quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Um pouco mais sobre produtos de Casa Inteligente (um dos braços da IoT)



Fico muito contente em expor algumas idéias e projetos aqui, ainda mais quando a receptividade é positiva, até agora não tive opositores ou pessoas discordando, não sei se isso é bom ou mal, mas, positividade é a palavra de ordem no momento.

Algumas pessoas me perguntaram o que eu achava do cenário de produtos smart para casa inteligente e as respostas em geral são: está aquecido por causa das assistentes pessoais (Alexa, Google Home, Bixby, Siri...); está aquecido por conta das pessoas estarem em lockdown, vivendo mais dentro de casa, estudando, trabalhando, se divertindo e isso da idéias de melhorias seja para o lado do conforto, do entretenimento, da segurança ou simplesmente da diversão (brincar de Jetsons...); ou está aquecido pela proliferação de soluções e produtos e até mesmo serviços e é nesse segundo ponto que quero me ater hoje.

Primeiro deixa eu dizer com que “bagagem” eu escrevo sobre isso, estudo automação residencial, antes dos produtos serem de IoT, quando o termo ainda era domótica nas aulas dos professores mais "antenados" do meio pro final da década de 90. Meu projeto de formatura foi automação de um quarto hospitalar por reconhecimento de voz, “Enfermeiro Virtual”, algo que hoje deveria ser comum e ter em todos os quartos de hospital e hotel, mas em 1999/2000 não era assim, precisavamos de um computador com os kits multimídia, a ajuda de software de reconhecimento natural da fala (usei o da Nuance), contrutores de aplicação (usei o AppBuild da Voice Technology), e muita ajuda além de meus colegas formandos e professores, de meus amigos de trabalho, Paulo Panhoto, Andre Pantaleão, Roberto Elvira e Rodrigo Zenji, cada um com uma software, para comunicação serial, tunning do software de reconhecimento de voz, facilidade no construtor de aplicação, middleware entre outros, juntos a um microprocessador AVR da Atmel, relês, acionadores e outros dispositivos, conectados a uma placa de controle remoto universal, uma lâmpada, e uma cama hospitalar (com movimento fawler), através de acionamentos pela hotword “Enfermeiro Virtual” acionávamos esses dispositivos reais e uma animação na tela de um PC. (Quem quiser procurar o projeto e o TCC está documentado na biblioteca da FEI). Ali, naquela época, não tinham fornecedores de produtos de automação residencial, as coisas ainda eram muito caseiras, nada integrado, com api ou algo do gênero, precisamos criar do zero mesmo.

No mesmo tempo conheci o José Roberto Muratori e a Aureside em formação em um evento de inovção no Anhembi em 2001, que pleiteava já ser a associação que se tornou e agregava o conhecimento de fornecedores, principalmente, voltados para Home Theater. Fiz meu primeiro curso de automação CLP (ainda não era residencial) no SENAI, mas ainda não era algo para as casas, em agosto de 2003, participei do fórum de inovação tecnológica e do congresso habitar, na feira desse evento estava exposta a Casa Inteligente Inclusiva, como não se apaixonar ainda mais pelo trinômio, Inovação-Tecnologia-Inclusão conheci ali um controle remoto e um dimmer da Sylvania (para mim um dos primeiros a chegar por aqui). Já em 2006, recebi o convite para participar de um treinamento de integrador Zwave (hoje Flex Automation), comprando o kit inicial, controle remoto, dimer e tomada, conheci o potencial da solução de Zwave propriamente dita (o nome da empresa se misturava a tecnologia), nessa altura já existiam outros fornecedores no mercado, a maioria com soluções que pediam muito retrofit, sendo esse um dos principais beneficios daquela solução, pouca obra, facilidade na instalação e potencial de expansão.

