sábado, 30 de junho de 2018

O profissional do futuro e as habilidades necessárias, uma visão de 2018.


Meu nome é Daniel e sou um apaixonado por tecnologia, inovação e pelo futuro em geral. Tenho gosto por estudar tendências, perceber o novo, utilizar, fuçar e principalmente aprender. Aliás aprender é um vício e quanto mais aprendo mais percebo o quanto ignorante sou, como o filósofo Sócrates proclamava “Só sei que nada sei.”

Há mais ou menos 6 anos, quando tablets, smartphones e outros dispositivos explodiram em sucesso e os apps e aplicações web começaram a tomar conta do cenário de software (existem outros tipos de softwares, mas esses estão notoriamente em evidência), mesmo depois do qualquer-coisa-as-a-service (similar a qualquer-coisa-como-serviço), tenho voltado minha atenção para o cidadão no futuro. Como serão mães e pais no futuro? Como serão as crianças do futuro? Como serão os amigos do futuro? Culminando com a questão de como serão os trabalhadores (e não direi que são empregados, para de fato generalizar independente da classe, empresários, políticos, empregados, autônomos, etc...). E essa última questão me deixou ainda mais apreensivo pois quando percebo o ritmo acelerado da evolução do mercado e a exigência que temos e impomos a nós mesmos e a nossos próximos, percebo que o “profissional do futuro” ainda não está preparado para esse futuro.

Sem afirmar que os robôs e a automação vão roubar os empregos (embora exista uma verdade nisso), nem que as pessoas não são preparadas pois não querem (embora também exista um pouquinho de verdade nisso também), mas máquinas, linguagens de programação, leis, os trabalhos mais braçais estão em constante evolução. E o que é trabalho repetitivo, que tenha entrada, processamento e saída, sem ter uma certa “humanidade” nisso está propenso a acabar.

A inteligência tende a ser cada vez mais artificial, a informação, o conteúdo está cada vez mais a disposição das pessoas, “dê um google” para aprender sobre qualquer coisa e explodirá na sua tela ao menos uma forma de fazer (pode não ser a mais recomendada, mas tem um jeito). Ou seja, o que for informação, dado, processamento e saída de outra informação mais hora, menos hora um robô ou bot irá fazer e nesse momento então a frase mudará para “Elementar, meu caro Holmes!” (by IBM Watson).

Mas se não estamos preparados para ser ou moldar o profissional do futuro, como devemos fazer? Ou melhor o que devemos esperar desse profissional do futuro?

Klaus Schwab, Engenheiro e Economista Alemão, presidente do Fórum Econômico Mundial - FEM, já afirmou que estamos vivenciando a Quarta Revolução Industrial, uma era que une as tecnologias digital, física e biológica e modificará não só a maneira como vivemos, mas como trabalhamos. E assim sendo, enquanto alguns trabalhos desaparecerão, outros ficarão mais importantes e alguns nem existam ainda.

Muitos estudos buscam entender o que é necessário para a formação desse “profissional do futuro”, ou seja quais habilidades e competências serão necessárias e como todo futurologismo, existe um pouco de chute de cada um dos entrevistados. Usando como base a pesquisa do Fórum Econômico Mundial - FEM, chamada “The Future of Jobs: Employments, Skills and Workforce Strategy for the Fourth Industrial Revolution”, que questionou especialistas em recursos humanos e gestão estratégica em empresas do mundo inteiro que revelou as 10 principais habilidades que o profissional deverá possuir até 2020 para não ficar perdido.

Sempre bom lembrar que habilidade não é dom. Definimos aqui habilidades como características que foram aprendidas e/ou melhoradas com uma abordagem teórica e/ou prática, através por exemplo de uma formação ou capacitação. Já o dom é algo natural, que nasce com a pessoa, as vezes confundido com o talento que por sua vez pode ser um natural ou algo aprendido, exercitado e executado a perfeição. Quando se confunde habilidades com dons ou mesmo a talentos que as pessoas tenham as pessoas tendem a dizer que “não dão pra esse negócio”, desistem antes de tentar ou sequer procuram aprender e é nisso que pretendo focar.

