cutucar, apontar o dedo
mostrar o defeito.
Alguns até de espisinhar.
Ninguém gosta de que chamem a atenção.
Porque eu não erro, eu sou perfeito
Estou alheio a falhas.
Isso é devaneio (do outro).
O que não me incomoda,
não deve me ser cobrado.
Mas o que eu acho importante.
Será uma tese de doutorado.
Porque o mar é importante.
Economizar deve ser constante.
Limpar é saudável.
Cozinhar é sociável.
As regras não podem ser genéricas.
Nem tão pouco individuais.
A gentileza lembrada.
Serve pros outros, pra nós, jamais!
Ficamos em paz de guerra.
Atormentados pela calmaria.
Pedimos luta com trégua.
Silenciados com gritaria.
Usamos diferentes réguas.
Para a mesma medida.
Resistimos a deveres e entregas.
Exigimos mordomias.
Nos escondemos em nossos defeitos.
Quando nos serve usamos a etiqueta.
Que nos é imposta sem medo.
Pra tentar fugir das tretas.
E assim vivemos ilhados.
Em nosso ego e histeria.
Seremos sempre assombrados
Pelos outros e a alma vazia.
Pobres e inquietos.
Enganados pelo espelho.
Não aprendemos o certo.
Erramos os mesmos erros!