quinta-feira, 2 de maio de 2024

Sou o vento que preciso!

Eu sou como o vento.
Controlo a temperatura.
Do nosso ambiente interno.

Hora recebo a fervura.
Tento transformar em candura.
Me faço minuano em altura.
Tirando o calor no inverno.

Quando tudo está calmo.
Não me faço de alvo.
Fico quieto num canto.
Como um ciclone parado.

Se tudo se torna uma zona.
Então o tornado destoa.
Destelha, alija as pessoas.
No fim só sobrando o ermo.

Agora se tudo está feliz.
Nada está por um triz.
Ser brisa é o que eu mais quis.
Pra refrescar e deixar o sereno.

Logo sou tudo.
Sou brisa pra manter a brasa.
Sou tornado que passa ao largo.
Sou um alísio que alisa seus cabelos.
Sou o ciclone que clona seus elos.
Sou as monções que desenha nas nuvens.
Sou os tufões que destrói os homens.
Sou a força que assusta o furacão.
Sou Amor, mas já fui só paixão.

A brisa leve,
o tornado forte,
O alísio do leste,
As monções do norte.
Um tufão muito perto.
Um furacão dissipando.
O xaroco no deserto.
O minuano esfriando.
O mistral sem idade.
O velho oportunidade.

Levo a chuva.
Levo o frio.
Granizo e calor.
Sou a tempestade.
Sou o que sou!

quarta-feira, 1 de maio de 2024

A cada sessao horas em vão!

A cada sessão 
Uma nova mira.
Mais uma versão.
Outra mentira.

A cada sessão.
Muda a história.
Saí de prisão. 
Cai sem vitória. 

A cada sessão. 
Um começo. 
Uma ilusão. 
Ou um tropeço. 

A cada sessao.
Um bom soneto.
Um linda canção.
Mais não mesmo.

A cada sessão. 
Uma hipótese nua.
Os quadrados do cateto.
A raiz da hipotenusa.

A cada sessão. 
Uma nova censura. 
E a sensação. 
De clausura.

A cada sessão.
Uma farsa.
Inação. 
Desgraça. 

A cada sessão. 
Meu futuro no lixo.
E todo o duro.
Num desperdício. 

A cada sessão.
Mais um hora em vão!


terça-feira, 30 de abril de 2024

Dissabores

Sinto um vazio no peito.
Assim meio que um defeito.
Sem forma definida.
Sem jeito, nem ferida.

Um machucado dolorido.
Como tristeza em um dia colorido.
Ou sobremesa acabada.
Num domingo de madrugada. 

É só o fim do começo.
E tudo que lhe peço. 
Paciência com minha pessoa.
Será que mereço que me doa?

Sou mais que desencontro.
Além de um mero confronto.
Tenho muito mais enfim.
Desconto de sua alma em mim.

E toda essa angústia.
Ou a grande falta de astúcia.
É um brinquedo do meu ser.
Uma pelúcia por assim dizer.

E todo esse descaminho.
O sentido de ficar sozinho.
Um gosto estranho de dissabor.
Um ninho onde sobra Amor!

segunda-feira, 29 de abril de 2024

Otário por opção!

As vezes fazemos cara de trouxa.
Temos o caminhar de bobo.
Falamos como um ignorantes.
Nossos gestos são tolos
Se aproveitam de nós.
Somos faculmentw descartados.
Falam pelas nossas costas.
Inventam histórias.
Aumentam os fatos.
Não falam todos os dados.
Nos diminuem...

E por deixarmos fazerem isso!
Sem revisar!
Sem se posicionar!
Sem reclamar!

Assumimos o papel de otários!

Há vários de nós assim.
Sofremos calados.
Engolimos o choro.
Fingimos.
E seguimos nosso caminho.

O.ta.ri.os
Por opção!

domingo, 28 de abril de 2024

Amsr, que sorte...

Pense na sorte.
Lembre de tudo .
De ser bem mais forte.
Melhor que estar mudo.

Não deixe ao acaso.
Se fardo me largue.
E pense acordado.
Seu tudo isso vale.

Seu êxito preveja.
E faça por onde.
Cresça com pureza
E nunca se esconde.

Pois a natureza.
Ninguém pode parar.
E tinha certeza.
Que estou a te Amar!

obrigações sociais

Cansado.
Obrigações sociais são nefastos.
A hipocrisia é dissimulação em forma de normalidade

sábado, 27 de abril de 2024

Sono, ouse, ou sem

Só não vem o sono.
Sono de um só.
Durmo e não sonho.
Sonho só com nó.

Em sono desespero.
Cansado só no pó. 
Só na noite virado.
Sonata em sol menor.