É possível alcançarmos todas as habilidades necessárias, algumas melhores que as outras, o dom e o talento ajudarão demais a aumentar sua competência, porém o conhecimento e o exercício unido ao poder de adaptação que a humanidade tem nos ajudará a enfrentar o futuro.

Vamos as 10 habilidades para o futuro:

1. Resolução de problemas Complexos 

Trabalho nada mais é do que a resolução de problemas. Qualquer coisa que você faça na vida para ganhar dinheiro é a resolução de um problema para alguém. Essas resoluções de problemas podem ser divertidas, interessantes, perigosas, pode até não ser remuneradas, mas sempre serão a resolução de um problema. Podemos resolver problemas sem querer, sem ter isso como um objetivo, indiretamente, mas continuarão sendo uma resolução.

E resolução de problemas complexos não é uma habilidade que normalmente nasce com a pessoa, é algo adquirido com o tempo, com as experiências e quanto mais abrangência de pensamento, quanto mais diverso o conhecimento da pessoa, quanto mais aberto a experiências a pessoa for, melhor ela estará preparada para resolver problemas e por experiência isso irá se aprimorar ao longo dos anos. A habilidade, que consiste na capacidade de resolver problemas novos ou de uma forma nova diferente do comum, pode ser considerada inovação e é construída a partir de uma base consistente de pensamento crítico.

O cidadão do futuro deverá ter uma certa elasticidade mental para resolver problemas que nunca viu antes, que podem ficar mais complexos a cada minuto e que podem se transmutar em outros problemas e com a atual abundância de dados e a velocidade de disseminação da informação precisamos estar ainda mais preparados.

Os solucionadores de problemas complexos serão “os caras” no futuro, arrisco a dizer que terão os melhores benefícios (sendo a recompensação financeira, que hoje chamamos de salário, um desses benefícios).

OK, até aqui diversos estudos, com algumas palavras diferentes mostram isso, mas como se transformar nesse “cara”?

Minha sugestão: estude, diversifique, visite lugares inusitados, assista filmes diferentes do que está acostumado, questione sem parar, como quando na primeira infância, aprendendo o que era o mundo, seja no nosso quarto, seja na rua, na creche como você aprendia o que precisava.

Pergunte o que é? Como funciona? Como faz? Aguce seus sentidos, leia revistas diferentes, ouça ritmos diferentes, interaja e principalmente observe e ouça de forma genuína. Se no meio de uma conversa você tiver tempo de pensar em uma lista de compras você não está prestando muita atenção.

2. Pensamento crítico

O pensamento crítico segundo Richard Parker e Brook Moore, em seu livro “Critical Thinking” de define (resumidamente) como sendo “a determinação cuidadosa e deliberada sobre aceitar, rejeitar ou suspender o julgamento acerca de uma dada afirmação e o grau de confiança que alguém deve aceitar ou rejeitá-lo”.

Ter um pensamento crítico ou mais ainda ser um pensador crítico será uma habilidade igualmente valiosa e proveitosa para a primeira habilidade, num espaço ainda menor de tempo, segundo o relatório da WEF nos próximos 3 anos. Os pensadores críticos serão peças fundamentais em qualquer equipe, principalmente nas multidisciplinares.

No pensamento crítico ressalto a lógica e o raciocínio, que (junto com outras características) faz o pensador ser capaz de utilizar essas características para questionar um determinado problema, considerar as possíveis soluções, abstraindo impossibilidades, para superá-lo, ele ajuda a apontar os pontos positivos e negativos, a cada abordagem.

Para isso ser bem efetivo existem algumas ferramentas que podem ajudar a explicitar esses pontos, cito duas, a matriz swot (para forças, fraquezas, ameaças e oportunidades, também conhecida como matriz “fofa”) e o diagrama de pareto (também conhecida como curva ABC ou regra 80/20), ferramentas que ajudam a realçar os pontos, deixando mais visual e facilitando as tomadas de decisões.