Novamente o tempo passou e em 2009 fiz um treinamento e certificação Control4, solução até hoje fornecida pela Disac e finalmente em 2011 comecei a trabalhar como plano A com automação residencial a convite do Eriko Pagliuca me juntei a Fast Life (braço de automação residencial da Fast Shop) onde pude estudar com mais afinco os produtos, onde vejo nascer e desaparecer diversos fornecedores e principalmente tenho uma idéia de onde eu poderia pisar.

Esse mini curriculo para responder uma questão? Como está o cenário de produtos smart para casa inteligente? E a resposta é que está DIVERSO, um zoológico com diversos animais de diversos portes ou uma feira e toda a diversidade de produtos das feiras de rua brasileiras. Tem produto para todos os gostos e AINDA, ao meu ver, escassez de serviços e mão de obra.

O mito de que casa conectada ou inteligente é coisa pra rico, milionário ou endinheirado é tão fantasioso quanto vacina com chip que controla sua mente ou te transforma em jacaré. Existe soluções a partir de R$45,00, isso mesmo, você encontra lâmpadas inteligentes wi-fi que são programáveis para ficar da cor que você quiser em determinadas horas do dia. A central é o aparelho que você carrega no bolso, na bolsa, seu fiel escudeiro e parceiro inseparável, o celular (também inteligente, smart). Pode faltar, cueca, calcinha, meia, pasta de dente, o café da manhã, mas celular com bateria você dá um jeito de arrumar. E nem vou divagar que o controle remoto já é uma automação, a cancela eletrônica do shopping ou condomínio, o portão automático do seu prédio, as portas autônomas, alarme, porteiros eletrônicos e afins são, também, automação. Estou falando da iluminação, do entretenimento, da segurança, do conforto e dos produtos que as pessoas estão acostumadas a associar a automação residencial.

Como dito acima existem soluções para vários bolsos, de várias formas que pode-se comprar em grandes lojas ou na Santa Ifigênia ou no site chinês, pode-se contratar integradores e profissionais para projetar ou simplesmente fazer por conta própria e nada está errado ou certo, são opções, escolhas. Estamos vivendo essa fartura e precisamos aproveitar. De forma similar (e abusando da transposição didática) temos a pessoa que curte um "dogão de rua", o fast food, o restaurante da moda, o mais requintado com pratos internacionais ou um chef de cozinha na sua casa para preparar um almoço especial, mas também pode ser você mesmo cozinhando com extremo sucesso. Como na automação tem para todos os gostos e escolhas e não tem mais ou menos errado.

Eu, Daniel, particularmente acho interessante os produtos simples, baseados em tecnologia wi-fi, mas conheço suas limitações de atuação, não reclamarei com o fornecedor quando minha internet estiver instável e eu não conseguir operar, ou se minha rede estiver lotada de coisas penduradas e o simples fato de meu filho jogar on-line atrasar um ligar de luzes, mas creio que esses produtos tem seu valor, para difundir o gostinho da automação, para ser a entrada na casa das pessoas junto ou não as assistentes pessoais (diversas pessoas reclamam que a Alexa é apenas uma caixinha que as vezes responde, mas isso pra mim é dificuldade de uso, pratica, costume...).

Existem soluções mais robustas e confiáveis ou soluções bem completas e totalmente integradas. Aqui não vou ficar no muro e puxarei para minhas preferências e conhecimentos, na futura empresa de consultoria que eu estiver, indicaria trabalhar principalmente (mas não limitado) com: Iluminação Inteligente Philips Hue como prato de entrada e Produtos e Painéis da Flex Automation (FXA-0400 é um dos meus preferidos) como prato principal, para soluções muito maiores, para as festas grandes mesmo, ficaria na dúvida entre Flex e Control4, se houver muita interação de mídia eu iria de Control4 para padronizar o controle da casa. Mas o ideal mesmo seria integrar as duas soluções, para uma casa grande mesmo, acima de 250m² com muito controle de áudio, vídeo e som distribuído, se bem que soluções como SONOS (que ainda não estão tão ao nosso alcance) cairiam muito bem nesses casos também.

