quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Delegar tarefas e funções: Uma habilidade para melhorar a liderança.


Uma das atribuições essenciais para um bom líder que são fáceis de dizer, mais desafiadoras de se fazer (para muitos quase impossível) é delegar tarefas e funções.

Em um estudo da Universidade de Stanford (A 2013 executive coaching survey), 35% dos executivos entrevistados disseram que precisam aprender a delegar tarefas e funções para serem melhores líderes, enquanto 37% dizem buscar o desenvolvimento dessa habilidade.

Delegar tem mais a ver com confiança e coragem do que técnica, fórmulas e processos. Existem muitos treinamentos e procedimentos a aplicar para se delegar tarefas e funções, mas a verdade é que depende do líder que o faz. Deve ser praticado, com parcimônia e cuidado para não ser no jargão executivo-hype “delargar”, mas precisa ter consistência e persistência na prática dessa habilidade.

Exige entre outras coisas uma reflexão sobre a tarefa e conhecer as pessoas que a receberá. E acima de tudo avaliar se não estamos caindo em armadilhas criadas, seja por uma cultura equivocada, uma crença mal desenvolvida ou de falsos pensamentos que aqui chamarei de “fantasmas” que nos cercam e nos afastam de uma boa resolução.

Esses “fantasmas” funcionam como o alter egos de nosso subconsciente que fica sussurrando em nosso ouvido para ir a um caminho ou outro. Classifico os 5 principais que considero abaixo:

  • Super-Homem: Nos torna no herói mais completo, sabemos que temos nosso ponto fraco, nossa kriptonita, mas isso apenas para ser “humilde” e não ser perfeito, uma frase que marca muito esse fantasma é “Isso eu não posso delegar, seria largar minha responsabilidade”. 
  • Peter Perfeito: Nos transforma no cara! Sabemos tudo, fazemos tudo e sempre da melhor forma e não podemos delegar pois ninguém consegue ser tão bom quanto nós, geralmente falamos “ Se quer algo bem feito, faça você mesmo! ” e com isso não conseguimos distribuir as tarefas mais banais, chegando cedo pra fazer café, organizar pequenos eventos ou mesmo trocar uma lâmpada. 
  • Flash: Nesse “fantasma” nos sentimos o mais rápido, por vezes não é da melhor forma de se realizar a tarefa (a maioria delas), mas estamos sempre correndo, temos sempre uma folhinha na mão, um caderno, uma caneta para mostrar que estamos muito ocupados nosso lema é “Isso é simples e mais rápido eu mesmo já executar”. 
  • Sr. dos Anéis: Nos tornamos O ser supremo, exímio executor, sênior, costumamos ficar rodeados de pessoas medíocres e/ou tidas como inexperientes (isso é, quase sempre, inconsciente). Em resumo ninguém está pronto tanto quanto nós para aquela tarefa, logo não podemos delegar e executamos. 
  • Exclusivo (Riquinho Rico): “Eu só realizarei essa tarefa/função, pois pediram diretamente pra mim, o presidente, o diretor, o gerente quer que EU, exclusivamente EU, faça isso pessoalmente...”, geralmente em conjunto com esse discurso vem questões (desculpas) afirmativas como: por Sigilo, por Segurança, pela Qualidade (impar da forma que eu faço)... Isso nos impede de compartilhar, muitas vezes com um discurso de que “até gostaria de delegar pois entendo que vocês, meus liderados, dariam conta com o pé nas costas, mas...” sempre tem uma conjunção adversativa que explica o “não-delegar”. 

Existem outros “fantasmas” e quase todos, como os acima mencionados, apontam como causa raiz o medo (por isso disse no começo que delegar é uma questão de coragem, pois coragem não é a ausência de medo, mas sim o fato de enfrentá-lo, ausência de medo na maioria das vezes vem da ignorância do risco, mas isso fica pra um outro dia...) mas quais são esses medos: (1) da dependência (se acostumar com a ajuda); (2) de parecer fraco; (3) de parecer largar as tarefas; (4) do desapego (gosto tanto de fazer isso...); (5) da falta de tempo; (6) de perder o emprego (ser trocado por alguém melhor); (7) da imaturidade do outro; (8) da qualidade do outro; (9) de sobrecarregar o delegado; (10) de perder o controle (talvez o maior de todos).

Você pode estar se questionando: - tá, eu me enquadro em um, dois ou três desses quesitos, apontar é fácil, identificar o problema OK, mas como resolver?

Por isso juntei uma MasterClass XYZ (brincadeira... não fiz nada disso, nem isso é um fishing de treinamento), por isso aponto abaixo 5 desafios improdutivos para se delegar e igualmente 5 (faz parte do meu TOC) dicas que podem ajudar a vencer os desafios, não é um para um, mas pode ajudar concomitantemente.