3. Criatividade

Sob o ponto de vista humano, a criatividade é uma qualidade adquirida e iniciada na infância que busca em idéias a fonte para criar novas coisas. Ou em sua definição de dicionário, criatividade é a qualidade ou característica de quem é criativo de quem cria algo.

Antes de abordarmos criatividade gostaria de ressaltar que, criatividade não é um dom, embora todos tenhamos nascido criativos e somos podados com o passar do tempo pelos 5 Ps, onde temos: pais representa os próprios e familiares que dizem não para uma criança em aprendizado constante, limitando por vezes até mesmo sua imaginação dizendo que ele vive no mundo da lua ou para parar de ser ridículo; padres representa não só a igreja ou líderes religiosos, mas todas as crenças que delimitam ações, que limitam a evolução e só mudam com o tempo, professores e toda a limitação específica a uma forma de se ver o mundo, a forma que aquele professor ver aquela matéria, por mais abrangente que ele tenta ser, se ele gosta mais de Machado de Assis ou se ele é socialista, se acha que a relação áurea é incrível ou física quântica ele tende a te ensinar assim, pode até ser bom, quanto mais abertos melhor, mas com certeza leva a um posicionamento e um viés ou seja a limitadores, políticos e suas leis, suas regras criadas para domar e para gerir a sociedade e patrões que de forma clara impõe a visão de mundo dele utilizando apenas sua cabeça, sua força, seu serviço para o bem do lucro ou sucesso da empresa, lembre-se você se coloca em um lugar aqui.

Criatividade é para todas as pessoas, independente da condição, ser criativo é ser capaz de juntar informações díspares ou não e a partir dessas conjunções, construir coisas novas, novas ideias, novos processos, novos produtos... A imensa quantidade de novas tecnologias exige do novo profissional uma criatividade enorme para se adaptar, manter-se atualizado e se beneficiar dessas mudanças.

E mesmo com todo crescimento da robótica, as máquinas, não demonstram a criatividade humana, elas conseguem copiar com perfeição, seguir padrões, mas não conseguem criar algo do zero. Com base nas pesquisas com Inteligência Artificial e suas personas “Cortana” na Microsoft, “Watson” na IBM, “Siri” na Apple e o Google Assistente.

Como a criatividade já é uma ferramenta importante no mercado de trabalho de hoje, nos próximos anos ela será uma habilidade imprescindível nas empresas. E para ser criativo é bom seguir as tendências acima, precisa ser observador, ser diverso, ser mais abrangente do que específico. É importante fazer coisas diferentes diariamente, trajetos diferentes, atividades diferentes, se não pinta, pinte, se não canta, cante, escreva, desenhe, assista filmes e canais diferentes do comum. Assim sua bagagem de conhecimento cresce e a possibilidade de combinar coisas novas e ser inovador cresce também

4. Gestão de pessoas e Liderança

Pessoas sempre serão os principais recursos de uma empresa, segundo Vicente Falconi “empresa é uma organização de seres humanos que trabalham para facilitar a luta pela sobrevivência de outros seres humanos”, ou seja empresa é um conjunto de gente que quer resolver um ou mais problemas, mesmo com todo avanço tecnológico da inteligência artificial e/ou a automação do trabalho.

E sendo as pessoas a empresa como um todo, essas podem ficar cansadas, doentes, distraídas, desmotivadas, sem rumo e uma infinidade de problemas que demanda uma gestão ainda maior dessas pessoas. É nesse momento que aumenta o papel do líder.

Criou-se um discurso comum nos setores de RH das empresas que é “contratamos pelo currículo e desligamos pelo o que a pessoa é (ou se apresenta)” Ou seja, contratamos pelo conhecimento e experiência e desligamos pela atitude, logo atitude (implícita em diversas habilidades aqui apresentadas) é extremamente importante acompanhar do ponto de vista de liderança.