E porque escolho Philips, Flex Automation e Control4? Estou sendo pago para falar bem delas? Não, longe disso, não é publicidade é gosto, tempo de estudo, confiança mesmo, falarei só um pouquinho dessas 3 hoje:

Philips Hue, pra mim tem as melhores lâmpadas, eles se importam com durabilidade e lançam os produtos depois de muito teste, estão a muito tempo e dando muito certo, as lâmpadas são idênticas, você dimeriza uma lâmpada Philips a 65%, e a segunda a 65% ela FICA IGUAL, tente fazer isso em soluções mais em conta. Além disso a durabilidade é impressionante, bem como a fluidez entre os modelos, num mesmo hub vc tem modelos comprados em 2016 e momdelos comprados agora em 2021, de forma transparente, além da durabilidade, lâmpadas de uso diário desde 2016, é isso mesmo muito além da vida útil divulgada.

Flex Automation, é uma das empresa com mais tempo em funcionamento no Brasil, aparecem fornecedores, eles são vendidos, ou saem do mercado, criam-se produtos em projetos de formatura, idéias gigantescas e as vezes megalomaníacas de empresas, o fardo de ganhar 1% do 1% mais rico já estaria bom pra eles mas que desaparecem as vezes num piscar de olhos. A Flex é desenvolvedora, cria e fabrica os produtos, ouve os integradores, parceiros, são respeitados na aliança zwave ainda mais fora do país, dão manutenção, te falam quando o erro foi na instalação, mau uso ou realmente um problema do produto e consertam, trocam quando necessário, a assistência técnica é local (em SP) mas é uma AT, de fato, não trocam apenas os produtos, existem técnicos eletrônicos de verdade, valorizam o conhecimento e o compartilhamento do mesmo, por isso tem minha preferência e confiança. Não são aventureiros importando soluções, passando de mão em mão e as vezes, infelizmente, deixando na mão seus integradores.

Control4, é uma solução reconhecida mundialmente, gigantes nos Estados Unidos, com uma linha muito segura, que entrega o que se propõe, de custo mais elevado, sim, mas justifica possibilitando uma ampla manutenção remota, padronização de controles nos diversos dispositivos com poucas adaptações técnicas, com uma boa distribuição local, no mesmo nível de Savant e Creston, mas que escolho por ter convivido mais com ela nos últimos 10 anos. Além do respeito que tenho pela fornecedora (Disac) com gente que conhece demais seus produtos.

Para minha casa tenho um pouco do que disse aqui, sendo uma verdadeira miscelânea, mas meu foco principal, são lâmpadas Philips Hue, estou reformando parte da casa e incorporarei soluções da Flex Automation, E ainda terei coisas como: dimmers isolados da TP-Link; tomadas inteligentes Wi-fi e lâmpadas em abajur by Tuya (Geonav pelos meus testes deu menos problema que Positivo, Multilaser, Kabum...); carrinhos para cortinas elétricas; sensores básicos de presença na garagem; gosto do Google na sala e da Alexa no quarto; fechadura inteligente August na porta, sensor de abertura de porta no meu armário de guloseimas e na espera de câmeras inteligentes wired-free com bateria para 1 mês pelo menos e por ai vai...

Isso responde e dá um pouco da dimensão que vejo para produtos da casa inteligente no mercado atual.

Futuramente penso em fazer alguns textos sobre os fornecedores que conheci, estudei, apareceram e saíram do mercado nacional, tentando classificar por faixas de tamanho ou preço, ainda vou pensar. Também gostaria de falar como utilizar e apresentar esses produtos, criar soluções percebíveis, entendíveis e adaptadas para as pessoas, principalmente as mais céticas e que acreditam que isso é só firula. Em uma terceira vertente também quero discorrer sobre as oportunidades para mão de obra, a escassez que há mercado como um todo, de projetistas, eletricistas integradores, unindo algumas percepções minhas sobre formações e afins.

Como sempre fico aberto a sugestões e bate papos sobre o tema, fica aberto o convite!

