E agora essa chuvarada,
no caminho me pegou.
Deixou minha roupa encharcada
e meu sapato estragou.
e o vento a me beijar.
Passeio por essa magia,
que do céu vem me encontrar.
Vejo quando era criança,
nessa bagunça brincar.
Correr pela grama molhada
e no barro escorregar.
Depois minha mãe preocupada,
me punha pro banho tomar.
Dizia que a chuva gelada,
iria me resfriar.
Já quente e de roupa seca.
Vou na cozinha sentar.
Muita surpresa na mesa.
Lanche da tarde a me esperar.
Pãozinho com muita manteiga,
Chocolate quente pra tomar.
Bolinho de chuva e geléia.
Que cheiro bom no ar.
Desperto do sonho acordado.
E volto na chuva a andar.
Já não estou mais irritado.
Como é bom poder lembrar.
Poder voltar na infância.
Liberando a criança que há.
Dentro da nossa memória.
Onde até chuva aprendeu a Amar.
Daniel Bronzeri Barbosa (23/11/2010)