Saber gerenciar pessoas, lidera-las a um propósito em comum, significa saber maximizar o potencial de cada um do grupo, identifica individualmente cada pessoa o que amplifica seu potencial e sua produtividade. Ouvir, entender e por vezes atender suas expectativas, porém quando for preciso negar ter uma resposta coerente para elas. A gestão de pessoas é uma ferramenta muito importante e se conecta diretamente com a inteligência emocional e com a nossa próxima habilidade fundamental, a colaboração.

5. Colaboração (Trabalho em Equipe)

Trabalho em equipe sempre foi uma habilidade necessária, mas nos últimos tempos e cada vez mais no futuro a colaboração será de fundamental importância em qualquer ambiente de trabalho e é aqui que nós seres humanos conseguimos ir melhor que as máquinas, nossos protocolos de comunicação se adaptam extremamente mais rápidos e temos muito mais flexibilidade para acertar isso.

As empresas estão priorizando a contratação de pessoas com fortes habilidades interpessoais, ou seja, que saibam se coordenar e se relacionar bem com outras pessoas colegas de trabalho, subordinados e superiores.

A colaboração amplifica a potencialidade de cada um, pode fazer as vezes do marketing pessoal, porém mostrando resultados e insumos factuais, quando você compartilha um texto, uma idéia, um vídeo, um passeio ou qualquer coisa, mostra que você tem conhecimento daquilo, sem precisar propagandear aquela coisa. E dá chance de outras pessoas que nem sabiam que você tinha essa habilidade, compartilhar outras coisas com você, amplificar o conhecimento ou mesmo te ajudar a ser melhor.

A coordenação do trabalho em equipe ou aberto (com o mundo) é uma habilidade social que envolve saber se comunicar (bidireccionalmente), trabalhar com pessoas de diferentes personalidades, etnias e culturas e principalmente lidar com as diferenças de cada uma delas, se possível como um fator positivo.

6. Inteligência Emocional 

Inteligência emocional é um conceito da Psicologia que descreve a capacidade de reconhecer, avaliar e lidar com seus próprios sentimentos e os sentimentos dos outros. Popularizado pelo psicólogo Daniel Goleman que define a inteligência emocional em 5 componentes: autoconhecimento, autocontrole, motivação, empatia e interações sociais positivas.

Essa habilidade é muito importante para suportar outras já comentadas aqui como Liderança e Colaboração e por isso igualmente importante.

Para desenvolver o autoconhecimento poderia ir para o comum, coach, terapia, meditações, um olhar voltado a si mesmo, mas prefiro indicar atividades mais práticas, questionar amigos a apontar os pontos fortes e fracos, pedir feedbacks constantes as pessoas próximas, principalmente como estamos falando da parte profissional de superiores, colegas e subordinados, ouvir e ler atentamente as críticas ao seu trabalho e nunca dar de ombros e ignorar, prestar atenção e tentar aprender com aquilo.

Na parte do autocontrole, também prefiro ir para as tarefas práticas, verificar o que te tira do eixo e trabalhar aquilo com afinco, verificar o que você pode fazer diferente, escrever o que poderia ter feito diferente, aprender a se desculpar e a desculpar os outros para se tornar melhor. Isso depende muito de tomar decisões em ser melhor.

Para se motivar e motivar outras pessoas é importante perceber a etimologia da palavra motivação, ter um motivo para tomar uma ação. E perceba que motivos não faltam na vida de ninguém. Reforçar seus pontos positivos, destacar as oportunidades de melhoria em si mesmo e nos outros, por vezes é a melhor saída. Se você se apegar aos erros, as dificuldades, dificilmente conseguirá fazer diferente e a tendência é se deprimir e não se motivar.

Criar empatia não é fácil e as pessoas misturam muito a empatia com a simpatia, mas se tem, duas dicas que eu daria nesse quesito, podem parecer óbvias mas são as que mais uso no cotidiano, se coloque no lugar do outro e seja verdadeiro, genuíno. Essa segunda é muito importante pois muitas vezes para amenizar o impacto de algo, falseamos a realidade, floríamos a história, para ser melhor aceita, as vezes sem perceber. Precisamos ser muito atentos a isso para evitar o erro de comunicação.

