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domingo, 31 de março de 2024

Depreciando-me

Corto a rosa e cheiro o espinho.
Me machuco com seu tipo.
Faz de conta que se importa.
Na minha cara, fecha a porta!
Sou ácido, sou flácido,  inconstante 
Mais um livro, esquecido, na estante.
Independente de estar arrumado.
Fui a pessoa no espelho ao lado.
Dou a face e fácil faço. 
Me entrego sujo em lindo laço. 
Depreciando a minha saúde.
Te vejo ao longe na altitude.
Sem atitude, sem boa vontade.
Não engano o tempo e perco idade.
Se envelheço te dou meu pior.
Maldito ego que sei de cor.
Transformo amor em descuido.
Cultivo o ódio em arte studio.
E tudo indica um triste sim.
Com um sorriso aceito o fim

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Crise conjugal (A eterna falta de comunicação de qualidade)

Ela depressiva, ele angustiado.
Ele quer atitudes ela saber pra que lado.

Ela não esperava, ele ter transbordado.
Ele já não se calava e ela não tinha falado.

Ela se desespera, ele se sente afetado.
Ele se irrita com tudo, ela o sente afastado.

Ainda que falte uma plena comunicação.
Se perdem no passado, com futuro em suspensão.

Ele quer mais vida, ela padece.
Ela não haje, se cala, ele não se esquece.

Ele quer mais pimenta, ela só quer o que aquece.
Ela só se alimenta, ele quer salgado e doce.

Ele quer troca e conversa, ela só que sua prece.
Ela se encolhe e esconde, ele se estica e cresce.

E mesmo que digam que não.
Precisam de sã discussão.

Eles já se conhecem.
Se amam, mas se esquecem.

Eles se perdem na narrativa.
E precisam de uma vida ativa.

Eles teimosos como criança.
Demandam alguma mudança

Enfim, precisam de uma solução.
Talvez numa melhor comunicação.

sábado, 24 de dezembro de 2022

Ode(o) ao Natal

Vista seu melhor sorriso.
Se esforce no compromisso.
Ache tudo lindo.
Não pense no sumiço.
Porque agora é Natal!

Não significa nada.
Mais uma noite enfeitada.
Muita bebida, mesa farta.
A falsidade que não larga.
Então... já é Natal!

Acaba a fome!
É o frio que some.
A criança ansiosa nem dorme.
Seja rico ou seja pobre.
É Natal!

Prioridade não existe.
Você come porque o povo insiste.
Vai bebendo com copo em riste.
Podia ser belo, mas é triste.
Ou seja, é Natal!

O velhinho fica legal.
Crianças brincam no quintal.
Bandeira a meio pau.
Fingindo-se de normal...
Viva! É Natal!

Já estou passando mal!
Meu humor está pro mau!
Tudo repetido no jornal.
Sem falar a falta de moral.
Pra comemorar o Natal!

Oi,
Tudo bem!
Até logo, 
Tchau!
Natal o meu pau!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Depressão

Não é uma escuridão
Não é uma clarão de embaralhar
É sem cor, sem luz, sem chão.
Me sinto em suspensão...

Sem objetivo,
sem atrativos,
algo me falta...

Nada me completa,
nada me satisfaz.
Aqui jaz?

Nem sei se preciso achar.
Se quero continuar a procurar.
Ou só menos se tenho vontade.

É um desespero que suga minha mente.
Que dói, que arde.
Me sinto um covarde.

Preso na incerteza,
Fugindo da minha natureza,
Empacado, parado, inerte.

Fingindo ser inconteste.
Uma fortaleza cheia de buracos.
Uma flecha sem um arco!

Troco de função.
Em constante disfunção.
Durmo de dia e choro de noite!
Procuro por açoite.

Me maltrato e tendo a levar comigo.
Quem mais Amo,
 família e amigos...

Sorrateiro,
Matreiro,
Ardiloso
Sem pudor.

Puxo pro meu poço.
Sem fundo
Sem mundo
Sem cor

Buscando um constante dissabor.
Em estado de torpor...
E sem buscar um fim.
Pelo menos não pra mim.

Assim
Parado
Deitado
Inerte


sábado, 4 de julho de 2020

A eterna disputa da falta de conduta!

Por uma mentira chamada economia.
A mão livre do mercado se assanha.
Tem gente faturando mais na epidemia...
E o único corte é em suas entranhas.

A cada dia eles vendem mais.
E chamam isso de novo normal.
Você emudece, assente, senta e faz.
Nem percebe a quem faz mal.

Pra te iludir, dizem a todo momento.
Devemos ter sentimento de dono.
Sem pena, sem nenhum lamento.
Só você que perde seu sono.

Dividem o prejuízo contigo...
Mas e os dez anos de lucro?
"Psiu, voce não tem nada com isso.
Vai trabalhar burro chucro!"

No escritório ou em casa.
Não te dão mínima condição.
Tiram o café, cortam a água!
Se vire, crie sua solução!

Ligar pra saber da sua saúde?
"Pra que, se está dentro de casa!"
Só pensam na sua atitude!
Se por um minuto se atrasa.

