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domingo, 17 de março de 2024

ninguém respeita ninguém

Todos gostamos de criticar,
cutucar, apontar o dedo 
mostrar o defeito.
Alguns até de espisinhar.

Ninguém gosta de que chamem a atenção.
Porque eu não erro, eu sou perfeito
Estou alheio a falhas.
Isso é devaneio (do outro).

O que não me incomoda,
não deve me ser cobrado.
Mas o que eu acho importante.
Será uma tese de doutorado.

Porque o mar é importante.
Economizar deve ser constante.
Limpar é saudável. 
Cozinhar é sociável.

As regras não podem ser genéricas.
Nem tão pouco individuais.
A gentileza lembrada.
Serve pros outros, pra nós, jamais!

Ficamos em paz de guerra.
Atormentados pela calmaria.
Pedimos luta com trégua.
Silenciados com gritaria.

Usamos diferentes réguas. 
Para a mesma medida.
Resistimos a deveres e entregas.
Exigimos mordomias.

Nos escondemos em nossos defeitos.
Quando nos serve usamos a etiqueta.
Que nos é imposta sem medo.
Pra tentar fugir das tretas.

E assim vivemos ilhados.
Em nosso ego e histeria.
Seremos sempre assombrados 
Pelos outros e a alma vazia. 

Pobres e inquietos.
Enganados pelo espelho.
Não aprendemos o certo.
Erramos os mesmos erros!

sexta-feira, 6 de março de 2020

quem mesmo?

Ahhh pib
Ahhh dolar
Ahhh bolsa
Ahhh desemprego
Ahhh austeridade
Ahhh teto de gastos
Ahhh Fumaça
Ahhh Lama
Ahhh óleo
Ahhh queimada
Ahhh desrespeito
Ahhh machismo
Ahhh sexismo
Ahhh ele, ela, elas, eles...

Merecemos
Inteligentes não fizemos nosso papel 
de discutir, 
de elucidar, 
de ensinar,
de raciocinar,
de somar,
de multiplicar,
de potencializar,
o que acha anos certo!

Deixamos que acontecesse.
A força bruta,
a face oculta,
a cena mal feita,
a mentira,
o medo,
venceu.

Agora aguenta!
Aceita e vê se aprende a fazer seu lado.
Levante!
A bunda,
a cara,
nem que seja a voz!
Grite.
Mostre.
Aponte.
Lembre.
Eduque, abuse da educação!

Merecemos por todos... o que acontece.
Independente de todo esforço feito!
Foi pouco! 
Se dedique mais, pois se desistirmos não adianta rezar depois.
Ninguém fará sozinho.

Bem feito!
E obrigado por nada!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Um caos organizado na desordem de nossa felicidade.

Felizes, vivemos no Caos pois o críamos para aturar a nós mesmos.
Mas vivemos na nossa bagunça, na nossa reconhecida e honesta desorganização organizada.
Somos na verdade Anárquicos Democráticos, gostamos do NOSSO JEITO e assumimos isso.
Não precisamos ter a casa dos comerciais.
As roupas brancas do sabão em pó. Quero a lembrança da bagunça da criança na lama, nem que por alguns dias apenas.
As panelas  areadas com pasta brilho. Quero o saudoso gosto de doce de leite na colher de pau.
A mesa milimetricamente organizada, com xícaras pareadas e talheres em paralelo perfeito com a fatia do pão de leite e aquela manteiga que escorrega na bolacha de água e sal sem quebrá-la. Quero é café na cama, bandeja jogada na cozinha e achar aquele biquinho de pão para passar um requeijão.
Para quê serve uma cama presa? Se podemos ter uma cama lisa, se queremos nos desprender ao descansar. Quero travesseiros espontâneos, companheiros da noite, e também o colo da companheira, sua barriga e seus seios, preferencialmente descobertos ao alcance de um carinho ou quiça um beijo.
Melhor que o sofá possa ser arrastado para formar um berço de casal e assistirmos juntos um filme ou seriado.
Que as pipocas caídas virem piada e não briga. E a mancha de toddy vire causo e não cause discórdia.
Banheiro limpo, sim, por favor, mas não desinfectado, não espero que um grupo de reportagem do detergente líquido, invada minha casa para inspecionar o banheiro, pois ali existe sim pele morta de um corpo renovado, , cabelos caídos de um penteado lindo, toalhas úmidas de corpos desejados, escovas de dente ainda molhada e num mundaréu de coisas que nós homens nem sabemos para que serve.
Quero a sensação de que existe gente no lugar, que existe felicidade, que existe vida.
Quero recordações das loucuras feitas no chão da sala, na mesa de jantar, na pia da cozinha.
As lembranças do primeiro caminhar no corredor, daquelas mãozinhas sujas que um dia estiveram na parede e mesmo dos rabiscos limpos pelos próprios artistas arteiros.
Por isso me preocupo em viver e deixar que vivam, arrumando a bagunça, pedindo cuidado com as coisas, suplicando ordem, mas sem esquecer que somos diferentes, esquecidos e principalmente...
Somo Felizes.

(Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu
Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios ainda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair) C.B.