Por fim, nesta habilidade, com interações sociais positivas entendo que seja utilizar os 4 primeiros conceitos com os outros, com desconhecidos, com qualquer pessoa que você venha a interagir, não necessariamente alguém que tenha relações diretas, com a moça do caixa da padaria, com o frentista, com a recepcionista, com a faxineira, com o mundo.

7. Julgamento e tomada de decisões

As empresas geram inúmeros dados, KPIs sem fim, todo dia aparece um novo indicador para se avaliar e com isso aparece a necessidade de pessoas que não apenas criem esses números, leiam esses dados e interpretem em informações significativas, mas também que tomem decisões assertivamente, principalmente em momentos críticos.

De acordo com relatório do FEM a tomada de decisões e o julgamento será uma habilidade fundamental no mercado de trabalho de 2020. Os profissionais do futuro examinarão números utilizando Big Data, a procura de insights nas informações analisadas e precisarão cada vez mais tomar decisões estratégias nas empresas, julgando o que é importante, urgente ou ambos e principalmente baseado em objetivos claros e fáceis de explicar, lucro, aumento de vendas, diminuição de perdas, salvamento de vidas, disponibilidade de produtos e serviços etc...

Aqui quanto maior o pensamento crítico (habilidade já descrita acima), o foco no objetivo e poder de concisão, melhor será o julgamento e a tomada de decisão, mais uma vez ferramentas como por exemplo, análise de SWOT (citada no pensamento crítico), poderá facilitar as tarefas.

8. Orientação de serviço

O conceito de orientação de serviços acredito que venha da informática e tem relação com mudanças absolutas no mercado. Como dito na introdução, muitas coisas viraram “as-a-service” (como serviço), carro-as-a-service (também conhecido como Uber), casa-de-férias-as-a-service (AirBNB), cinema-as-a-service (Netflix), entre outros.

Segundo o estudo do FEM empresas do ramo alimentício, e de TI estão sendo confrontadas por seus consumidores quanto a novas preocupações como segurança alimentar e privacidade por exemplo, e para não perder clientes, reputação ou prestígio, precisam responder a esses clientes de forma inteligente e rápida e geralmente utilizam seus serviços de atendimento ao cliente.

Porém isso não basta, agilidade e assertividade são muito importantes, mas orientar o uso de seus produtos e serviços aos clientes é fundamental e muitas empresas querem além disso, transformar seus produtos em serviços para ganhar recorrência. Aqui entra esse novo profissional que deverá conhecer seu público alvo, estudar seu cliente com afinco, seus hábitos em geral (compra, utilização, nível de exigência...) para adaptar a abordagem e principalmente o discurso a realidade do cliente.

Voltando as empresas alimentícias, não adianta por exemplo vender o leite condensado, precisa ensinar a fazer o doce, criar o desejo do doce que esse insumo provê e para isso eles disponibilizam receitas, forma de armazenamento, histórias dos doces. Empresas de tecnologia criam vínculo não apenas pela ferramenta que ela produz e a necessidade do consumidor, por vezes ela cria a necessidade, cria o desejo, as facilidades, o que o uso daquele produto proporcionará a pessoa.

Esse profissional criará a história que vai conquistar o cliente, por isso é importante aprender a contar história, a criar ambientes propícios para encantar e aguçar a imaginação dos clientes.

9. Negociação 

Se pensarmos na crescente adesão de máquinas e inteligência artificial no mercado e consequentemente a automação do trabalho, todas as habilidades sociais, que estamos discutindo se tornam ainda mais importantes.

Quando falamos em negociação, pensamos logo em preços, descontos, compra e venda de produtos e serviços. E muitas pessoas ignoram essa habilidade essencial no convívio social.

