segunda-feira, 10 de junho de 2024

Onde termina a falsidade?

A preocupação começa com um motivo.
Geralmente uma falta de controle.
Como uma chama de um fósforo. 
Pode se manter constante em uma vela.
Ou se apagar num chacoalhou de dedos.

Na falsidade a chama se apaga.
Finge vez por outra a atencao.
Principalmente ao sentir uma brasa alheia.
Mas se acomoda é espera passar.
Porque a intenção foi só de atuar.

Simula uma briga, uma discussão.
Pede coisas que nem quer.
As vezes só pra ouvir o não. 
E corroborar sua tese estúpida.
De que o motivo está no outro.

Nunca em si mesmo, sempre além. 
E se for no plural muito que bem.
Mais uma tragicomédia no palco da vida.
Mais um caso de Amor suicida.
A mesma história, só muda a torcida.

Cansa achar que vai ser diferente.
Que foi passageiro, seguimos em frente.
Nem quem se beneficia acredita.
A voz ecoa, a aparência destoa o cheiro irrita.
Fadados ao fim, não há quem evita.

Por mais que insista.
Por mais que se repita.
Ainda serão as palavras não ditas.
Que servirão de exemplo ao que remonta.
A vida a dois não é um faz de conta...