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domingo, 19 de novembro de 2017

Doente...?!?! Ser, estar...

Não sei se estou ou sou doente.
Pra ser direto sou obeso.
Sim, mórbido, IMC maior que 40.
E penso como gordo, por isso acho que sou e não apenas estou.
Meu peso é uma sanfona, desde 1995 av tendência é engordar.
Nessa época pesava 89Kg.
No ano seguinte entrei na faculdade, mas ainda prática algum tipo de esporte e entre 1996 e 1997 oscilava entre 90kg e 95kg. Em 1998 tenho anotado meu peso, ano em que fui viajar, comecei a usar roupas largas por gosto, tinha uma calça bem larga bege... bermudas largas, moleton e camisetas o mais largo possível, mas não passava dos 100kg. Era uma margem de segurança.
1999 início de vida profissional, alimentação de merda, mas com cabeça de esportista, talvez o metabolismo também. Madrugadas na internet, pois era apenas um pulso, latinas de leite condensado com ovo maltine, farinha láctea adoidado e ticket refeição, já naquela época recebia R$8,50 que dava pra comer um número no MCDonalds ou uns 5 salgados com suco no Seu Augusto.
2000 trabalho externo, comida de hotel, casado, hora pedindo comida delivery, hora serrando nos pais e mesmo quando nasceu a pequena, a comida feita era saudável, a minha era Junkie. Já passava dos 100kg hora ou outra é acha que tudo bem. 2001 bateu 105kg. 2002 chegou nos 110kg. 2003, deu pra maneirar mas ainda era uma beleza bateu nos 115kg, a meta era não passar dois 120kg agora. Em 2004 minhas primeiras incursões em médicos e de cara tomando bola. Até me mantive nos 115 Kg, e em 2005 desci até perto dos 100kg (desde 2000 não tinha pego parecido). Consegui manter em 2006 e 2007, quando retomou o ritmo de crescimento lateral. Ainda encontrava roupas pra mim, ainda era tranquilo calça, camisa e até terno. Cheguei a bater nos 120kg em 2009 e de novo fui pra natação. Desci até os 106kg em 2010, talvez o preço de uma nova depressão, talvez o acompanhamento psicológico, talvez as bolas da Dra. Marilza (que já não surtiram tanto efeito, mas me mantinham).
Só que no último trimestre de 2010 muitas coisas mudaram. Retomei a minha vida, reestabeleci critérios de felicidade (errados ou não, isso não importa), não me limitaria no que gosto de fazer, com quem gosto de estar, como quero isso. É um novo mindset se estabeleceu.
Já disse lá encima que sou "um gordo sem vergonha". Então coisa ruim eu sei fazer e prêmio pra conquistas, comida, brinde pra decepção, comida, justificativas pra tudo (você sabe disso tem consciência disso e não faz nada??? Não sei como fazer).
Em 2011, fui pra 115 kg, em 2012 pra 120kg, em 2013 escala mais um pouco, 125kg o limite já era 130kg (isso seria um absurdo).
2014 não possui disso, mas batida na trave, só que roupas ainda não era problema. Que passou a ser no segundo semestre. Em 2015 cheguei a 130kg e decidi maneiras um pouco, segurei, fui em médico do ver o que era possível ser feito e até a temos bariátrica pesquisei num açougue no Itaim.
Em 2016 fui pro ápice no meio do ano passei dois 140kg e no final já estava em 145kg.
Esse ano a intenção era diminuir, visitei o instituto do Dr. Garrido, decidido a fazer a narrativa, sairia em maio, mas um alento, exercícios físicos aliado a uma tentativa de controlar a comida me deu esperança de 149kg em maio caiu pra 143kg no final de junho 6kg em 2 meses, além de outros benefícios, respiração melhor, aguentava um pique melhor, condição física, mas não durou. E de novo arrumei minhas desculpas.
Bati os 153kg, quando dou sorte como ontem a balança aponta 150 kg cravados, mas a 4 meses não sei o que é baixar. As roupas daí poucas que servem de fato. Já não posso sair de social pois essas não tenho. E me envergonha ir fora de contexto nos lugares, assim como quando sobre um pedaço da barriga pra fora ou a calça jeans rasga. Preciso andar de tênis na maior parte do tempo, pois sapatos me dão fascite plantar. Verrugas na dobras de pele. Suadeira e calor constante. Cadeira especial na praia, no escritório. Até o elevador para quando entro! E a última foram cálculos renais (agressivos).
E o que sei?
Que depende de mim.
E o que faço?
Espero um milagre! Mas sem rezar pois não sei.

As desculpas: não tenho dinheiro, não tenho tempo, não consigo mudar os hábitos, não vou tomar remédio pois volta tudo de novo e blablabla já até cansaram de ouvir.

Mas é isso. Apenas um desabafo e tentar tirar da cabeça de bolachas, bolinhos, leite com rosquinhas agora as 3horas da madrugada.

A meus filhos, minha mulher, meus pais, irmão, família e amigos, peço apenas desculpas por ser tão ignorante e principalmente inconsequente assim.

Daniel