domingo, 31 de março de 2024

Depreciando-me

Corto a rosa e cheiro o espinho.
Me machuco com seu tipo.
Faz de conta que se importa.
Na minha cara, fecha a porta!
Sou ácido, sou flácido,  inconstante 
Mais um livro, esquecido, na estante.
Independente de estar arrumado.
Fui a pessoa no espelho ao lado.
Dou a face e fácil faço. 
Me entrego sujo em lindo laço. 
Depreciando a minha saúde.
Te vejo ao longe na altitude.
Sem atitude, sem boa vontade.
Não engano o tempo e perco idade.
Se envelheço te dou meu pior.
Maldito ego que sei de cor.
Transformo amor em descuido.
Cultivo o ódio em arte studio.
E tudo indica um triste sim.
Com um sorriso aceito o fim