terça-feira, 30 de abril de 2024

Dissabores

Sinto um vazio no peito.
Assim meio que um defeito.
Sem forma definida.
Sem jeito, nem ferida.

Um machucado dolorido.
Como tristeza em um dia colorido.
Ou sobremesa acabada.
Num domingo de madrugada. 

É só o fim do começo.
E tudo que lhe peço. 
Paciência com minha pessoa.
Será que mereço que me doa?

Sou mais que desencontro.
Além de um mero confronto.
Tenho muito mais enfim.
Desconto de sua alma em mim.

E toda essa angústia.
Ou a grande falta de astúcia.
É um brinquedo do meu ser.
Uma pelúcia por assim dizer.

E todo esse descaminho.
O sentido de ficar sozinho.
Um gosto estranho de dissabor.
Um ninho onde sobra Amor!