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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Prisão moderna a escravidão da CLT

Onde tu trabalha te desprezam
Ou melhor te aprisionam.
Te mantém como um refém. 
Faminto, sem peito como um órfão. 

Te dão a saidinha de fim de semana.
Se pudessem te davam cama.
Pra passar todos os dias pertinho.
Preso na estação de trabalho, seu cantinho.

Até finge que te pagam.
Você finge que dá pra se alimentar.
Ela finge que está na merda.
E você correr pra tentar tirar.

As pessoas de ti zombam.
Como se aquilo fosse possível.
Caçar mosquito com um míssil. 
E não investir na saúde que te roubam.

A divisão dos ganhos é igualitária.
Grita o primeiro que mais recebe.
Se você não ganha, não merece.
Mas posso comprar sua genitalia.

E na corrente de contas a pagar.
Te prendem com o que não pode dar.
Negar já não é uma possibilidade.
Pois tem deveres com sua identidade. 

Manter o nome limpo.
A geladeira minimamente abastecida.
A casa limpa a cama aquecida.
É o velho pão e circo.

Mais uma semana começa.
Igual as outras com muita pressa.
Correndo para não chegar.
Pagando pra trabalhar.