Daniel Bronzeri Barbosa (danibron76@gmail.com)

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

UMA NOVA POSSIBILIDADE DE SERVIÇO, AlfreeeeeeeDoooo!!!

A cerca de 3 anos participei ativamente da minha última Campus Party, digo que participei ativamente pois participei de um fórum sobre inovação em um dos palcos, participei da bancada de um prêmio de negócios inovadores e fiz mentoria nesse mesmo prêmio com os squads que tentavam provar seus negócios.

Um dos negócios que mais me chamaram atenção na época e talvez por isso dei mais foco foi de um grupo de Piracicaba que idealizou um sistema para repositório de documentos, manuais, comprovantes de pagamento, notas fiscais e outros docs na nuvem. Achei interessante pois na hora pensei em adaptações que poderiam ter para virar um produto, você não pode como mentor dizer faça isso, mas sugerir alguns estudos e insigths. Eles ficaram em segundo lugar no prêmio, mas não levaram a frente o projeto. Morreu ali!

Aquilo ficou na minha cabeça, escrevi sobre esse projeto algumas vezes, falei e apresentei outras tantas, mas acho que por deficiência minha, nunca consegui incutir nas pessoas a empolgação e principalmente o potencial que via na solução, então agora resolvi escrever e dividir com alguns dessa rede gigante para “pescar” alguém que tenha interesse, "semear" a idéia, se não em desenvolver, pelo menos conversar, discutir e no pior caso apenas exercitar minha imaginação e rir um pouco.

Tenho convicção de que o principal ativo no mundo tem sido a informação, mais do que fatos, dados, contextos e estatísticas, informação referenciada unida a um propósito de forma concisa, diversa e bem classificada (estruturada ou readequada) é um dos bens mais valiosos!

Além da convicção acima, um grande desafio que tenho percebido em diversos setores da sociedade e tomei para mim é o de convergir “mundo virtual” com o “mundo presencial” (operacional), ainda mais com o tsunami que foi 2020, onde empresas se reinventaram, se aperfeiçoaram, quando não se jogaram no on-line como tábua de salvação, algumas até nasceram ali para atender algo que não era esperado, mas dependia dessa convergência.

Sendo assim, num processo de combinatividade, unindo minha experiência, parte do projeto pensado na Campus Party e uma pitada de tecnologia e processos a mais, imaginei criar um app que pudesse ser a persona de um "Virtual Concierge" (a coincidência com “Enfermeiro Virtual”, meu projeto de formatura de 2001 é mero acaso), que seja integrado processualmente ao “mundo presencial” de forma a atender os anseios de uma sociedade dependente de atenção, na forma de serviços operacionais prestados por "Concierges Reais” (instaladores, vendedores, atendentes, técnicos, entregadores, faz-tudo...), pessoas que cuidam de outras pessoas.

(Quando penso em concierge me vem a lembrança além de alguns "faz-tudo" que conheço exemplificada pela figura do Alfredo, o mordomo que levava papel higiênico na bandeja pra madame).

Para mim, empresas são pessoas (uma ou mais), clientes são pessoas, famílias, confrarias, clubes, igrejas, partidos políticos, tudo são pessoas ou conjuntos de pessoas. Para existir um CNPJ é preciso um CPF a frente, no mínimo um e para ser diferenciado positivamente, que essas pessoas entendam que atender bem uma pessoa é uma Arte que deve ser Estudada, Treinada, Promovida e Evoluída sempre! Pensando nisso vem a proposta desse aplicativo.

O app em questão serviria como uma grande carteira de registro dos produtos que o cliente tem, em sua casa, empresa, em sua posse ou mesmo em sua responsabilidade (aquela TV da sua vó que você que instala, configura e cuida), possibilitando a guarda de notas fiscais, manuais (ou seus caminhos num repositório na nuvem, possibilidade de guardar fotos e PDFs dos mesmos), datas das compras, se uma empresa faz esse app pode ser compras da sua loja, mas eu não limitaria a isso não, no site ou em outro local, para ser uma grande pasta/gaveta de informação mesmo, modelo do produto, garantia (do produto ou uma garantia estendida) e outras informações.