E todos os cargos e funções precisam saber negociar, para definir prazos, para indicar limitações, indicar e aceitar atividades ou seja a capacidade de negociar com colegas, superiores e subordinados será essencial e estará no alto da lista de habilidades desejáveis.

E pense bem se alguém disser que não sabe negociar, pois todos sabemos, podemos treinar mais ou menos, ser melhores ou piores, mas desde criança aprendemos a negociar, desde bebê quando não queremos mais comer fechamos a boca e a mãe em uma livre negociação imita um avião para você abrir a boca e comer mais um pouquinho, ou então negociamos a hora de dormir, mais tarde na adolescência a hora de voltar pra casa, o que é uma nota aceitável na escola. Negociar faz parte do nosso cotidiano e deve ser exercitado constantemente.

10. Flexibilidade cognitiva

Se tivéssemos que explicar em uma frase essa habilidade acho que poderíamos resumir em “ter facilidade para sair da zona de conforto”. De forma mais teórica a flexibilidade cognitiva é a capacidade de adaptação de estratégias cognitivas face a novas e inesperadas condições ambientais. Essa flexibilidade cognitiva quer dizer pensar de maneiras diferentes ao seu usual, imaginar diferentes formas para resolver um problema e quanto mais livre e desafiadora for esse pensamento melhor.

Quanto mais flexível uma pessoa, mais ela será capaz de antever novos padrões e com isso propor soluções diferenciadas, inclusive imaginar os novos problemas e antever fracassos, para aprender com o pensamento e não com o erro da execução. Aliás como diz o filósofo brasileiro contemporâneo, e professor: Mario Sergio Cortella: “Não é errando que se aprende, mas corrigindo o erro!”. As pessoas com maior flexibilidade anteveem-se aos problemas e pensam nos diversos caminhos, acham as dificuldades e já trabalham em como vencê-las antes delas aparecerem.

Essas pessoas são aguardadas com afinco pelas empresas, pois ao mesmo tempo que desenvolvem soluções inovadoras, evitam perdas, ou seja, ganham mais e perdem menos ampliando o resultado.
Para ser mais flexível cognitivamente, precisa exercitar e para isso fazer coisas diferente é essencial. Mas além disso, vencer medos, traumas e desconstruir mitos e crenças nos fazem alterar padrões e com isso aceitar mudanças com mais facilidade e consequentemente melhorando sua flexibilidade cognitiva.

Por fim uma coisa muito importante que aprendemos com a natureza e principalmente nas palavras de Bruce Lee: “Esvazie sua mente, seja amorfo, sem forma, como a água, você coloca a água num copo, ela se torna o copo, se você coloca a água numa garrafa, ela se torna uma garrafa, se você coloca numa chaleira, ela se torna uma chaleira”. Seja água!


Conclusão

De acordo com o relatório do FEM, um terço das habilidades consideradas essenciais hoje não serão necessárias em 3 anos. O mundo está crescendo exponencialmente em dados e informação e acelerando cada vez mais a evolução.

Para acompanhar o ritmo das mudanças que sofremos todos os dias, precisamos estar preparados, nos “armar” dessas habilidades ou aprimorá-las o máximo possível. A excelência depende da nossa vontade e disponibilidade.

Não podemos ficar parados esperando as mudanças acontecerem para depois fazer algo, temos a oportunidade de atualizar, de corrigir o nosso rumo, mesmo antes de sair ao mar do conhecimento.

Reflita bem se é importante se aprofundar em algo que você já saiba, pensem mesmo que de forma fictícia, se as tarefas que você executa existirão no futuro. Se é possível automatizar ou colocar um computador fazendo o que você faz. Se for ele será melhor que você? Mais rápido? Mais eficaz?

Vale a pena renovar suas tarefas? Definir novas atividades? Descobrir problemas para resolver? Descrever suas funções e se contratar? Construir novas conexões? Vale a pena se diferenciar?
Você vai esperar mais motivos para assumir o rumo da sua carreira/vida?


Por Daniel Bronzeri Barbosa
(
danibron76@gmail.com)
Junho de 2018

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