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sábado, 18 de maio de 2024

tempestades de você

Misturo-me em ti.
Em braços e pés descalços.
Te espero enfim.
Em todos os meus alvos.
O suor nos mistura,
Choro, saliva, beijo e cultura.
Ao que tudo virá chuva.
Perna, língua, lábios, vulva...
Meu ápice é seu prazer.
Essa louca vontade de você. 
Desejo, aperto, espero e imploro.
Um berro, gemido, um grito, socorro.
Calor, quentura, luxúria e fervor.
O som abafado de quem clama em louvor.
Sou deusa, sou anjo, a gira que chama.
Diabo arrumado na beira da cama.
Sou escuta, sonora, senhora de si.
Sois puta, sois nora e um pouco de mim.
Não para, enrola, me puxa se estica. 
Nem chegou a hora, não vá, fica!
Descansa sua alama
Ressoa, se acalma.
Repousa em meu peito.
Me faz travesseiro.
Dorme...
Se mostre.
Resista.
Tão linda.
Deu!

sábado, 11 de maio de 2024

ainda que caminhe...

Ainda que caminhe,
Canse porque tens pernas.
Agradeça porque tem saúde.
Revisita suas crenças. 

Pois de tudo serei atento antes.
Quando me lembro do tal zelo.
Quando Amo e Amo tanto.
Se não esquecer que procure.

E amo-te simples.
Amo-te sempre.
Amo-te antes (de entes)
Amo-te constante.

Porque Amor é tempo.
Não é quantidade.
Nem muito, nem pouco.
Mas com idade.

E se desculpar é a ordem.
Não sua nem saia da frente.
Pois te Amo diferente de ontem.
Te Amo durante e entre.

sexta-feira, 10 de maio de 2024

Amor como arma¿

O desemprego de ser só amado.
Sem admiração, 
Sem carinho
Sem paixão.

Com obrigação de apenas Amar.
Não querendo ficar.
Precisando mudar.
Sem falar.

Criando dificuldade até pra olhar.
Sentie um desprezo,
Repulsa, apatia...
Uma noite de verão fria.

A espera de uma solução.
Algo com razão.
Que tenha lógica.
Uma nova emoção. 

"Amar sem ser Amado.
É sofrer calado"
Já diria o poeta.
Um tanto quanto desanimado. 

E Amar é só ser amado?
É falar e manter-se desesperado.
Sonho impossível, um cavalo alado.
Como pedir o seu lado?

quinta-feira, 9 de maio de 2024

o fim de toda esperança

O normal da vida é ser triste. 
Chorar, sentir, sofrer.
Felicidade até existe.
Assim como momentos de prazer.

Não dou presente, eu sou.
Minha dedicação foi a escolha.
Não sou outra pessoa.
Foi você que mudou.

E assim como a lua.
Aparece reluzente e nua.
Mas não se deixa tocar.
Foge e se esconde no mar.

Me evita e finge quem pode ser.
Se engana, me engana e cadê?
Diz que fez mudanças no viver.
Mas não passa de uma moça blasé.

É o fim, eu desisto então.
Me roubou, retirou o meu chão. 
Passa ao largo, deixa a vida em vão.
E me resta desamor sem paixão. 

Vou embora pro meu canto voltar.
Deu a hora, já não saio do bar.
Me afogo, sem mais saber nadar.
Acabou a vontade de Amar!


quarta-feira, 8 de maio de 2024

O traidor traído e nos traindo!

Você está me traindo?
Sim, e você também!
É pra onde estamos indo.
O caminho desse trem.

Não tem um humano envolvido. 
Não tem gente.
Não existe um alguém.

Estamos nos traindo.
Pois perdemos derrepente.
Os acordos pra viver bem.

Queremos estar juntos.
Esta posto e são fatos.
Mas descombinamos.
Todos os nossos tratados.

Perdemos o objetivo.
Andamos sem comunicação (e atenção).
Nosso prato perdeu o sabor.

Desencontramos os destinos (caminhos).
O que nos mantém é o tesão.
E a certeza de nosso Amor.

Já não basta o estar junto.
Queremos o que nos negamos.
E esse é o proibido assunto.
Pois assim nos assustamos.

Eu não te basto.
Você não me envolve.
Eu que te calo.
Você se descobre.

