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quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Um pouco mais sobre produtos de Casa Inteligente (um dos braços da IoT)



Fico muito contente em expor algumas idéias e projetos aqui, ainda mais quando a receptividade é positiva, até agora não tive opositores ou pessoas discordando, não sei se isso é bom ou mal, mas, positividade é a palavra de ordem no momento.

Algumas pessoas me perguntaram o que eu achava do cenário de produtos smart para casa inteligente e as respostas em geral são: está aquecido por causa das assistentes pessoais (Alexa, Google Home, Bixby, Siri...); está aquecido por conta das pessoas estarem em lockdown, vivendo mais dentro de casa, estudando, trabalhando, se divertindo e isso da idéias de melhorias seja para o lado do conforto, do entretenimento, da segurança ou simplesmente da diversão (brincar de Jetsons...); ou está aquecido pela proliferação de soluções e produtos e até mesmo serviços e é nesse segundo ponto que quero me ater hoje.

Primeiro deixa eu dizer com que “bagagem” eu escrevo sobre isso, estudo automação residencial, antes dos produtos serem de IoT, quando o termo ainda era domótica nas aulas dos professores mais "antenados" do meio pro final da década de 90. Meu projeto de formatura foi automação de um quarto hospitalar por reconhecimento de voz, “Enfermeiro Virtual”, algo que hoje deveria ser comum e ter em todos os quartos de hospital e hotel, mas em 1999/2000 não era assim, precisavamos de um computador com os kits multimídia, a ajuda de software de reconhecimento natural da fala (usei o da Nuance), contrutores de aplicação (usei o AppBuild da Voice Technology), e muita ajuda além de meus colegas formandos e professores, de meus amigos de trabalho, Paulo Panhoto, Andre Pantaleão, Roberto Elvira e Rodrigo Zenji, cada um com uma software, para comunicação serial, tunning do software de reconhecimento de voz, facilidade no construtor de aplicação, middleware entre outros, juntos a um microprocessador AVR da Atmel, relês, acionadores e outros dispositivos, conectados a uma placa de controle remoto universal, uma lâmpada, e uma cama hospitalar (com movimento fawler), através de acionamentos pela hotword “Enfermeiro Virtual” acionávamos esses dispositivos reais e uma animação na tela de um PC. (Quem quiser procurar o projeto e o TCC está documentado na biblioteca da FEI). Ali, naquela época, não tinham fornecedores de produtos de automação residencial, as coisas ainda eram muito caseiras, nada integrado, com api ou algo do gênero, precisamos criar do zero mesmo.

No mesmo tempo conheci o José Roberto Muratori e a Aureside em formação em um evento de inovção no Anhembi em 2001, que pleiteava já ser a associação que se tornou e agregava o conhecimento de fornecedores, principalmente, voltados para Home Theater. Fiz meu primeiro curso de automação CLP (ainda não era residencial) no SENAI, mas ainda não era algo para as casas, em agosto de 2003, participei do fórum de inovação tecnológica e do congresso habitar, na feira desse evento estava exposta a Casa Inteligente Inclusiva, como não se apaixonar ainda mais pelo trinômio, Inovação-Tecnologia-Inclusão conheci ali um controle remoto e um dimmer da Sylvania (para mim um dos primeiros a chegar por aqui). Já em 2006, recebi o convite para participar de um treinamento de integrador Zwave (hoje Flex Automation), comprando o kit inicial, controle remoto, dimer e tomada, conheci o potencial da solução de Zwave propriamente dita (o nome da empresa se misturava a tecnologia), nessa altura já existiam outros fornecedores no mercado, a maioria com soluções que pediam muito retrofit, sendo esse um dos principais beneficios daquela solução, pouca obra, facilidade na instalação e potencial de expansão.

Novamente o tempo passou e em 2009 fiz um treinamento e certificação Control4, solução até hoje fornecida pela Disac e finalmente em 2011 comecei a trabalhar como plano A com automação residencial a convite do Eriko Pagliuca me juntei a Fast Life (braço de automação residencial da Fast Shop) onde pude estudar com mais afinco os produtos, onde vejo nascer e desaparecer diversos fornecedores e principalmente tenho uma idéia de onde eu poderia pisar.

Esse mini curriculo para responder uma questão? Como está o cenário de produtos smart para casa inteligente? E a resposta é que está DIVERSO, um zoológico com diversos animais de diversos portes ou uma feira e toda a diversidade de produtos das feiras de rua brasileiras. Tem produto para todos os gostos e AINDA, ao meu ver, escassez de serviços e mão de obra.

