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quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Desgostos de Agosto

Meu inferno interno.
No frio quente.
Que abraça a gente.
E nos faz tremer...

Meu pensar solúvel.
Volúvel. Etéreo.
Tal qual um mistério.
Custo a esquecer.

Minha voz embargada.
Atônita, afogada.
Encharcada de veneno.
Pra não mais dizer.

Minha ação parada.
Estática, erratica...
A rrom bá tica (assim separada memo)
Que me deixa morrer.

Meu Deus do céu!
Porque tanta mágoa.
Com demônias e anjas.
Sem me proteger.

Meu Amor me guia.
Sem fadas, sem fodas, cem dias!
De peito aberto e camas vazias.
Do entardecer ao amanhecer.

Minha única esperança.
Me vendo criança.
Saudosa, lustrosa e listrada.
Com o pé na estrada.
Por a me perder!


quarta-feira, 27 de maio de 2015

Sonhos de inverno...

Estou sentado a horas.
Uma vista linda do vale, o céu azul, sol e frio. O vento é gelado, mas não corta nem arde. Estou agasalhado, em minha cadeira de balanço, sob o piso de madeira, na varanda da cada.
Também não falo a horas. Não leio nada, não tem música, nem canto dos animais.
O único barulho é da folhagem diante de um ventinho discreto.
Fico ali, não tem ninguém, não como, nem bebo. Apenas olho e torço pra isso não acabar.
Penso a tabuada do 7, faço uma ou duas contas, faço listas em pensamento e vez por outra me perco em uma delas.
Lembro de momentos, esqueço alguns fatos. Não durmo, nem descanso, mas nada faço.
Fico ali, tentando entender como poderia me deixar ali sozinho e ajudar a compreender o sentido.
Porque viemos, de onde e quando.
Me libertem já não consigo fugir sozinho.