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quinta-feira, 6 de julho de 2017

Bagunceiro ou Libertário?

Eu não acho que sou bagunceiro, apenas dou liberdade para minhas coisas escolherem onde querem ficar!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Anarquista as vezes... utópico sempre!

Infelizmente não se dá pra viver nesse mundo de forma livre, por mais que tentemos, não dá.
A sociedade é vulnerável. Qualquer idiota eloquente toma o poder e ultimamente qualquer idiota eloquente põe quem quiser no poder.
A sociedade clama a pena de morte, o apedrejamento, a distinção social, mas não se coloca no lugar do morto NUNCA!
A sociedade é preconceituosa, com tudo e com todos, com a loira que deve ser burra, com o preto que deve ser ladrão, com o rico que deve ser herdeiro, com o pobre preguiçoso, com o trabalhador que deve ser puxa-saco, com o porteiro que deve ser acomodado, com a doméstica que deve ser limitada, com o instalador que não quer nada com nada, com a diretora que deu pra alguém pra chegar lá, com o jogador de futebol que é um folgado, com o poeta que é um vagabundo, com o político que é corrupto... todo mundo é alguma coisa e sempre coisa ruim.
A sociedade não liga para o certo e acha bacana fazer o errado. Existe certo e errado? Ela acha bacana levar vantagem sobre outro igual, acha bacana receber troco a mais, acha interessante ver filme pirata, acha bonito furar fila ou ter uma carteirinha de meia entrada...
A sociedade não quer votar, a enorme, esmagadora maioria vota por obrigação, vota porque tem que votar, vota porque pode ser que precise do canhoto de votação quando apresentar documentos, mas na primeira oportunidade não vota.
A sociedade é morna, não participa de reuniões, encontro e discussões para melhorar ela própria, não se interessa, opina apenas no lógico, observa apenas o que está apontado nos meios massivos de comunicação. A sociedade sabe o que passa na Globo, não só porque ela tem uma força, mas porque acostumou-se a não mudar, não sabe dos jogos panamericanos que bate a nossa porta, não sabe dos pré-olímpicos, não sabem os porques de sansões depois de muito tempo a um shopping, não sabe o porque de liberações escusas a construções inapropriadas.
A sociedade acha absurdo o que apontam como absurdo, mas uma criança no farol é opção da criança ou filha-da-putagem de uma mãe desleal, um mendigo, pedinte ou morador de rua é opção do mendigo não é um absurdo, o drogado podia não se drogar, o bêbado podia não ter dado o primeiro gole.
A sociedade é cega. É surda. É muda. É leniente.
A sociedade é injusta, e reclama dessa injustiça que ela mesma provoca nela mesma.
Do jeito que está, nunca aceitarão um "espírito livre", independente da data de nascimento, se criança, adolescente, adulto ou idoso. Nunca aceitarão uma felicidade exacerbada, criticaram o sorriso de bom dia, o abraço de até logo.
A sociedade desiste de melhorar, desiste dela mesma, desiste dos seus, na ansiedade de que um novo dia comece.
A sociedade se esconde nas diversas religiões, que suportam o fardo da mudança milagrosa. Que dão a vida depois da morte, que prometem o céu ou o inferno, que lhes dão as não sei quantas virgens (e gente, eles dizem virgens, não mulheres virgens einh, homem bomba, vai chegar 40 negão louco pra te enrabar e você vai dizer que não te prometeram isso hehehe), promete o reino, casa, comida e roupa lavada, num lugar desconhecido. Te prometem viver com o panteão. Quem disse que isso é vero?
Não se aceita a desordem e para isso limita, pune, oprime, coloca na escola, coloca no escritório, cria regras, limita o tempo, exige sucesso, cria discórdia e destila o medo.
Por isso não me pergunte o que eu acho de você ir viver em Paris pois vou te mandar pra Puta que pariu.

Até.

Dan

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Um caos organizado na desordem de nossa felicidade.

Felizes, vivemos no Caos pois o críamos para aturar a nós mesmos.
Mas vivemos na nossa bagunça, na nossa reconhecida e honesta desorganização organizada.
Somos na verdade Anárquicos Democráticos, gostamos do NOSSO JEITO e assumimos isso.
Não precisamos ter a casa dos comerciais.
As roupas brancas do sabão em pó. Quero a lembrança da bagunça da criança na lama, nem que por alguns dias apenas.
As panelas  areadas com pasta brilho. Quero o saudoso gosto de doce de leite na colher de pau.
A mesa milimetricamente organizada, com xícaras pareadas e talheres em paralelo perfeito com a fatia do pão de leite e aquela manteiga que escorrega na bolacha de água e sal sem quebrá-la. Quero é café na cama, bandeja jogada na cozinha e achar aquele biquinho de pão para passar um requeijão.
Para quê serve uma cama presa? Se podemos ter uma cama lisa, se queremos nos desprender ao descansar. Quero travesseiros espontâneos, companheiros da noite, e também o colo da companheira, sua barriga e seus seios, preferencialmente descobertos ao alcance de um carinho ou quiça um beijo.
Melhor que o sofá possa ser arrastado para formar um berço de casal e assistirmos juntos um filme ou seriado.
Que as pipocas caídas virem piada e não briga. E a mancha de toddy vire causo e não cause discórdia.
Banheiro limpo, sim, por favor, mas não desinfectado, não espero que um grupo de reportagem do detergente líquido, invada minha casa para inspecionar o banheiro, pois ali existe sim pele morta de um corpo renovado, , cabelos caídos de um penteado lindo, toalhas úmidas de corpos desejados, escovas de dente ainda molhada e num mundaréu de coisas que nós homens nem sabemos para que serve.
Quero a sensação de que existe gente no lugar, que existe felicidade, que existe vida.
Quero recordações das loucuras feitas no chão da sala, na mesa de jantar, na pia da cozinha.
As lembranças do primeiro caminhar no corredor, daquelas mãozinhas sujas que um dia estiveram na parede e mesmo dos rabiscos limpos pelos próprios artistas arteiros.
Por isso me preocupo em viver e deixar que vivam, arrumando a bagunça, pedindo cuidado com as coisas, suplicando ordem, mas sem esquecer que somos diferentes, esquecidos e principalmente...
Somo Felizes.

(Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu
Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios ainda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair) C.B.