Feedback só quando te pune!
Finge na mídia que é tudo parça.
Empresa amiga, que não te acude?
Quando precisa, ela te apunhala!

"Ahh mas tamém se qué tudo?"
VR, seguro, férias, salário...
Me ajuda que eu te ajudo!
Sou um patrão solidário!"

Toma aqui assina esse papel.
Só vou reduzir sua jornada.
O valor da hora ninguém mexeu!
Mas sua alma foi confiscada...

Se tem confiança, piorou agora.
Pois noite e dia, só vai indo.
Te chamam a qualquer hora.
No feriado, sábado ou domingo!

E você covarde como que fica.
Quieto, coberto, escrevendo sonetos.
Senão sua geladeira estará vazia.
E sua mão cheia de boletos!

Essa é a eterna batalha.
Ou a infinita disputa!
De quem não faz nada.
Com quem só dá desculpa!

Acorda, que o fundo não tem poço.
E a corda já está com o laço.
Faça a barba, limpe o pescoço.
Se despeça do seu cansaço.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Regime escravocrata moderno complacente

O nome é longo mas a explicação não é tão demorada, talvez os exemplos e a enrolação.

Vivo (e a imensa maioria da nação, vive) num regime de trabalho "escravocrata moderno complacente". E o que seria isso?

Nós vendemos nosso tempo para pessoas que tem capital se utilize do nosso suor para conquistar ainda mais capital. Mas nós queremos, somos benevolentes, gostamos de servir e por isso baixamos nossas cabeças e trabalhamos.

Não nós compram mais pagando uns aos outros, mas nós compram de nós mesmos. E para justificar essa imbecilidade que fazemos ao nos vender, inventamos desculpas e criamos história em nossas cabeças, muito convincentes de que esse é o mal necessário.

Alguns exemplos de histórias inventadas:
- Preciso pagar um ensino digno e bom para meus filhos.
- Preciso comprar uma casa para morar, um porto seguro.
- Preciso comprar um carro para me locomover, imagina se me acontece alguma coisa...
- Trabalho tanto que vou me premiar com uma viagem pra PQP, onde gastarei ainda dinheiro, para me divertir.
- Vou viajar em família para justificar minha ausência.
- Comprarei um doce, um prato, uma iguaria pra comer com minha família e ela ficar menos stressada.
- Vou levar a família para passear serão longas 4 horas de prazer frente a todas as 720 horas que não dediquei no mês.

E tantas outras desculpas esfarrapadas, mas que estão encrustada em nosso subconsciente de anos e anos ouvindo que trabalhar enobrece.

Hoje dedico próximo a 70 horas semanais ao trabalho (60 lá e 10 nesse aparelho demoníaco) ou seja 40% do meu tempo em uma semana é de quem me compra, tento descansar de 6 a 8 horas por dia, e digo descansar pois dormir seria uma sorte incrível, o que da cerca de 56 horas semanais ou 35% do tempo, entre banhos, idas ao banheiro, trânsito e afazeres sem substrato temos umas 15 horas? Ou seja mais uns 10%. O que nos sobra pra diversão, momentos em família, conversas e viver para nós é o resto, ou seja tenho no máximo 15% do meu tempo para mim. E quando não uso perco, pois já disse em um milhão de textos,,não se guarda o tempo.

Em resumo. Não vivo a vida, apenas consumo meu tempo em troca de abastecer de desculpas e presentes a minha mente... Finjo que está tudo bem quando de fato nada vai bem! Mas o que é mais importante, ser, estar, ter ou aparentar? Gostaria muito que fosse ser ou estar. Espero que eu possa acordar desse pesadelo inerte...

Fui pra ser quem um dia eu pude estar...
Fica a duvida retórica: Quem mata o tempo é um assassino ou um suicida?

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Enquanto...

Enquanto você pensa que pode tudo!
Outros sabem que de nada você pode.
Enquanto você acha que as coisas darão certo!
Outros já sabem que tudo dará errado.
Enquanto você acha que a saúde aparecerá.
Outros sabem que você está no escuro.
Enquanto você acha que sua conta vai ficar azul.
Outros sabem que ela snagrará pela eternidade.
Enquanto você acha, outros sabem...

Pessimismo é um dom que o otimista padece.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Do alto!

Do alto do mundo me vejo.
Saciando meus anseios.
Segurando em sua mão.
Lhe guiando pelas nuvens.

Do alto de meus quase quarenta.
Me vejo em câmera lenta.
Lembro como perdi tempo.
Desperdiçando momentos.

Com quem ignorou os anos.
Jogou fora as lembranças.
Me fez cometee escolhas erradas.
E hoje vejo que foi por nada.

Desisti doa meus sonhos mais íntimos.
Abri mão da minha vontade.
Pra ser manipulado pela de outrem.
De forma vil, de forma escusa, até mesmo perversa.

Hoje bebo!
Como um imbecil que quer esquecer.
Me enroepece o pensamento.
Me faz levitar e alcar vôos mais altos.

Do alto de onde me vejo.
Me enxergo la em baixo.
Ainda pequeno,  já não mais sozinho.
Mas ainda com medo.

De toda essa altura que novamente virá.
Com certeza virá!