Sonado aqui sentado.
Espero o amanhecer.
Na manhã de um gado.
De pé, dormir, ceder...

Se o sono é controlado.
Sem sono o que fazer.
Insônia e medicado.
Dormir não sei porquê. 

sexta-feira, 26 de abril de 2024

Tanto fez

Tanto faz

Faço um xixi.
Só uma rima ruim. 
Dou uma cagada.
Lá vem uma frase rimada.
O texto é pobre.
Uma linha infame.
Ninguém que cobre. 
Ou que me apanhe.
Nao sei mas faço.
Me atrevo nessa arte.
Mato de desgosto.
Ou gero um infarte.
Sem estrutura.
Nem um cuidado.
Métrica rasura.
Postura de um palhaço. 
Quem me atura.
No leva e traz.
Pra mim não dura.
Já tanto faz...

quinta-feira, 25 de abril de 2024

Prisão moderna a escravidão da CLT

Onde tu trabalha te desprezam
Ou melhor te aprisionam.
Te mantém como um refém. 
Faminto, sem peito como um órfão. 

Te dão a saidinha de fim de semana.
Se pudessem te davam cama.
Pra passar todos os dias pertinho.
Preso na estação de trabalho, seu cantinho.

Até finge que te pagam.
Você finge que dá pra se alimentar.
Ela finge que está na merda.
E você correr pra tentar tirar.

As pessoas de ti zombam.
Como se aquilo fosse possível.
Caçar mosquito com um míssil. 
E não investir na saúde que te roubam.

A divisão dos ganhos é igualitária.
Grita o primeiro que mais recebe.
Se você não ganha, não merece.
Mas posso comprar sua genitalia.

E na corrente de contas a pagar.
Te prendem com o que não pode dar.
Negar já não é uma possibilidade.
Pois tem deveres com sua identidade. 

Manter o nome limpo.
A geladeira minimamente abastecida.
A casa limpa a cama aquecida.
É o velho pão e circo.

Mais uma semana começa.
Igual as outras com muita pressa.
Correndo para não chegar.
Pagando pra trabalhar.


Eu bebo sim e vou bebendo (até ficar babando)

Eu bebo pra anestiar. 
Eu bebo pra esquecer.
Eu bebo pra mais falar.
Eu bebo pra me esconder.

Não bebo pra relembrar.
O que foi conhecer.
Não bebo pra disfarçar.
Que um dia fui pra valer.

Eu bebo pra atrapalhar.
E bebo pra devolver.
Eu bebo pra me enganar.
E bebo pra exceder.

Nao bebo pra angariar.
Nem pra me promover.
Nao bebo pra me alegrar.
Mas sim me entristecer.

Eu bebo pra comemorar.
E bebo por beber.
Eu bebo pra atravessar.
Eu bebo pra me fuder!

O que arde, cedo ou tarde, se perde!

Nunca tive tanto pra calar.
Quanto tenho pra dizer.
Pra sempre vou te Amar.
Enquanto houver querer.
Estou pra te buscar.
Antes mesmo de perder.
Me ponho a procurar.
Motivos pra ceder.
Se estas a se fartar.
Da falta que é me ter.
Imagina encontrar.
Motivos pra nao ser.
Alguem a esperar.
Um novo parecer.
Um novo seu julgar.
Razão pra merecer.
E vamos sustentar.
Um pouco eu e você.
Pra não ser suportar.
Ou nos arrepender.
Pois o que vao pensar.
Nao quero nem saber.
Se me esmero a Amar.
Amando em padecer.

quarta-feira, 24 de abril de 2024

O dia da marmota

Mais um dia do sol nascendo sem você.
Mais uma noite mal dormida.
Uma boa memória vencida.
E a lembrança de uma vida.
Que um dia foi de dois.

Todo dia faço tudo sempre igual.
O velho caminhar pra padaria.
A casa ainda continua vazia.
A louça suja sobre a pia.
Esperando a volta de quem não virá!

A distopia venceu o sonho.
Ando tristonho e carente.
Como um velho cão sem dente
Brincando com um osso pungente.
Sem esperanças de roer.

E quando a caneta cai eu volto.
Depois de um dia de trabalho.
De carregar todo o fardo.
Prostrado febril, suo e ardo.
A virar o quadrado de canais da TV.

Paro, me banho, depois deito.
Não é meu feito, é o que tenho.
De tudo que eu mais desdenho.
O travesseiro pra esconder meu anseio.
De deitar de onde venho em bagunça.

Mas tudo esta arrumado.
No quarto que guarda escondida.
Cama branca, lisa, limpa.
Inodora, sem graça, sem vida.
Insipida e sem historias pra contar.