Assim as pessoas teriam o benefício de um lugar ÚNICO para guardar, armazenar e futuramente procurar ou consultar essas informações, lugar esse, acessível e com segurança, localmente armazenado no app, mas com acesso pelo site/nuvem, seguindo sempre as leis de acesso a dados, LGPD e afins!

Imagine só, quem liderar essa frente, já terá disponível informações de consumo, de uso, de gosto, preferência por marcas, por um tipo de produto que a pessoa tem. Teria a grande possibilidade de um banco de dados completo e complexo, mas simplificado para o usuário, tendo a possibilidade de manter o registro do consumo de forma fluída, natural, fornecida pelo próprio cliente/usuário/pessoa e não requerida ou imposta como obrigatória!

Isso abriria portas para serviços diversos como: manutenções preventivas, higienizações e limpeza dos produtos, instalações, desinstalação, transporte, manutenção (conserto), leva-e-traz e até mesmo doação, fazendo girar ainda mais a economia, propiciando um estado de bem estar além da imagem da empresa que se preocupa com o cliente querendo o bem dele e não apenas empurrar serviços e produtos, ou seja faria o papel de um verdadeiro concierge, migrando do virtual para o real e vice-versa.

Não obstante abre as portas para parcerias, promoções específicas, categorizadas, super-direcionadas (como já é feito em alguns casos de e-commerce, baseado no gosto do cliente), mas aqui com um histórico de consumo amplo, não apenas de uma empresa específica, poderia considerar até mesmo presentes, produtos importados, gerar classificações, notas, observações...

Seria igualmente viável analisar padrões de consumo, individuais ou de grupo, pensando não apenas em bens duráveis, deveria incluir aqui bens consumíveis e criar programas ou serviços de assinatura, indo do sabão de roupas preferido ao molho de tomate ou até a pipoca no momento do filme.

Pensando mais a frente ainda imagino criar vídeos comerciais com uso de IA onde se colocaria a imagem, rosto ou corpo mesmo do próprio cliente usando um produto da marca que ele goste, isso poderia ser fantástico (se bem que ouço o comentário futuro do meu pai dizendo o quanto isso seria bizarro ou roteiro para um capitulo de Black Mirror). Usar a deep fake "para o bem" da mesma forma que já é possível ver uma parede pintada de um determinado ambiente, antes mesmo de acontecer ou um determinado produto, móvel dentro de seu ambiente por meio de Realidade Aumentada seria possível se ver utilizando o produto (eu particularmente gosto da idéia).

Para operacionalizar o real, presencial, a prestação de serviço seria papel de um concierge, e para isso equipes buscariam parcerias com prestadores (de ATs a faxineiros), dando a primeira linha de combate, uma roupagem e padronização, desenvolvendo assim a segurança de uma equipe em sincronia, montar um squad com pessoas que captam e cuidam dessa rede terceira, outras que consigam gerir o dia-a-dia, facilitadores, analistas para desenhar rotas de atendimento, baseado em estudos de contatos prévios, confirmações e aferições de agendas múltiplas e dinâmicas (para várias finalidades e possibilidades, com opções diárias, por período, por janela de hora, por hora marcada ou agrupada), ainda teria a possibilidade de gerar constante feedback ao cliente sobre seu atendimento, um tracking de mensageria que acalme a ansiedade quase unânime dos clientes, principalmente dando acesso via whatsapp ou páginas on-line integradas com o que está acontecendo, grupos de acompanhamento das atividades de campo, pessoas que avaliam a qualidade do serviço, seja por meio de treinamentos, formações ou reciclagens periódicas, seja em auditorias presenciais, virtuais ou por meio de entrevistas posteriores aos beneficiados do serviço.