O mito de que casa conectada ou inteligente é coisa pra rico, milionário ou endinheirado é tão fantasioso quanto vacina com chip que controla sua mente ou te transforma em jacaré. Existe soluções a partir de R$45,00, isso mesmo, você encontra lâmpadas inteligentes wi-fi que são programáveis para ficar da cor que você quiser em determinadas horas do dia. A central é o aparelho que você carrega no bolso, na bolsa, seu fiel escudeiro e parceiro inseparável, o celular (também inteligente, smart). Pode faltar, cueca, calcinha, meia, pasta de dente, o café da manhã, mas celular com bateria você dá um jeito de arrumar. E nem vou divagar que o controle remoto já é uma automação, a cancela eletrônica do shopping ou condomínio, o portão automático do seu prédio, as portas autônomas, alarme, porteiros eletrônicos e afins são, também, automação. Estou falando da iluminação, do entretenimento, da segurança, do conforto e dos produtos que as pessoas estão acostumadas a associar a automação residencial.

Como dito acima existem soluções para vários bolsos, de várias formas que pode-se comprar em grandes lojas ou na Santa Ifigênia ou no site chinês, pode-se contratar integradores e profissionais para projetar ou simplesmente fazer por conta própria e nada está errado ou certo, são opções, escolhas. Estamos vivendo essa fartura e precisamos aproveitar. De forma similar (e abusando da transposição didática) temos a pessoa que curte um "dogão de rua", o fast food, o restaurante da moda, o mais requintado com pratos internacionais ou um chef de cozinha na sua casa para preparar um almoço especial, mas também pode ser você mesmo cozinhando com extremo sucesso. Como na automação tem para todos os gostos e escolhas e não tem mais ou menos errado.

Eu, Daniel, particularmente acho interessante os produtos simples, baseados em tecnologia wi-fi, mas conheço suas limitações de atuação, não reclamarei com o fornecedor quando minha internet estiver instável e eu não conseguir operar, ou se minha rede estiver lotada de coisas penduradas e o simples fato de meu filho jogar on-line atrasar um ligar de luzes, mas creio que esses produtos tem seu valor, para difundir o gostinho da automação, para ser a entrada na casa das pessoas junto ou não as assistentes pessoais (diversas pessoas reclamam que a Alexa é apenas uma caixinha que as vezes responde, mas isso pra mim é dificuldade de uso, pratica, costume...).

Existem soluções mais robustas e confiáveis ou soluções bem completas e totalmente integradas. Aqui não vou ficar no muro e puxarei para minhas preferências e conhecimentos, na futura empresa de consultoria que eu estiver, indicaria trabalhar principalmente (mas não limitado) com: Iluminação Inteligente Philips Hue como prato de entrada e Produtos e Painéis da Flex Automation (FXA-0400 é um dos meus preferidos) como prato principal, para soluções muito maiores, para as festas grandes mesmo, ficaria na dúvida entre Flex e Control4, se houver muita interação de mídia eu iria de Control4 para padronizar o controle da casa. Mas o ideal mesmo seria integrar as duas soluções, para uma casa grande mesmo, acima de 250m² com muito controle de áudio, vídeo e som distribuído, se bem que soluções como SONOS (que ainda não estão tão ao nosso alcance) cairiam muito bem nesses casos também.

E porque escolho Philips, Flex Automation e Control4? Estou sendo pago para falar bem delas? Não, longe disso, não é publicidade é gosto, tempo de estudo, confiança mesmo, falarei só um pouquinho dessas 3 hoje:

Philips Hue, pra mim tem as melhores lâmpadas, eles se importam com durabilidade e lançam os produtos depois de muito teste, estão a muito tempo e dando muito certo, as lâmpadas são idênticas, você dimeriza uma lâmpada Philips a 65%, e a segunda a 65% ela FICA IGUAL, tente fazer isso em soluções mais em conta. Além disso a durabilidade é impressionante, bem como a fluidez entre os modelos, num mesmo hub vc tem modelos comprados em 2016 e momdelos comprados agora em 2021, de forma transparente, além da durabilidade, lâmpadas de uso diário desde 2016, é isso mesmo muito além da vida útil divulgada.

Flex Automation, é uma das empresa com mais tempo em funcionamento no Brasil, aparecem fornecedores, eles são vendidos, ou saem do mercado, criam-se produtos em projetos de formatura, idéias gigantescas e as vezes megalomaníacas de empresas, o fardo de ganhar 1% do 1% mais rico já estaria bom pra eles mas que desaparecem as vezes num piscar de olhos. A Flex é desenvolvedora, cria e fabrica os produtos, ouve os integradores, parceiros, são respeitados na aliança zwave ainda mais fora do país, dão manutenção, te falam quando o erro foi na instalação, mau uso ou realmente um problema do produto e consertam, trocam quando necessário, a assistência técnica é local (em SP) mas é uma AT, de fato, não trocam apenas os produtos, existem técnicos eletrônicos de verdade, valorizam o conhecimento e o compartilhamento do mesmo, por isso tem minha preferência e confiança. Não são aventureiros importando soluções, passando de mão em mão e as vezes, infelizmente, deixando na mão seus integradores.

