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terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Regime escravocrata moderno complacente

O nome é longo mas a explicação não é tão demorada, talvez os exemplos e a enrolação.

Vivo (e a imensa maioria da nação, vive) num regime de trabalho "escravocrata moderno complacente". E o que seria isso?

Nós vendemos nosso tempo para pessoas que tem capital se utilize do nosso suor para conquistar ainda mais capital. Mas nós queremos, somos benevolentes, gostamos de servir e por isso baixamos nossas cabeças e trabalhamos.

Não nós compram mais pagando uns aos outros, mas nós compram de nós mesmos. E para justificar essa imbecilidade que fazemos ao nos vender, inventamos desculpas e criamos história em nossas cabeças, muito convincentes de que esse é o mal necessário.

Alguns exemplos de histórias inventadas:
- Preciso pagar um ensino digno e bom para meus filhos.
- Preciso comprar uma casa para morar, um porto seguro.
- Preciso comprar um carro para me locomover, imagina se me acontece alguma coisa...
- Trabalho tanto que vou me premiar com uma viagem pra PQP, onde gastarei ainda dinheiro, para me divertir.
- Vou viajar em família para justificar minha ausência.
- Comprarei um doce, um prato, uma iguaria pra comer com minha família e ela ficar menos stressada.
- Vou levar a família para passear serão longas 4 horas de prazer frente a todas as 720 horas que não dediquei no mês.

E tantas outras desculpas esfarrapadas, mas que estão encrustada em nosso subconsciente de anos e anos ouvindo que trabalhar enobrece.

Hoje dedico próximo a 70 horas semanais ao trabalho (60 lá e 10 nesse aparelho demoníaco) ou seja 40% do meu tempo em uma semana é de quem me compra, tento descansar de 6 a 8 horas por dia, e digo descansar pois dormir seria uma sorte incrível, o que da cerca de 56 horas semanais ou 35% do tempo, entre banhos, idas ao banheiro, trânsito e afazeres sem substrato temos umas 15 horas? Ou seja mais uns 10%. O que nos sobra pra diversão, momentos em família, conversas e viver para nós é o resto, ou seja tenho no máximo 15% do meu tempo para mim. E quando não uso perco, pois já disse em um milhão de textos,,não se guarda o tempo.

Em resumo. Não vivo a vida, apenas consumo meu tempo em troca de abastecer de desculpas e presentes a minha mente... Finjo que está tudo bem quando de fato nada vai bem! Mas o que é mais importante, ser, estar, ter ou aparentar? Gostaria muito que fosse ser ou estar. Espero que eu possa acordar desse pesadelo inerte...

Fui pra ser quem um dia eu pude estar...
Fica a duvida retórica: Quem mata o tempo é um assassino ou um suicida?

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Beije-me

Beije-me como se fosse o último dia.
Talvez você acerte e não se arrepederás.
Deixe-me apenas com carinhos.
Pois a partida subita virá.

Tenha em mente que o improvável acontece.
E saberás dar mais valor ao que tens.
Não peça atenção, pegue, empreste.
Não se dê por vencida.

Dispa-se e deite ao meu lado.
Liberte-se e sinta o afago.
Se você pensa o que falo.
Vê o que sinto.
Cheira meu gosto...
Então cale ao encosto.
E ouça o meu toque.
Que nessa tórrida alcova.
Não me falte a sorte.

Beijo-te como se fosse o último dia.
Que tocaremos nossos lábios.
Superiores, pequenos ou sábios!
Mesmo que em fantástica fantasia.


Daniel Bronzeri Barbosa
28.08.2012