Nasceria a necessidade de se criar uma área de suporte técnico on-line via chat, ligação ou video, que além de atender o cliente poderia realimentar um repositório (estilo FAQ) também gerar vídeos explicativos sob a curadoria de um bot com inteligência artificial e aprendizado de máquina, interagindo diretamente com os clientes, dando as devidas atenções técnicas necessárias para confirmar a boa aquisição ou contratação.

Este é um resumo, no formato de “discurso de elevador” que resolvi jogar na nuvem para que possa crescer, como um bom fermento levain espero aguçar a curiosidade, discutir ainda mais sobre esse projeto e que tirem do papel ou do mundo das idéias, e que enxerguem o potencial que eu penso existir, para que esse fermento possa um dia virar um delicioso pão crocante e robusto por fora com sua segurança e tecnologia e mácio e suculento por dentro com a sutileza do atendimento humanizado e empático, um serviço interessante e vantajoso para todos, no melhor estilo ganha-ganha.

Para estudantes e aventureiros tecnológicos esse projeto tem o potencial de desenvolver muito conhecimento, unindo diversas tecnologias, como Big Data, Geolocalização, Predição de ação, Automação, Forecast, Estatística, Inteligência Artificial, Realidade Aumentada, Realidade Virual, Aprednizado de Máquina, Processamento em Nuvem, entre outros...

Acredito mesmo na viabilidade desse projeto, mas não tenho tempo e braço para fazer hoje, posso sim nas minhas horas vagas me divertir um pouco, aconselhar, dar consultoria ou apenas pitacos, afinal de contas das 20hs as 6hs eu nem preciso dormir.

Tenho a certeza que serviços realmente é o futuro, que a atenção com as pessoas pode até ser automatizada/robotizada/digitalizada como outros tantos trabalhos, mas empatia, resolução de problemas complexos, tomadas de decisões demorará um pouco mais a acontecer, nessa mesma linha tenho pra mim que serviço com excelência não é apenas excelência na conquista de cliente, na conclusão do negócio, na entrega e no ouvir e resolver reclamações, dúvidas e insatisfações do cliente, mas sobretudo, o futuro do serviço estará em predizer o que o cliente quer, o que ele precisa, ajudar até na tomada de decisão, se antecipando as suas necessidades, ouvi-las sempre, inclusive previamente, acompanhar suas jornadas cotidianas. 

Em resumo, ser simpático, empático, pró-ativo e preditivo! Os sinais e as informações estão ai!

Deixo o convite para discutirmos mais sobre isso! Me mande uma mensagem se você topar!

Daniel Bronzeri Barbosa (danibron76@gmail.com)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Um sonho: Ser Imagineering...

Um dos meus sonhos, ainda é ser um Imagineering (e olha que felizmente tem que fale que sou), não digo que penso nisso a muito tempo, descobri esse termo em 2006, me deparei com ele novamente em 2011 ao ler o livro “Nos Bastidores da Disney” e voltei a sonhar recentemente por conta da série da “Disney Plus” Imagineering. Em linhas gerais Imagineering é uma junção de imaginadores e engenheiros, ou seja artistas que fazem as coisas e digo artistas pois não existe uma formação certa, você pode ser um biólogo, geógrafo, estilista, jornalista, sociólogo e ser um Imagineering, não há limitações e esse é um dos princípios básicos.

Sou formado em Engenharia Elétrica, pós graduado em pedagogia do ensino superior e tecnologia assistiva, tenho verdadeira paixão por tecnologias e inovações em geral e trabalho a mais de 20 anos com projetos, sendo os últimos 7 com serviços operacionais no varejo, atualmente tenho o cargo de gerente de projeto em uma das empresas que mais se dedica ao cliente no Brasil e quem sabe até no mundo (empresa esta que é ótima e respeitada, além de ter me dado grandes oportunidades), acredito muito em Open Innovation e acho que nesses momentos precisamos sempre pensar a frente e difundir e compartilhar idéias além de nossas fronteiras profissionais para encontrar quem aposte em soluções diferenciadas.