5 Desafios para se Delegar:

  1. Paternalismo: Muitos líderes veem em sua área/equipe como sua cria, como seu filho, dificultando assim a passagem de bastão (delegar) para outras pessoas. De uma forma simplista podemos ver com bons olhos, uma atitude de dono, mas a longo prazo isso se torna um problema. O excesso de paternalismo, sufoca o crescimento e o amadurecimento da equipe e consequentemente da área, levando a estagnação, dificuldade de resoluções e muitas vezes a trocas da liderança em vez de ajudar o líder a se desenvolver. O crescimento traz consigo o desconforto e o ser humano evita ao máximo o desconforto, tornando um ciclo vicioso de evitar o crescimento também. 
  2. Centralização e Controle: Controle é poder e perder o controle é perder o poder. Uma analogia tola, mas eficaz é a perda do controle da televisão, quando em sua família, você perde o controle da televisão para um irmão, esposa, filho, você perde o poder de decidir o que vai assistir. É o medo de perder esse controle sobre uma tarefa ou função que faz as pessoas evitarem delegar. Para manter o controle do que acontece ao seu redor, os gestores costumam centralizar as principais tarefas e decisões contigo. Isso causa perda de celeridade, abrangência e autonomia o que em resumo pode se tornar um caos administrativo. 
  3. Responsabilidade dividida: Ao delegar uma tarefa, o gestor não perde a responsabilidade dessa tarefa frente a seus superiores imediatos, logo a aflição de ter essa responsabilidade dividida faz com que muitas vezes não delegue certas tarefas para (novamente) manter o controle do resultado e do andamento da mesma, pois quem apresentará os resultados é ele. Porém um líder deve assumir a reponsabilidade por usa equipe e não temer possíveis falhas, se essas ocorrerem, tomar aquilo como lição junto a equipe e principalmente aprender para não ocorrer novamente. 
  4. Tempo e Treinamento: Terceirizar atividades envolve tempo e treinamento para explicar ao novo responsável como quer que seja feito, a desculpa da falta de tempo e o desafio de elaborar o treinamento muitas vezes fazem com quem o líder não delegue a tarefa ou a função. Procrastinar é algo corriqueiro nesse momento, adiar a reunião, o treinamento, o alinhamento evitando assim a formação do novo executor. Contudo essa capacitação envolve também o crescimento profissional do liderado e isso pode acarretar dificuldades na gestão (o que nos leva o próximo tópico). 
  5. Confiança na Equipe: Talvez essa seja o principal desafio do líder para delegar tarefas e funções, confiar em seus liderados. Pode até ser um exagero mas os 4 tópicos passados convergem nesse de certa forma pois o paternalismo e a proteção ao “negócio” se dá por não confiar na maturidade do próximo a receber a tarefa, a Centralização e o Controle também faz parte dessa confiança de que pode acontecer algo e não ser obrigação sua, na Responsabilidade Dividida fica clara a ausência de confiança em possíveis falhas e o tempo dedicado a explicar ou mesmo o treinamento do liderado para a execução dessa tarefa apresenta parte de desconfiança que ele absorverá como o gestor faz. Incorremos no risco ainda da “falsa delegação” que é delegar tarefas bem menores ao que realmente ajudará no crescimento da empresa ou ainda é delegada, mas não se dá autonomia de execução, continua precisando de uma aprovação ou parecer do gestor. 

Em contrapartida a esses 5 desafios, conforme dito apresentamos abaixo dicas para auxiliar na delegação de tarefas e funções.

5 Dicas para Facilitar a Delegação

  1. Conhecer a Equipe: Se comunicar constantemente com seus comandados, ser presente, reconhecer suas capacidades e suas dificuldades é uma questão estratégica para conhecer sua equipe. Criar empatia com o liderado e evitar julgamentos precipitados também ajuda a conhecer melhor os colaboradores. Dessa forma o gestor poderá detectar os conhecimentos, habilidade e atitudes de cada um e definir o melhor talento para cada tarefa ou função podendo fazer uso dos diferentes talentos disponíveis na equipe. 
  2. Treinar: É um grande desafio cobrar resultados, maior ainda de alguém que não foi treinado ou direcionado/alinhado para executar determinada atividade. Investir no treinamento e em tempo para alinhar como determinada tarefa deve ser executada é uma das formas de se sentir mais tranquilo ao delegar. 
  3. Acompanhar as atividades: Outra tarefa importante a quem delega atividades e funções é acompanhar e monitorar a execução da atividade, é preciso dar autonomia e espaço para a pessoa realizar, porém não pode ser “jogada” a atividade ou “delargado”. Indicadores de verificação são importantes para ajudar na avaliação da execução da atividade e principalmente na correção de curso, ajuste de rota caso detecte que algo não está ocorrendo como deveria. 
  4. Autonomia: Além de delegar a atividade ou a função é necessário também dar autonomia, ou seja, não só a atividade mas as tomadas de decisão precisam ser delegadas. Isso ajuda não só a dar agilidade na execução, como também mostra um maior envolvimento do colaborador e é possível avaliar seu comprometimento, líderes desenvolvendo líderes. 
  5. Feedback: Uma ferramenta essencial para os líderes é dar feedback, existem várias técnicas e não tem uma principal para delegar, mas dar feedback ajuda as outras 4 dicas acima, a acompanhar a tarefa, ajuda o liderado a saber o que corrigir, ajuda a aprimorar o treinamento, a ter confiança em dar mais autonomias e principalmente a conhecer melhor a o liderado. Esse retorno é extremamente importante ser documentado, para que ações futuras e acompanhamentos de outros líderes e gestores tenham um embasamento histórico. 

