Controlo a temperatura.
Do nosso ambiente interno.
Hora recebo a fervura.
Tento transformar em candura.
Me faço minuano em altura.
Tirando o calor no inverno.
Quando tudo está calmo.
Não me faço de alvo.
Fico quieto num canto.
Como um ciclone parado.
Se tudo se torna uma zona.
Então o tornado destoa.
Destelha, alija as pessoas.
No fim só sobrando o ermo.
Agora se tudo está feliz.
Nada está por um triz.
Ser brisa é o que eu mais quis.
Pra refrescar e deixar o sereno.
Logo sou tudo.
Sou brisa pra manter a brasa.
Sou tornado que passa ao largo.
Sou um alísio que alisa seus cabelos.
Sou o ciclone que clona seus elos.
Sou as monções que desenha nas nuvens.
Sou os tufões que destrói os homens.
Sou a força que assusta o furacão.
Sou Amor, mas já fui só paixão.
A brisa leve,
o tornado forte,
O alísio do leste,
As monções do norte.
Um tufão muito perto.
Um furacão dissipando.
O xaroco no deserto.
O minuano esfriando.
O mistral sem idade.
O velho oportunidade.
Levo a chuva.
Levo o frio.
Granizo e calor.
Sou a tempestade.
Sou o que sou!
Levo o frio.
Granizo e calor.
Sou a tempestade.
Sou o que sou!