E se possível também ver...
Da hora de acordar...
Ao momento de morrer.
Vou até ali...
Fazer o que não fiz!
Falar o que não vi!
Pegar o que não quis.
Já na volta passo...
E não consigo desviar.
Aconteço de me encontrar.
Onde não estava.
Paro um tanto.
Encontro um manto.
Num trem eu monto.
Pra chegar no mato, atrás do prédio.
E se no canto.
Não te encontro.
Me encanto.
E canto contra um conto.
Por um instante
Fico tonto.
Já não é o ponto.
Então vou num traço.
Numa reta chego fácil.
E no pique logo faço.
Fica certo de fato.
E perto no pátio.
Ainda passo no poço.
Pego a louça e ouço.
Um prato que bate no outro.
E trago o fino no corpo.
Já é hora de deitar.
E o dia não acaba.
Mesmo com cair da noite.
Escura e calada.
O silêncio é mudo.
Ou eu que estou surdo.
Num cego escuro.
Do nada eu durmo...