quarta-feira, 1 de março de 2023

diálogos impertinentes

[1/3 10:45] Daniel: A indignação contra uma empresa ou atos que fizemos não aceitar tem algum alcance ou distanciamento para discutir que marcas utilizar ou boicotar? Até onde vai a seletividade moral?
[1/3 10:49] Daniel: Já discutimos aqui em grupo pessoa x obra, ação da empresa x condições trabalhistas, empresa x políticos, mercado x indústria x "capital", capital x social, estado x privado e sempre tem os prós e os contra, algumas coisas em meio termo outras que pensam mais para um lado. Mas essa bússola moral e o ímã que usamos pra manipular a mesma acho que nunca discutimos.
[1/3 10:50] Daniel: Confesso pra vocês que isso é uma dúvida pessoal e não contra a opção de qualquer um do grupo, pra deixar claro e antes que qualquer ofendidinho ache que foi direcionado.
[1/3 10:52] Daniel: A questão da banalização da violência (do mal, na teoria), as últimas notícias sobre trabalho escravo, precarização generalizada dos deveres públicos e a ignorância quanto aos direitos do cidadão me tem chamado muita atenção e me colocado em alerta.
[1/3 10:54] Daniel: De tudo que estudo, a equalização dos status das pessoas de forma obrigatória, ou uma ditadura do proletariado é o que me traz mais respostas. Aniquilar a burguesia enquanto classe e não pessoas (mas se for preciso também...) é o caminho que tem feito mais sentido pra mim.
[1/3 10:55] Daniel: Boicotar uma marca de vinho, de cerveja, uma loja de roupa, uma hamburgueria, um passeio, uma escola ou qualquer outro exemplo tem sido falho quando penso que no todo o caminho real desse boicote seria o isolamento e a cultura de subsistência.
[1/3 11:01] Daniel: Uma Intel, AMD e Qualcomm já tiveram seus trabalhadores reclamando de escravidão. As marcas esportivas estiveram ou estão ligadas a isso ou a nazismo, fascismo e grandes potências, o agro, do plantio a pecuária tem isso intrínseco, as petrolíferas, geradoras de energia, nenhuma se salva... E poderia ir citando os absurdos da Samsung, LG, Sony, Ericsson, Siemens, Ford, Volks, Mercedes e toda lateralidade de marcas que pode existir.
[1/3 11:03] Daniel: Beber Salton ou usar um Nike?
Andar de Nissan ou comprar uma TV Samsung?
Ir pra Disney, andar de TAM, ou simplesmente pegar o busão da Sambaíba?
[1/3 11:05] Daniel: Usar Alexa da Amazon, Caixinha JBL, Chromecast do Google ou mesmo o Android, celular Apple??? Pra onde fugir?
[1/3 11:06] Daniel: Defino pela proximidade? Pela espetacularização?
[1/3 11:07] Daniel: Veja bem, não estou defendendo os atos repugnantes, nem colocando isso em discussão.
[1/3 11:09] Daniel: Mas se eu criar uma lista do que usar, não usar, comprar e ir... Fudeu! Se considerar proximidade, não ando de busão, metrô, ou qualquer outro meio de transporte, pois tem merda em tudo que é próximo, se é um carro de multinacional tão pior quanto, com os absurdos de mortes x prejuízo financeiro
[1/3 11:10] Daniel: Daí beleza, não seremos hipócritas, vamos usar tudo, de todos e financiar atos bélicos indiretamente?
[1/3 11:14] Daniel: Tá mas começa por você, no seu círculo. Eu terceirizou mão de obra, contrato MEI para caralho no meu dia a dia, uso os deliverys, classifico os empregados de acordo com o conhecimento, julgo a vontade deles o tempo todo e meço os resultados de forma igual, considerando que eles não vão melhorar tanto mesmo pois planejo isso, ou seja sou um grande pau no cu, dai trabalho pra gente misógina, racista, preconceituosa e retrógrada indiretamente na maioria das coisas, mas diretamente em outras, são diretores, CEO, presidente além dos "clientes", ou seja sou um merda!
[1/3 11:17] Daniel: Pra não me sentir tão merda invento histórias para apaziguar meu coração e mente, que eu ajudo, que eu quero dar o melhor pros meus filhos, pra minha família, que preciso defender meus interesses, que também me coloco na posição de prostituto do meu esforço, trocando suor, dores e saúde mental por migalhas no final das contas, pois deixo na mesa um bom naco de lucro...
[1/3 11:18] Daniel: Faço doações, busco o assistencialismo, me compadeço da criança pedindo na fila do almoço, busco a administração do shopping pra dar ideia de projetos sociais no lugar de seguranças pra dar porrada...
[1/3 11:19] Daniel: Agora vivo no dilema do que vejo primeiro a empatia ou a angústia