Estive em eventos nacionais e internacionais como Cedia, Infocomm, CES (a última em Janeiro de 2020), EletrolarShow, PredialTech e InfoSec, participando ativamente em reuniões, apresentações e principalmente lançamentos (no momento on-line por conta da situação sanitária), além de palestras de empresas que admiro como Google, Amazon, Tesla, Telefónica/Vivo, Verizon, AT&T, BestBuy, Walmart, Apple... Isso tudo com o primordial intuito de me manter atualizado. Também invisto em treinamentos pessoais como Pratictioner PNL (SBPNL), Coaching (SBCoaching), AWS Re-Invent, Gravidade Zero (HSM), I2AI entre outros (e agradeço a meus pais por me ensinarem a buscar conhecimento sempre). Tenho, rotineiramente, recebido feedbacks positivos de meu gerente, diretor, pares e até mesmo subordinados, o que me faz crer que o trabalho tem sido positivo, inclusive pelos resultados obtidos em termos de Qualidade e RO propriamente dito!

Assim como faço comigo, procuro incentivar as pessoas ao meu redor na busca por estudo e compartilhar esse conhecimento, seja em minha equipe, no pequeno squad técnico com pessoal próprio e terceiros, ou então no grupo mais sênior que temos, responsável pela gestão operacional de serviços, até mesmo em reuniões familiares e de amigos procuro praticar (gosto de falar, ouvir e ser ouvido). Mas não paro por aí, tento me envolver e sou "entrão" onde sou bem vindo e costumo dar meus pitacos quando posso.

No meio de 2020 encontrei o curso da Khan Academy Imagineering in a Box, (recomendo a quem sonha em desenhar parques, atrações ou apenas se divertir um pouco) e no final do curso depois de definir minha "Land" minhas "atrações", minuciosamente detalhada, lembrei do que escrevi no começo do ano sobre tendências de 2020.

Com muita ênfase em três tópicos que abordei a tendência de espaços de convívio, espaços "InstagrAmaveis" e também o forte crescimento da tecnologia IoT, seus produtos e serviços, ainda mais com a alavancagem para as assistentes pessoais que virariam febre. Por isso pretendo abordar resumidamente esses 3 temas a seguir, pois acredito que com o que passamos em 2020 tudo foi corroborado para ter sido assertivo e certeiro (modéstia a parte).

Espaços de convívio

Os espaços de convívio se tornam cada vez mais importantes, não só pelo que eu sugeri de cursos, celebrações, reuniões informais, mas pelo acesso diverso e com maior segurança que isso pode ter nos dias atuais, não achava que seria tão impactante a questão sanitária (Covid-19), porém, nesse momento que não recebemos pessoas em casa para resguardar nossos ambientes, quando tudo virou on-line encontros, festas, shows... e simples gestos de carinho são acenos de longe, piscadinhas (pois o beijinho está encoberto) ou assentir com a cabeça, lugares assim se tornam uma opção para encontros menos tradicionais, mais introspectivos e seguros. Seja em salas de cozinha no estilo master chef para uma quantidade restrita de pessoas e extremamente equipadas, seja em pequenas salas para jogos, arenas gamers, ou então em pequenos home theater para maratonistas de série ou amigos querendo assistir um filme em grupo e até mesmo lounges limitados a pequenos grupos algo que já existia timidamente em cidades como LA, Seattle, Seul e Toquio e começa a proliferar nas grandes capitais mundiais (NY, Londres, Barcelona, Paris...) com o advento do "lockdown" ou ao menos com pessoas conscientes isso crescera.

Lógico que demandará protocolos de segurança sanitária, assim como o uso dos já conhecidos espaços de co-working, que retomam com força e grande atratividade, para pequenas reuniões presenciais em muitas empresas que migraram para o Home Office, podendo ser um espaço compartilhado restrito da empresa ou espaços abertos a qualquer grupo, para criar sinergia e manter a união das pessoas que ainda precisarão do contato!