Delegar é um grande desafio, pois envolve confiança em si mesmo e principalmente nos outros. Como vimos aqui, o líder continua responsável pelo resultado, mas as atividades estão nas mãos de outras pessoas e preferencialmente algumas tomadas de decisão também.

Você se enxergou nas linhas acima? Se sente pronto para começar a delegar as tarefas com seus liderados e descentralizar as decisões ou precisa de ajuda ainda? Obrigado pela leitura e se quiser compartilhe.

Abs.

Daniel


DBB. Jan-2019

Original: https://www.linkedin.com/pulse/delegar-tarefas-e-fun%C3%A7%C3%B5es-uma-habilidade-para-daniel-bronzeri-barbosa/?published=t

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Consumer Electronic Show 2019 (uma visão distante)


São 3 horas da manhã e estava até agora acompanhando uma apresentação ao vivo direto de Las Vegas de um dos lançamentos da CES'19, sinto falta de estar lá, me motiva aprender "in-loco", conversar, tocar, testar quando possível, vivenciar aquilo, mas só tô ainda mais que não damos o devido valor para esse evento, implicitamente coloco o varejo nacional nesse contexto e mesmo a imprensa pífia e limitada, quando não direcionada, salve alguns blogs, vlogs e canais de YouTube muito bem intencionados e capacitados cito dois @loopinfinito (meu preferido) e @tecnoblog além de revistas especializadas, grandes  jornais e algumas emissoras,, que mandam, uma pessoa no máximo duas mas mostram o básico e bem direcionado, infelizmente, deixamos excelentes surpresas de lado, por falta de conhecimento, por ter outros propósitos ou mesmo por limitação técnica.
Diferente do que fiz em outros anos quando não estive presente, ou mesmo quando estive, onde escrevi textos e fiz apresentações sobre produtos, serviços, apostas e outras coisas interessantes (pra mim) mas pouco observadas e notadas por quem tem decisão efetiva, escreverei a seguir algumas tendências que tenho notado e serviria como um rastro de fumaça ou cheiro, para talvez termos um direcionamento, tentando não ser específico nos produtos, pois creio que para isso só pesquisa e vídeos de amigos não sejam suficientes.
Apresento então, meu olhar do que está sendo interessante na CES'19, não entenda como um Top 5, mas como um, “gostei dessas coisas”.

Health & Home Care
Mais do que produtos da casa inteligente, da casa conectada ou de todos os neologismos que ouvimos diariamente, chamo atenção inicial para produtos e serviços para a melhoria da vida cotidiana das pessoas, em especial dos idosos e das pessoas com deficiência.
O foco é claro e possível notar em todos os cantos, a necessidade de se simplificar interfaces, os robôs para ajuda diária, seja da limpeza, da manutenção ou mesmo simulando presença e companhia. Os novos vestiveis que passam informação do corpo para a rede, que detectam queda com algoritmos mais precisos utilizando giroscópios e acelerômetros (dê um Google pra saber mais). Isso unido a dispositivos de segurança com localização, monitoria, acompanhamento e principalmente comunicação (até mesmo bidirecional).
Quanto mais o tempo passa e as tecnogias nos fazem durar mais, temos uma expectatova de vida maior e com isso necessidade de atender a todos.

TVs, Displays e Players
Estou falando especificamente pra dispositivos e não do entretenimento provido pelos fabricantes, 8K está despontando e como aconteceu com o HD, o Full HD e o Ultra HD novamente os.pessimistas de plantão tentam subjugar a tecnologia, parece que não aprendem a confiar no tempo, no Japão já tem.dois canais de TV transmitindo em 8K, porque ser pessimista, por ser mais fácil se posicionar contra uma vez que tudo será apagado ou esquecido? Todos os grandes players incorporaram o AirPlay, assistentes pessoais, principalmente os (hoje) dois grandes Alexa e Google Home e independente da tecnologia QLed, OLed, microLed cada um apresenta uma coisa distinta com grande ênfase a TV modular da Samsung e a TV enrolação da LG. Mas o foco não é um produto, mas sim o que isso nos apresenta, a facilidade de transporte e possibilidade de crescimento (em polegadas) das TVs, a maior resistencia a pequenas "dobras" que hoje causam avarias no transporte e/ou armazenamento e também a instalação facilitada.
Não podia deixar de fora os dois principais games de tendência, Nintendo Switch (pouco mostrado) mas muito utilizado e com vários acessórios e claro o PS4 (e a espectativa do PS5), ambos não são apenas brinquedos, mas sistemas de entretenimento e cada vez mais crescem os adeptos.

