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quinta-feira, 15 de outubro de 2020

desmeritocracialização

Eu deixei de ser e desesti do que fui.
Num rastro de cometa, num faixo de luz...
Ou estou no breu de pensamentos.
Ou na lama dos meus lamentos.
E mesmo se do caos fui feito.
Busco na teoria da causa e efeito.
Uma desculpa que pouco me seduz.
A velha mania de carregar uma cruz.

E quem me diz se posso apenas ser?
Onde posso ir ou o que posso ter?
Me explique a diferença bendita.
Entre menino de ouro que medita.
E o pequeno prateado malabarista.
Que na escura esquina mendiga.
Qual a diferença entre um e outro ser.
Ou porque não posso, simplesmente viver!

E o jogo se mostra de forma repetida.
Uns acham que ganham a terra prometida.
Mas já não importa quem vence ou perde.
Se acha importante num cheira (bem), nem fede.
Vivem da escassez que muitos padecem.
Ignoram a abundância que todos merecem.
Na busca instigante de meritocracia.
Sai muito atrás da longa corrida.

Não vale o que pensa.
Não pesa a partida.
Não parte do parto.
Não nasce sem vida.
Não vive o que sente.
Não senta em saída.
Não sai da estrada.
Não entra, invalída.
Não vale o que pensa...
(Em loop infinito)
Enfim, minto!