Espaços InstagrAmaveis

Comentei de espaços InstagrAmaveis (hoje seria TikTokerLover e as demais redes sociais que virão) onde influenciadores, seguidos e seguidores, queiram dispender momentos clicáveis, fazer seus vídeos, suas fotos e testar toda a tecnologia de seus dispositivos móveis, drones e afins. Espaços esses que podem ser elaborados especificamente para isso como parques de diversão fechados (já existem diversos exemplos como Happy Place que durante a Corona Crise se transformou num Drive Thru em parceria com uma grande montadora automotiva), mas não se limitando a esse formato.

Ou seja, não se limitar ao formato quer dizer que qualquer atendimento ao público podem ser ou ter um espaço instagrAmável espaços em restaurantes, em hotéis, shoppings, lojas e até mesmo o poder público, para incentivar o turismo pode criar espaços assim com baixo custo, além dos seus parques, que por si só com belas paisagens já são inspiradores, mas em ruas importantes, com a manutenção de placas, locais históricos e porque não jogos virtuais como caça ao tesouro do conhecimento podem ser espaços de maior apelo.

Mais uma vez isso dependerá da crise sanitária, não estou aqui promovendo passeios ou grandes aglutinações de pessoas nesse momento, mas é uma boa forma de se prever o que fazer no futuro e como ganhar mais atenção na retomada (ou nas retomadas).

IoT – Produtos e Serviços, muito além do conceito

Por fim afirmo com mais veemência que IoT veio pra ficar e foco aqui em UM dos nichos de IoT o residencial, os assistentes pessoais realmente proliferaram-se, foi um dos presentes preferidos no natal e por que não dizer da quarentena expandida, além dos dispositivos inteligentes que tendem a navegar com igual velocidade, seja pela nova lei de incentivo ao IoT ou pela aposta e proliferação de fornecedores ou "fabricantes" (by Tuya).

Isso está abrindo espaço para o gosto pela automação não apenas como artigo de luxo e grandes projetos, mas como facilitador do dia a dia, com DIY ou pouca experiência. Na questão da adoção dou como exemplo, retornando um pouco no tempo, agendas digitais, que eram realidade na década de 90 e foram pouco ou quase nada adotadas, mas hoje temos uma reversão de costumes, quase ninguém tem uma agenda de papel para compromissos e caderno de endereços ou números de telefone (um telefone memorável ou um e-mail curto era de grande valia, hoje nem tanto) isso para justificar que se houver propósito e mostrar valor as pessoas adotam.

Da mesma forma que cresce a venda do produto, crescera a necessidade de aprender a usar, a integrar dentro de casa, a se adaptar, ou seja aumenta a necessidade de serviços (como dito acima o DIY é ótimo para expandir, mas as pessoas precisam de ajuda). De nada adiantará lâmpadas inteligentes em interruptores padrões!

O Estudo do Statista mostra que devemos crescer nesse nicho de automação residencial cerca de 25% ao ano, nos próximos 5 anos... Isso não é pouca coisa! Tem espaço para muita gente, mas cuidado pois também tem espaço para alguns pilantras...

Esses 3 exemplos ditos no início de 2020 e revalidados hoje com força e números me dá mais ânimo para falar da sugestão e sonhos de 2021. Se não posso ser um imagineering na Disney, posso ser na casa dos amigos, familiares, em coméricios, salas comerciais e empresas desse meu país maravilhoso.

E ai quer conversar a respeito? Me chama!

Daniel Bronzeri Barbosa (danibron76@gmail.com)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Pelo sim, pelo não!

Violência em profusão.
Palavras só de agressão.
Pessoas na contramão.
Humanos em contaminação.

Muito verbo e pouca ação.
Muito texto sem conexão.
Contas sem razão.
Amor sem coração.

Para onde vamos então?
Será que nascemos em vão?
Respostas sem solução?

Pelo sim, pelo não!
Deixemos a ilusão.
Pra salvar nossa nação!

DBB