Eletros Inteligentes e Adaptados
Os eletrodomésticos em geral ganharam conexões e processamento, seja os robôs de limpeza uma realidade hoje, conexões para inventário, manutenção, novos tipos de.uso de um mesmo produto, adequação ao manuseio entre outros temas todos como inteligentes.
Será possível acompanhar o consumo de perecíveis, displays terão a capacidade de proliferação com a redução do custo de produção onde veremos telas em todos os lugares, para acompanhar a receita no fogão ou na coifa, para ver as notícias do dia no espelho do banheiro ou na hora do banho mesmo, customizadas com seu feedback particular a partir de uma identificação ao pessoal ou mesmo o controle da saúde da pele, do cabelo ou dos dentes com escovas de cabelo, dente e espelhos que processam os nano sensores dispostos nas pontas desses produtos.
De novo não é apenas o supérfluo ou um produto para ansiosos e preguiçosos, mas adaptação da vida para se ter ainda mais tempo útil pra apenas viver!

Meios de Transporte
Aqui o foco principal é na energia renovável (com carros elétricos) e no transporte autônomo. Criaram um pavilhão apenas para eles a algum tempo e tem crescido com grande respeito. Os BigDrones ou HumanDrones que parecem helicópteros para levar gente aparecem por toda parte, o carro elétrico é uma realidade, o carro autônomo uma certeza e está operacional, mas acima de tudo, o uso de múltiplas tecnologias de base para melhorar ainda essas opções é o que se pode ver. Estamos muito perto do carro que voa, as pessoas não se dão conta, mas o tal futuro está batendo em nossa porta o tempo todo e berrando para abrirmos os olhos.
Como será fantástico a diminuição de acidentes, as múltiplas possibilidades de se trafegar melhor, de aproveitar melhor o tempo de trajetos. Não apenas em transportes coletivos, mas também em compartilhamento, em cooperação.

A força do entretenimento
Não é de hoje que a vida imita a arte, e que a arte nos dá um direcionamento.
Muito menos que não crescemos com os "inputs" e "insigths" vindo de uma tela, uma representação ou da música.
A Apple não aparece na feira, mas com sua parceria em múltiplos displays abrindo seu AirPlay e iTunes, cria uma grande sensação. A Sony e sua parceria com a indústria de entretenimento, não só de games (hoje maior do que a de filmes), mas a de música, filmes e séries. As referências estão por toda parte e as sensações em realidade virtual, realidade aumentada, gamificação, possibilidades de engajamento já nos fazem prever novos dispositivos. Um jogo como Grand Turismo nos faz esperar mapas e telas no painel do carro com milhares de possibilidades de informação. Jogos de esporte realistas que ajudam a não só entender os esportes, como admirar suas técnicas, táticas e os nomes dos jogadores. A imensa possibilidade de se aprender brincando, viajando sem sair de casa, participando de coletivos mesmo que a princípio a partir da sala de casa.

E a tecnologia de ponta, não poderia de faltar.

Não detalharei uma a uma, mas gostaria de ressaltar que em tudo que contextualizado acima tem aplicado às grandes tendências tecnológicas. Que serve de base para as criações e não é mais possível deixar modular, pois elas se misturam, Internet das Coisas, Realidade Virtual, Realidade Aumentada, 5G, Streaming, Big Data, Aprendizado de Máquina, Aprendizado Profundo, Inteligência Artificial, BlockChain, Sociabilização, Compartilhamento, Robótica... Isso para citar apenas algumas.

Me despeço pois preciso dormir um pouco, acompanhe um pouco dos produtos, serviços e tendências que encontro no Instagram @danibron. Se quiser conversar ou discutir  a respeito me mande mensagens pelas redes sociais ou por e-mail (danibron76@gmail.com) e muito obrigado pela atenção dispensada.

Até mais...

Muuuuito mais!

Tchau!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Promessas

Eu queria fazer promessas que conseguisse cumprir.
Queria falar coisas boas.
Talvez te fazer rir.

Mas não consigo pois 2019 já começou. Espero que o tempo ande e difira do que se pensou.

Só espero pensar promessas.
E tentar cumpri-las.
Fazer sem pressa.
Sem destruir, sem desistir, sem me corromper.