Eu quero sossego.
Você quer movimento.
Eu e meus tormentos.
Você e seus lamentos.

Você quer ter, quer ir
E tambem quer expor, quer mostrar.
Eu quero contemplar, sentir
Eu só quero Amar!

quinta-feira, 2 de maio de 2024

Sou o vento que preciso!

Eu sou como o vento.
Controlo a temperatura.
Do nosso ambiente interno.

Hora recebo a fervura.
Tento transformar em candura.
Me faço minuano em altura.
Tirando o calor no inverno.

Quando tudo está calmo.
Não me faço de alvo.
Fico quieto num canto.
Como um ciclone parado.

Se tudo se torna uma zona.
Então o tornado destoa.
Destelha, alija as pessoas.
No fim só sobrando o ermo.

Agora se tudo está feliz.
Nada está por um triz.
Ser brisa é o que eu mais quis.
Pra refrescar e deixar o sereno.

Logo sou tudo.
Sou brisa pra manter a brasa.
Sou tornado que passa ao largo.
Sou um alísio que alisa seus cabelos.
Sou o ciclone que clona seus elos.
Sou as monções que desenha nas nuvens.
Sou os tufões que destrói os homens.
Sou a força que assusta o furacão.
Sou Amor, mas já fui só paixão.

A brisa leve,
o tornado forte,
O alísio do leste,
As monções do norte.
Um tufão muito perto.
Um furacão dissipando.
O xaroco no deserto.
O minuano esfriando.
O mistral sem idade.
O velho oportunidade.

Levo a chuva.
Levo o frio.
Granizo e calor.
Sou a tempestade.
Sou o que sou!

terça-feira, 30 de abril de 2024

Dissabores

Sinto um vazio no peito.
Assim meio que um defeito.
Sem forma definida.
Sem jeito, nem ferida.

Um machucado dolorido.
Como tristeza em um dia colorido.
Ou sobremesa acabada.
Num domingo de madrugada. 

É só o fim do começo.
E tudo que lhe peço. 
Paciência com minha pessoa.
Será que mereço que me doa?

Sou mais que desencontro.
Além de um mero confronto.
Tenho muito mais enfim.
Desconto de sua alma em mim.

E toda essa angústia.
Ou a grande falta de astúcia.
É um brinquedo do meu ser.
Uma pelúcia por assim dizer.

E todo esse descaminho.
O sentido de ficar sozinho.
Um gosto estranho de dissabor.
Um ninho onde sobra Amor!

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Perdidos na corte ao norte

Era tanta vontade,
que passou!
Era tanta bondade,
que acabou!
Eram meias verdades,
quando se revelou!
Que não existe idade,
pra encontrar o Amor!

E de tanta tristeza,
o mundo ruiu.
De tanta esperteza,
você me traiu.
Recebo aspereza,
e ainda sou o vil!
Terminou a beleza,
a casa caiu!

E foi essa sua arte,
tudo o que ficou.
Essa hora já é tarde,
pra dizer que errou!
Já não há estandarte,
o encanto sessou.
A janela saudade,
essa porta fechou!

Pôs as cartas na mesa,
apostou, me feriu!
Perdeu toda a grandeza,
que junto construiu.
Foi por mera avareza,
se perdeu e partiu.
Se só tenho certezas,
foi tu que conduziu!

E agora eu me despeço,
me despacho, me despenco.
Saio dessa, não aguento,
viver só em sofrimento!
E se nunca foi sorte,
Fazer parte de sua corte.
Nos perdemos no norte.
Pois esse Amar não foi forte.

terça-feira, 23 de abril de 2024

rola bola

Rola
Bola
Pau no cu.
Fode
Chupa
A buceta
Tem
Punheta
Pra chuchu.
Monta
Encima
Põe
Na boca 
Fica louca
Dá de pé
Me enforca 
Vai na bunda
Missionário
Dá com fé 
Hora é
Boa
Hora é
Puta
Recatada
Pra você
Goza 
dentro
Muitas 
vezes
De repente
Engole até 
Belisca
O peito
Lambe
Meu saco
Cheira 
O sovaco
Com vontade
Tapa
Na cara
A mão 
Na vara
Do beijo
Doce.
Só de
Você...

quinta-feira, 18 de abril de 2024

Resposta ao seu vício

Pra que me quer inteiro.
Se não aguenta nem metade.
Fala muito do meu cheiro.
E não faz a sua parte.