Enrolo prum lado e pro outro.
Meu pensar solto e atrasado.
Se revira e aquece o telhado.
Minha sina é nao estar ao seu lado.
E fadado a Amar sem receber...

E.F.E.I.T.O. - Erros que deram Certo!

H2OH
Uma Sprite que faltou gás e xarope pra dar sabor, dai o pessoal envazou e disse que era uma aguinha saborizada.


Queijo Gorgonzola
Esqueceram o queijo lá... apodreceu, mas era tudo o que tinha, a pessoa tinha um paladar de merda e achou que aquilo era bom, o rico não entendendo que aquilo era podre logo quis ter o queijo exclusivo e virou febre.


Danoninho Ice
Só esqueceram o danoninho que chegou quente do mercado no congelador e acham que inventaram um sorvetinho.


Sprite Lima Limão
Mais um erro, achavam que era um limão siciliano, que ia dar bom, mas era Laranja Lima, dai para não perder litros fizeram por pouco tempo.


Smirnoff Ice
"Tem gelo?", "Não!!!", "Coloca a Vodka no Freezer, mas já coloca com um pinguinho de sprite","ixi, deixei aberto e fez gelinho, mas não congelou, só que ficou bem mais fraco pois perdeu o teor alcoolico", "tudo bem, chama de Vodka Ice"...


Na faixa
Aqui general não paga, fica de graça por sua faixa de condecorações. Se outros vierem todos receberam o mesmo tratamento, na faixa.


Erro só é erro se não tem concerto conserto!

Perdidos na corte ao norte

Era tanta vontade,
que passou!
Era tanta bondade,
que acabou!
Eram meias verdades,
quando se revelou!
Que não existe idade,
pra encontrar o Amor!

E de tanta tristeza,
o mundo ruiu.
De tanta esperteza,
você me traiu.
Recebo aspereza,
e ainda sou o vil!
Terminou a beleza,
a casa caiu!

E foi essa sua arte,
tudo o que ficou.
Essa hora já é tarde,
pra dizer que errou!
Já não há estandarte,
o encanto sessou.
A janela saudade,
essa porta fechou!

Pôs as cartas na mesa,
apostou, me feriu!
Perdeu toda a grandeza,
que junto construiu.
Foi por mera avareza,
se perdeu e partiu.
Se só tenho certezas,
foi tu que conduziu!

E agora eu me despeço,
me despacho, me despenco.
Saio dessa, não aguento,
viver só em sofrimento!
E se nunca foi sorte,
Fazer parte de sua corte.
Nos perdemos no norte.
Pois esse Amar não foi forte.

terça-feira, 23 de abril de 2024

rola bola

Rola
Bola
Pau no cu.
Fode
Chupa
A buceta
Tem
Punheta
Pra chuchu.
Monta
Encima
Põe
Na boca 
Fica louca
Dá de pé
Me enforca 
Vai na bunda
Missionário
Dá com fé 
Hora é
Boa
Hora é
Puta
Recatada
Pra você
Goza 
dentro
Muitas 
vezes
De repente
Engole até 
Belisca
O peito
Lambe
Meu saco
Cheira 
O sovaco
Com vontade
Tapa
Na cara
A mão 
Na vara
Do beijo
Doce.
Só de
Você...

a dor que inspira é o medo de dentista

Não me cuido e deixo que a dor me inspire numa simples travessia uma parada uma rua tranquila
A vontade é de tirar o dente sem anestesia errar a mão chutar o balde lamber o machucado e não escrever o óbvio
Esquecer a pontuação a concordância a dissonância pedir que não reflitam não leiam não mintam
Voltar e ir em frente correr do banho frio nadar com o fluxo tomar choque sentir o corpo tremer
A topada a quina o soco na parede a cabeça na porta do armário um talho na testa é o que nos sobra do que nos presta
A comida vencida pela bebida amarga a vacina pra cura o corte pra correção as dores de uma pós cirurgia com infecção 
O esquecimento o lamento é a tristeza a cama e a casa vazia o sozinho dividir a sobremesa a falta de ternura de candura a traição a força do desespero a falta de ambição
O meu vem primeiro com os outros não me importo a briga por dinheiro ou o agrado do voto
Perder o jogo perder o freio perder alguém a saudade não combatida a lida entre o perdão e o desdém 
A falta de um portância o enjoo é a criança a dor de barriga pela falta de alimentação o animal mais vil o homem a derrocada da nação 
A terra rasgada gripada purgada em destruição a natureza morta solta curva em declínio num universo em expansão 
A escola que não muda que não fala que não ouve o cego que não imagina a vagina fora da reprodução 
A mãe que não cuida a desgraça na água com trégua ou anagua o vulcão em erupcao
A métrica a tríplice a publica decomposição o coração despedaçado o fardo a tarde o amor com letra pequena e sem propulsão 
Evitando a rima sem temperatura sem calor sem frio sem nada a navalha que não corta a janela que não abre a boca que não beija
O fim chegando rápido prum começo ilusório o carro que anda o medo a alegria a mostarda na melancia o tijolo na direção
Muitos passos no mesmo caminho perdido solto na contra mão o som da batida o pulo a ladeira e a falta de optar
O fumo o líquido injetado com pensamento sofrido a paranoia a dependência a necessidade de parar
Chocar chorar mutilação tornar automático confundir chega


