Pra banhar a pele.
Pulo como esquilo.
Na banheira inerte.
O quente que me toca.
Não molha o pensamento.
Me vê como uma força.
Controlo o meu tormento.
De tudo que me cora.
Me torno carmesim.
A alma não demora.
A pairar sobre mim.
E na tranquilidade.
Sem luz e sem um barulho.
Só penso insanidades.
Que não me dão orgulho.
Se hoje nessa idade.
Um banho me anima.
E o cheiro da vaidade.
Me deixa mais pra cima.
Me importa a saúde.
Também como me sinto.
Se peco na virtude.
Omito, mas não minto.
Levanto, saio e seco.
O corpo é diferente.
Eu peço e logo pego.
Pro espelho olho em frente.
Já não me reconheço.
Nem só o sono eu perco.
Se volto pro começo.
Não paro, mas eu tento.
E logo vou pra cama.
Do meu lado fritando
Não sei se ainda me Ama.
Mas continuo Amando.