Não me ajuda logo em nada.
E só fica ali olhando.
Joga meia temporada.
E acha que está empolgando.

Não está nem se banhando.
E nem paga o ingresso.
Mente tudo em preto e branco.
Sua palavra é retrocesso.

Faz papel de coadjuvante.
E nem mesmo é um artista.
Do passado está distante.
No presente é futurista.

E se acerta em um grupelho.
Abre uma exposição.
Erra no arroz saltinho.
Queima o básico feijão. 

Faz do fim sonum suspiro.
Deixa o prato na minha pia.
Tem os dentes de vampiro.
Suga sangue e língua fria.

Se te trago um regalo.
Reclama da ausência.
Rói o osso até o talo.
Dá pra cabo, continência (haja paciência).

Acha tudo uma droga.
Quer meu todo, tudo certo.
Se num copo, cê se afoga.
Seu vício é um decreto

Nesse vasto tabuleiro.
Que a derrota nos envolve.
Acredite isso é certeiro.
Nada mais que se resolve.

Dando voltas nesse mundo.
Cá estou em solidão.
Por querer Amar profundo. 
Acabei em ilusão.

Quero ser seu maior vício.

Te quero inteiro,
Não só uma parte.
Nem só o seu cheiro.
Quero seu gosto, sua arte...

Quero ser cúmplice. 
E não testemunha.
Quero a coroa tríplice. 
E não mais um na disputa.

Sentir você estar comigo.
Receber toda sua torcida. 
Prefiro um sincero doido.
Do que mentiras coloridas.

Não aceito ser figurante.
Eu quero ser o protagonista.
Basta de "como era antes".
Preciso de "enquanto exista".

E se todos concordarem então. 
Me tornarei excepcional.
Abro mão de ser uma guarnição 
E exijo ser seu prato principal.

Quero ser a esperada sobremesa.
Não apenas de uma garfada. 
Mas que seja de boca inteira.
A mesma de que tanto fui beijada.

Não te peço presente.
Quero sua presença 
Nem mesmo quero que tente. 
Quero que me exerça (e vença)

Não quero tamanho médio. 
É do completo que preciso. 
Não quero ser seu remédio. 
Quero ser seu maior vício. 

Antes que terminei esse xadrez.
Se vencer eu não conseguir.
Te peço mais e outra vez.
Que não pare de insistir.

Mas como o ciclo da natureza.
Quando de fato, abrires mão 
Quero que tenha certeza.
Que não foi de um Amor em vão. 

terça-feira, 9 de abril de 2024

Ahhh felicidade

A felicidade é uma noite gostosa, 
onde não é frio nem quente,
do lado de quem gosta da gente,
despreocupada, 
de cabeça erguida 
olhando pra frente.

Ela é muito prazerosa.
É um planejamento diferente.
É cantar a vida, lembrar dos ausentes.
dançar pra lua,
correr na rua,
nua
docemente.

Ter descansado, marcar presença.
Rir se engraçado e ouvir com complacência.
Dar o seu melhor.
Brincar e pintar com cor.
Distribuir,
Graça e Amor!

Me desfaço de mim

Quando começa o fim.
Termina a paciência.
Você não está mais por mim.
Eu não queimo a resistência. 

O legal está por vir.
Subjulgando a existência.
Do que criei por ti.
E pela nossa vivência.

Me perco num vasto clarão.
Corroendo em dissabor.
Vivendo de sim outro não.
Completando com minha dor.
Só nos resta a desilusão.
Do que um dia foi Amor!

domingo, 7 de abril de 2024

Banho e Cama

Me dispo tranquilo.
Pra banhar a pele.
Pulo como esquilo.
Na banheira inerte.

O quente que me toca.
Não molha o pensamento.
Me vê como uma força. 
Controlo o meu tormento. 

De tudo que me cora.
Me torno carmesim.
A alma não demora.
A pairar sobre mim.

E na tranquilidade.
Sem luz e sem um barulho.
Só penso insanidades.
Que não me dão orgulho.

Se hoje nessa idade.
Um banho me anima.
E o cheiro da vaidade.
Me deixa mais pra cima.

Me importa a saúde.
Também como me sinto.
Se peco na virtude.
Omito, mas não minto.