sábado, 20 de abril de 2024

Assa sim nado por quem você gosta.

Dos olhos de minha amada.
Vi minha'alma subir calada.
A cada corte da faca amolada.
Não tive sorte com as estocadas.

Uma foi perto do meu baço.
Outra foi no contorno do rim.
Abriu minha barriga com um traço.
Tirando tudo que havia em mim.

E sem um grande esforço. 
Beijando suavemente meu rosto.
Tirou me um sangue quente e grosso. 
Da linha que fizera em meu pescoço. 

Levou meus dedos de lembrança.
Os mesmos que não viram uma aliança. 
Aqueles que apagavam nossa criança. 
E que um dia deu um joia de esperança.

Caído já não mais me mexia.
A casa estava quieta, vazia.
Com muita louça suja na pia.
E o fim da angústia que doía.

Como névoa entao me desfaço. 
No fim, no nada, onde passo.
A desviver, com o vazio, o espaço. 
E nunca mais estar aos seus braços. 

Sem festa, sem vela e sem prece.
Sem propósito, ninguém posta.
Nadando sem rumo nem bolo cresce.
Assa sim nado por quem você gosta.

sexta-feira, 19 de abril de 2024

Me perdi do meio pro fim...

Se é pra ser fácil.
Perde a graça. 
Se for difícil.
Tempo disfarça. 

Não sai a caça. 
Não vai a luta.
Uma desgraça. 
Filho da puta!

Um xingamento.
Dois tiro aguento.
Num só lamento.
Ou livramento.

Se tem não mostra.
Se mostra é pouco.
Se pouco implora.
Ou da pra outro.

Faz de pirraça.
De birra certa.
Se embaraça. 
Nunca conserta.

Deixa na cama.
Deita no chão.
Terra de lama.
Luz de trovão. 

Num desencontro.
Do inconsciente.
Com dor no tronco. 
Ou dor de dente.

E chega então.
Parar dormindo.
O sabadão.
Cai no domingo.

Tijolo mole.
Pedra que voa.
Come num gole.
Respira a broa.

O que não começa, também termina!

Mesmo quando tudo der certo.
Ainda assim
Está mais perto do fim!

Quando tudo é deserto.
Eu vejo te.
Longe de mim.

Não tem mais salvação. 
Não há alma, nem há calma.
Nessa estrada, longa e calva.

Sai do meu eixo, perdi meu chão.
Que os pés desbrava.
Sem justa causa.

Foi sem pensar,
Falta de altar.
E a comunhão. 
Pro Amor selar.

Então descanso.
Me encosto manso.
Pois tradição.
Não sei mudar.

quinta-feira, 18 de abril de 2024

Resposta ao seu vício

Pra que me quer inteiro.
Se não aguenta nem metade.
Fala muito do meu cheiro.
E não faz a sua parte.

Não me ajuda logo em nada.
E só fica ali olhando.
Joga meia temporada.
E acha que está empolgando.

Não está nem se banhando.
E nem paga o ingresso.
Mente tudo em preto e branco.
Sua palavra é retrocesso.

Faz papel de coadjuvante.
E nem mesmo é um artista.
Do passado está distante.
No presente é futurista.

E se acerta em um grupelho.
Abre uma exposição.
Erra no arroz saltinho.
Queima o básico feijão. 

Faz do fim sonum suspiro.
Deixa o prato na minha pia.
Tem os dentes de vampiro.
Suga sangue e língua fria.

Se te trago um regalo.
Reclama da ausência.
Rói o osso até o talo.
Dá pra cabo, continência (haja paciência).

Acha tudo uma droga.
Quer meu todo, tudo certo.
Se num copo, cê se afoga.
Seu vício é um decreto

Nesse vasto tabuleiro.
Que a derrota nos envolve.
Acredite isso é certeiro.
Nada mais que se resolve.

Dando voltas nesse mundo.
Cá estou em solidão.
Por querer Amar profundo. 
Acabei em ilusão.