Control4, é uma solução reconhecida mundialmente, gigantes nos Estados Unidos, com uma linha muito segura, que entrega o que se propõe, de custo mais elevado, sim, mas justifica possibilitando uma ampla manutenção remota, padronização de controles nos diversos dispositivos com poucas adaptações técnicas, com uma boa distribuição local, no mesmo nível de Savant e Creston, mas que escolho por ter convivido mais com ela nos últimos 10 anos. Além do respeito que tenho pela fornecedora (Disac) com gente que conhece demais seus produtos.

Para minha casa tenho um pouco do que disse aqui, sendo uma verdadeira miscelânea, mas meu foco principal, são lâmpadas Philips Hue, estou reformando parte da casa e incorporarei soluções da Flex Automation, E ainda terei coisas como: dimmers isolados da TP-Link; tomadas inteligentes Wi-fi e lâmpadas em abajur by Tuya (Geonav pelos meus testes deu menos problema que Positivo, Multilaser, Kabum...); carrinhos para cortinas elétricas; sensores básicos de presença na garagem; gosto do Google na sala e da Alexa no quarto; fechadura inteligente August na porta, sensor de abertura de porta no meu armário de guloseimas e na espera de câmeras inteligentes wired-free com bateria para 1 mês pelo menos e por ai vai...

Isso responde e dá um pouco da dimensão que vejo para produtos da casa inteligente no mercado atual.

Futuramente penso em fazer alguns textos sobre os fornecedores que conheci, estudei, apareceram e saíram do mercado nacional, tentando classificar por faixas de tamanho ou preço, ainda vou pensar. Também gostaria de falar como utilizar e apresentar esses produtos, criar soluções percebíveis, entendíveis e adaptadas para as pessoas, principalmente as mais céticas e que acreditam que isso é só firula. Em uma terceira vertente também quero discorrer sobre as oportunidades para mão de obra, a escassez que há mercado como um todo, de projetistas, eletricistas integradores, unindo algumas percepções minhas sobre formações e afins.

Como sempre fico aberto a sugestões e bate papos sobre o tema, fica aberto o convite!

Daniel Bronzeri Barbosa (danibron76@gmail.com)

domingo, 22 de março de 2020

Pensamentos Isolados : 1 de ...

Pra melhorar o isolamento, poderíamos racionar a internet e bloquear das 20hs as 0hs todos os dias.

Brincaríamos num grande telefone sem fio, pelas janelas e portas de casa, mandando mensagens de alegria e esperança para entes e amigos queridos.

Um falando pro outro até encontrar seu destino...

Redes Sociais seriam apenas redes em praças ou ginásios para dar conforto aos desabrigados e sem tetos, poderíamos aprender a abrir todos os ginásios de escolas do governo para esses moradores de rua dormirem um pouco melhor, só um pouco... E quando retomarmos o dia-a-dia daqui um tempo teríamos criado mais um meio de nós suportamos, no sentido de dar suporte e não apenas aceitar. As escolas tem chuveiro, banheiro e água encanada e no lugar de um bedel, teria apenas um escolhido que organizasse a desordem, com cada um juntando suas coisas no dia seguinte e deixando limpo para a aula...

Teríamos filas solidárias, mas um local que dá sentido as pessoas irem pra ajudar. Um endereço, um abrigo... E maximizaria o uso do espaço público!

Nos prédios e condomínios, poderíamos de novo brincar de "Stop", seja novamente pelas janelas, portas ou interfones comunitários, incluindo o zelador que seria o guardião e verificador das palavras, se ainda tiver um zelador, que more nessa comunidade, pois ele igualmente precisa estar isolado!

Os bares, padarias e restaurantes das proximidades, poderiam gastar 30 minutos a mais para doar comidas e bebidas nós abrigos-escolas e assim criar um ciclo virtuoso. E quem sabe no futuro criar palestrantes nesses pateos com voluntários que falem de saúde, segurança e dêem aconselhamento e apoio...

Quem sabe, brincando e ajudando o próximo, não crescemos em generosidade e Amor! Crises e tempos difíceis servem para pensarmos, discutirmos e recriar essa sensação de pertencimento e inclusão!

Fica aqui a idéia e quem sabe a tentativa de realizar!