Levanto, saio e seco.
O corpo é diferente.
Eu peço e logo pego.
Pro espelho olho em frente.

Já não me reconheço.
Nem só o sono eu perco.
Se volto pro começo. 
Não paro, mas eu tento.

E logo vou pra cama.
Do meu lado fritando 
Não sei se ainda me Ama.
Mas continuo Amando.

sexta-feira, 15 de março de 2024

sem valor, sem tesão

Já me achei atraente
Com sex appeal, 
Bonito, inteligente...
Hoje sou mais um.
Que troca pouco carinho.
Pra dividir a pasta de dente.
Não chamo sua atenção.
Não sou cativante.
Troco o meu tesão.
Para alívio da sua tensão.
Me sinto carente.
Mas sou conivente.
Vou largar de mão.
Construção de história.
Pra ter uma noite ardente.
Preciso marcar hora.
Criar uma ilusão.
De que estamos contentes.
Trocamos o bem querer.
Pelo simples e suficiente.
Fazemos a manutenção. 
De um pseudo-amor perdistente.
Não existe mais a Vontade.
Apenas um dever pungente.
Procuramos singularidade.
Mas o que somos é diferentes.
Um quer mais futuro.
O outro mais presente.
Mas só temos um passado.
Que foi consistente. 
Ouço críticas pelas costas.
Acusações de controle e leniência.
E a ausência de coragem. 
De cobrar com consistência.
De frente, direto, na cara...
Porém vejo medo e resistência.
De ficar claro que não existe.
Paciência e convergência. 

Não!
Existe Amor!
Em Esse Pê...

sábado, 8 de julho de 2023

Inspirado

Juliana, musa que em meu peito abriga,
Teu nome ecoa em meu ser com doce ardor.
Amor transcende em cada verso que de mim ressoa.
Inspirado em historias de Fernando Pessoa.

Paixão, sentimento que em nós se inflama,
Numa chama intensa, que jamais se esvai.
Como as palavras do poeta que clama,
Em versos profundos, tua essência retrai.

Tesão, volúpia que em nós se entrelaça,
Como os rios que correm com força e ímpeto.
Em teus abraços encontro a mais pura graça,
Nessa fusão de desejo, um êxtase completo.

Vontade, impulso que nos guia e conduz,
Nas trilhas da entrega, num compasso divino.
No encontro de almas, o amor nos seduz,
E nessa união profunda, somos um só destino.

Beijos, doçura que nossos lábios compartilham,
São carícias poéticas, versos a se entrelaçar.
No toque suave, nossas almas se juntam,
E na sinfonia de beijos com a eternidade a vibrar.

Carícias, afagos que nossos corpos envolvem,
Numa dança de peles, num deleite sem fim.
No toque sutil, nossa loucura se resolve,
E os versos se fazem vivos, brotando em mim.

Ju, em ti encontro a poesia mais que perfeita,
Que excede as palavras, vai além do papel.
No Amor que nos une, minha alma se deleita,
Nessa verve semântica, pra você, meu céu!

Num monólogo de sentimentos recorrentes,
Eternizando letras em palavras e canção.
Pretendo estar junto a ti, lado a lado, sempre!
Te oferecendo além de versos, Amor e Paixão!

(Inspirado em Fernando Pessoa, ai ai ai)

quinta-feira, 29 de junho de 2023

Guardar

Além
Longe
Em outro lugar.
Guardei
Cuidado
O meu Amar
Achei
Você
Minha completude
Colhi
Docemente
Seu beijo ardente
Abri
Defesa
Num abraço encandescente
Pedi
Presença
Provando minha existência
Aprendi
Esperar
Com muita paciência
Entrei
Contigo
No universo umbigo
Escondido
Reservado
O descanso prometido
Compartilho
Somo
Com você multiplico
Assim
Preservo
Meu Amor infinito

quarta-feira, 28 de junho de 2023

Disseram,..

Me disseram que as nuvens eram de algodão.
Que tem dias frios no meio do verão.
Me disseram que eu ia chorar.
De saudade de alguém por Amar.
Disseram que a vida é um mistério.
Que devo ser racional, nada esotérico.
Disseram que uma hora seria abandonado 
Me sentiria, revolto, inquieto, transtornado...
Disseram que eu entenderia quando fosse a hora.
Passam dias, passam anos e não chega o agora.
Disseram que a jornada valeria a pena.
Mas não que seria calma e serena.
Me disseram dos vários desafios.
E dos desvarios do pensamento arredio.
Disseram que eu sentiria uma profunda dor.
Que eu acho que transformei em Amor!
 ❤️

quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Um pouco antes de ir...