escravidão moderna

Transfere do nordeste pro sul.
Promete rios de dinheiro, mas só dá a escuridão.
Esse é o trabalho prometido, no projeto libertário.
Quem não se indigna com a fala em defesa d escravidão... é 100% conivente com a livre negociação patrão e empregado, isso é feito para existir assim é um projeto, pra isso se fez a reforma trabalhista, por isso que se pede a extinção da CLT e redução dos benefícios aos trabalhadores. Com tempos maiores de previdência, consegue-se uma mão de obra mais duradoura, embora menos saudável. Com discursos de economize no seu lazer, não gaste com cinema, acorde antes dos outros, empreenda sendo uber de lavoura, 99garçons, freela de costura, terceiro instalador ou delivery de comida mesmo, com isso se cria o ambiente propício porque ele se prende na demanda do dinheiro pra sustentar os seus e nunca evolui, junta-se a isso a baixa segurança física e patrimonial que não protege essas pessoas e a educação pública precarizada. 
O único caminho que vejo pra reverter isso é a revolução.
E a ditadura do proletariado, com a extinção burguesa fazendo de todos a mesma classe trabalhadora e co-irmã.
Venceremos!

Escolhas

De tudo que eu tenho.
O que menos quero é o que mais me fará falta 
Não por perder, mas por não dar valor.
Então preste bastante atenção.
Antes de viver o sim.
Terá que escolher e ponderar o óbvio.
Tudo está definido.

Desistir não é a opção...

Como eu gostaria de falar com você mais uma vez.
Meu peito está estourando 
Minha cabeça está rodando.
Me perco em bebida.
E sinto que as coisas podem não acabar bem.
Passo horas sem perceber o tempo.
Escrevo a esmo.
E torço pra que seu fantasma embale meus sonhos.
Pra que seu conselho seja novame te certeiro.
Torço pra ter sua atenção.
Que a vida me ensine a ter paciência.
Sua presença ainda é forte.
Mesmo sem tamanho ou força física.
O exemplo de luta sem levantar a mão.
Sou grato por ter te conhecido.
Por ter aprendido a valorizar as pessoas.
A prestar mais atenção.
A tratar bem o próximo.
Essa saudade não vai passar.
Pois sempre que me lembro de você é isso.
Um orgulho por carregar um pouco do seu gene.
Por ter sido cuidado por você.
Por ter te ouvido.
E principalmente, ter sido Amado incondicionalmente.
Obrigado!
Eu te Amo!

não faz sentido esperar o que não acontece

Quando você menos espera...
O pneu fura.
A corrente enferruja.
O pino sai.
O céu escurece.
O mato cresce.
O barco vai.
A boca abre.
A perna bamba.
O pé te trai.
O chefe chega.
Acaba a breja.
É o fim da paz.
Janela fecha.
Cabelo é mecha.
A trança cai.
O tiro pega.
O quadro prega.
O tio mordaz.
O som repete
A luz reflete.
O dia acaba.
A mãe chama.
O pai reclama
O filho cala.
O gelo inflama
A cor derrama
O fim da sala.
Comédia é drama.
João é dama.
E não se fala.
A bolha incha.
Formiga relincha.
O trote para.
A dor lateja.
Trovão lampeja.
Ninguém mais sara.
E depois...
O pneu enferruja.
A corrente sai.
O pino escurece.
O céu cresce.
O mato vai.
O barco abre.
A boca bamba.
A perna te trai.
O pé chega .
O chefe é breja.
Acaba a paz.
É o fim que fecha.
Janela mexa.
Cabelo cai.
A trança pega.
O tiro prega.
O quadro mordaz.
O tio repete
O som refkete
A luz acaba.
O dia chama.
A mãe reclama.
O pai cala.
O filho inflama.
O gelo derrama
A cor da sala.
O fim do drama
Comédia é dama
João é se fala.
E não mais incha.
A bolha relincha.
A formiga para
O trote lateja.
A dor lampeja
Trovão que sara.
Ninguém mais fura.
Porque do nada...
Nada vai acontecer!