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segunda-feira, 12 de março de 2012

Pra que falar?


Deixamos muitas reticências.
Nós esmagamos as entrelinhas.
Sem contar as divergências,
o diz-que-me-diz e as picuinhas.

Conversamos bem quando quietos.
Em silêncio e as vezes deitados,
Elas úmidas, eles eretos.
Corpos geralmente suados.

Ai sim! Tem entendimento.
Nessa hora ninguém segura.
E quase sempre com contentamento.
Transmitindo energia pura.

Conversando até por pensamento.
Sem pudor mas com ternura.
Esse é o melhor momento.
Mente aberta, exposta e nua.

Sem legenda dos gêmidos,
Doce prazer sem interferência.
Sem desenho dos grunhidos.
Sem coesão com coerência.


12.03.2012

Dan

(Resposta a seguinte Michelisse: "Toda conversa entre um homem e uma mulher deveria vir legendado com o que fica nas entrelinhas. Entre o que se diz e o que se pensa há um grande espaço semântico para ser explorado.")