior ou menor proporção das coisas certas e interessantes, mas que mesmo assim é uma empresa interessante.

Acredito principalmente nas pessoas que lá permanecem e pode dizer que é por estar na zona de conforto ou então que é limitação técnica, mas a dor de crescer, só sente quem passa por ela. E o potencial ainda é enorme.

Aqui passei de estagiário a sócio-funcionário, me dediquei a diversos clientes, passeis pelas diversas áreas, Marketing, Nocc, Projetos, Produtos, Desenvovimento, Operação (Services), Comercial e por fim voltei ao Marketing onde encerro esta jornada, onde acredito ter sido sempre "Consultor Técnico Comercial", hora mais consultor, hora mais técnico, hora mais comercial, para começar outra como Consultor de Tecnologia, mas matendo sempre o espírito de "Consultor Técnico Comercial", pois acredito que em qualquer lugar que você trabalhe, seja necessário entender o todo, para cair em sua tarefa micro.

Os valores de uma empresa não mudam, mas deve ser adaptados ao dia-a-dia. E principalmente quando seu coração disser: "É hora de mudar!" o melhor caminho realmente é MUDAR.

Levo comigo além de ótimas piadas, histórias marcantes, uma fase da minha vida, uma grande fase da minha vida, com pessoas que convivi mais do que muitas outras, clientes que conheci, cidades que visitei e oportunidades que tive e isso não se apagará. Deixo as pessoas, mas não deixo a amizade e carinho que sinto por elas. Fiz muitos amigos, porém verdadeiros. Uma confraria que tenho prazer em receber em minha casa, em dividir uma hora de almoço ou horas intermináveis discutindo sorte ou capacidade.

Só tenho a agradecer, e torcer para que essa gente valoroza que fica, consiga dar o máximo e alçar grandes vôos, pois merecem, cada um ao seu estilo, cada um do seu jeito. Merecem ser liderados, como diria o Buzz: "Ao infiníto e além".

Beijos

Daniel Bronzeri Barbosa