Era tanto deslumbre que o sol se cobria de nuvens quando ela aparecia.
Sair do chorume que tanto odiava, estudar, trabalhar, persistir, ele merecia!
E ao cair da noite, quando o céu escurecia.
As ruas molhadas, ficavam vazias.
Ele passava perfume e ela com véu em seu rosto se escondia.
E se encontravam no bosque pra subverter o que ninguém queria.
Ele se doava, 
ela se oferecia, 
ele aceitava, 
ela agradecia.
Eles se enamoravam.
Se beijavam, apertavam...
E a paixão consumia.
Se enganavam dia e tarde,
Mas na noite o pudor se perdia.
Juravam Amor eterno.
A todo tempo que podia.
Ele transava,
ela fodia,
ele proletário,
ela burguesia.
E quanto mais ardia, 
mais sofrimento, 
numa mistura insana,
de dor e alegria.
Com flores trazendo cor
e o pólen alergia.
Depois de dirigir horas.
quando o cansaço batia 
Era num banco desgastado,
Corroído, surrado, rasgado, 
que ele adormecia.
Ele negava,
ela queria.
Ela buscava,
ele corria.
Ele suava,
ela sorria.
Ela trancava,
ele abria.
Desesperadamente se escondia em travesseiros, enrolado nas mãos, na cabeça e entre os joelhos.
Demorava pra dormir, o sonho não vinha puro desespero.
E com muita sorte conseguia arrumar o cabelo.
No meio da madrugada se assustava olhando o espelho.
No escuro dava uma topada e se contorcia inteiro.
Tão logo amanhecia.
E a fresta de luz lhe acordava.
Com a chuva fina e fria.
Desistir era o que pensava.
Ela no pique,
ele piano.
Ele zombie,
Ela zombando.
Ela caçoa,
dele reclamando.
Ele nem vê,
Ela vai andando.
As horas passam 
e o tempo voa também.
Morcego que nada na chuva,
brincam de aquaman.
A história pode ser bizarra,
dependurada no trem,
aguardando sua chegada,
por ninguém.
Ela comia,
ele lanchava,
Ele corria,
ela acalmava.
Ele torcia,
ela falava.
Ela dormia,
E também roncava.
Ele fingia,
que não ligava.
Ela sabia,
que atrapalhava.
Ela histeria,
ele flanava.
Ele franzia,
ela esticava.
Ela fazia,
ele esperava.
Ele curtia,
ela postava.
Ela sem guia
ele viajava.
Ele partia
e a levava.
E passeavam, se divertiam, curtiam, cansavam.
Descobriam, cumpriam, sorriam e choravam.
Partiam, chegavam e as vezes paravam.
Corriam, entravam mas não separavam.
Ela pensava,
ele completava.
Ele falava,
ela confirmava.
E os dois viveram assim,
Num ritmo sem fim.
Ele Amava por ela.
E ela Amava por mim!

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

A estrela maior e o vinho!

Era tanto vazio,
que eu não dava vazão.
Da angústia quente,
que fritava o meu coração.

A dor que eu sinto,
o tempo não diminui.
As marcas do cinto,
no meu corpo flui.

Não quero, mas minto,
pra me proteger.
Da nau que me assombra,
do meu mal querer.

Estou sem um rumo,
correndo a cem por hora.
Sem sentido, sem prumo,
sempre na mesma história.

Dobro a aposta
e a dose do remédio.
A sorte me vê pelas costas,
se esvai em meu tédio.

Posso até chegar a vencer,
perder a validade ou ganhar.
Posso então me descobrir,
Passar frio ou me encontrar.

Se eu compro a solução.
pra encontrar um bom cantinho.
Quero viver de ilusão,
pagar mais caro por carinho.

Se eu viver assim sozinho,
quero mais paz no coração.
Porque se a vida for um vinho,
eu vou viver de sol e Dão.

E nessa praia, eu fico no rasinho,
na beirada desse grande mar.
E perco toda minha razão,
pois só pensava em te Amar.